OSHO FALA A RESPEITO DO NEO-SANNYAS

    Osho e centenas de seguidores


Sannyas


Disciplehood  
(Osho Transformation Tarot) 

      "É muito difícil definir um sannyasin, e mais difícil ainda se você for definir os meus sannyasins. 
      O sannyas é basicamente uma rebelião contra todas as estruturas, daí a
Amado Osho,

Quais são as qualidades de um sannyasin?

   dificuldade de se definir. Sannyas é viver a vida de uma maneira não estruturada. Sannyas é ter por caráter, ser sem caráter. Por "sem caráter" eu quero dizer que você não depende mais do passado. Caráter significa passado, a maneira que você viveu no passado, a maneira com a qual você ficou habituado a viver, todos os seus hábitos, condicionamentos, crenças e experiências. Isso é o seu caráter. Um sannyasin é alguém que não vive mais no passado ou através do passado, é alguém que vive no momento, por isso ele é imprevisível.
      Um homem de caráter é previsível, mas um sannyasin é imprevisível, porque ele é liberdade. Um sannyasin não é 

apenas livre, ele é liberdade. É uma rebelião viva. Mas ainda assim eu vou tentar dar algumas pistas, não exatamente definições, mas umas poucas indicações, dedos apontando para a Lua. Não se prenda aos dedos. Os dedos não definem a Lua, eles apenas indicam. Os dedos nada têm a ver com a Lua...... Esqueça os dedos e olhe para a Lua. 
          O que eu vou lhe dar não é uma definição. Neste caso, não é possível definição. Na verdade, definição nunca é possível a respeito de qualquer coisa viva. Definição só é possível a respeito de alguma coisa morta, que não vai mais crescer, que não vai mais desabrochar, que não tem mais possibilidades, potencialidades,  que está exaurida e gasta. Nesse caso a definição é possível. Você consegue definir um homem morto, você não consegue definir um homem vivo.
          Vida basicamente significa que o novo é ainda possível. 
          Assim, essas não são definições. O sannyas antigo tem uma definição, muito clara, por isso ele está morto. Eu chamo o meu sannyas de "neo-sannyas" por essa particular razão: o meu sannyas é uma abertura, uma jornada, uma dança, um  caso amoroso com o desconhecido, um romance com a própria existência, uma busca de relacionamento orgástico com o todo. Tudo mais fracassou no mundo. Tudo que estava definido, que estava claro, que era lógico, tudo fracassou. As religiões fracassaram, as políticas fracassaram, as ideologias fracassaram. E elas eram muito claras e continham planos para o futuro do homem. Todas elas fracassaram. Todos os programas fracassaram. 
          O sannyas não é mais um programa. Ele é uma exploração, não um programa. Quando você se torna um sannyasin, eu inicio você na liberdade e em nada mais. Ser livre é uma grande responsabilidade porque então você não tem mais aonde se apoiar. A não ser o seu próprio ser interior, a sua própria consciência, você nada mais tem como apoio ou como escora. Eu tiro de você todos os apoios e escoras. Eu deixo você só, eu o deixo completamente só. E nessa solidão... a flor do sannyas. Essa solidão desabrocha espontaneamente na flor do sannyas.
          No sannyas não há caráter. Ele não tem qualquer moralidade. Ele não é imoral, ele é amoral. Ou, pode-se dizer que ele tem uma moralidade maior a qual vem do interior e nunca de fora. Ele não permite qualquer imposição vinda de fora, porque todas as imposições vindas de fora convertem vocês em servos, em escravos. E o meu esforço é para dar a vocês dignidade e glória. O meu esforço aqui é para dar esplendor a vocês.
          Todos os outros esforços fracassaram. Era inevitável porque o fracasso estava embutido. Todos eles estavam orientados para estruturar e todo tipo de estrutura, mais cedo ou mais tarde se torna pesado sobre o coração do homem. Toda estrutura se torna uma prisão, e um dia você terá que se rebelar contra ela. Você não tem observado ao longo da história? Cada revolução em seu próprio desdobramento se torna repressora. Na Rússia isso aconteceu, na China aconteceu. Depois de toda revolução, o revolucionário se torna anti-revolucionário. Uma vez que ele chega ao poder, ele traz a sua própria estrutura para impor à sociedade. E uma vez que ele começa a impor a sua estrutura, a escravidão se transforma num novo tipo de escravidão, e nunca em uma liberdade. Todas as revoluções fracassaram. 
          Isso aqui não é uma revolução, isso é uma rebelião. A revolução é social, coletiva, enquanto a rebelião é individual. Chega de estruturas! Deixe que todas as estruturas se vão. Nós queremos indivíduos no mundo, movendo-se livremente, movendo-se conscientemente, é claro. E a responsabilidade deles surge através de sua própria consciência. Eles se comportam corretamente não porque eles estão tentando seguir certos mandamentos; eles se comportam corretamente, eles se comportam de maneira precisa, porque eles são cuidadosos. ....
          Um sannyasin é alguém cuidadoso consigo mesmo e, naturalmente, cuidadoso com todo mundo, porque ele não consegue ser feliz sozinho. Você só consegue ser feliz num mundo feliz, num ambiente feliz. Se todo mundo estiver chorando em prantos na miséria, será muito difícil para você estar feliz. Assim, se alguém é cuidadoso a respeito da felicidade, a respeito de sua própria felicidade, tornar-se-á cuidadoso a respeito da felicidade de todos, porque a felicidade somente acontece num ambiente feliz. Mas esse cuidado não é por causa de algum dogma. Ele existe porque você ama e o primeiro amor, naturalmente, é o amor para consigo mesmo. Em seguida vem o amor aos outros. 
          Outros esforços fracassaram porque eles eram orientados pela mente. Eles foram baseados no processo do pensar, eles eram conclusões da mente. Sannyas não é uma conclusão da mente. Sannyas não é orientado por pensamentos. Ele não tem qualquer raiz no pensar. Sannyas é insight, é meditação, não mente. Suas raízes estão na alegria, não no pensamento. Suas raízes estão na celebração, não no pensar. Suas raízes estão naquela consciência onde os pensamentos não são encontrados. Ele não é uma escolha entre dois pensamentos, ele é o abandono de todos os pensamentos. Ele é viver a partir do nada........ 
          Cada sannyasin será uma pessoa totalmente única. Eu não estou interessado na sociedade. Eu não estou interessado na coletividade. Meu interesse está absolutamente nos indivíduos - em você!.
          E a meditação pode ser bem sucedida onde a mente fracassou, porque a meditação é uma revolução radical no seu ser. Não é a revolução que muda o governo, não é a revolução que muda a economia, mas a revolução que muda a sua consciência, que transforma você da noosfera à cristosfera, que transforma você de uma pessoa dormindo numa alma acordada. E quando você está acordado, tudo o que você fizer será bom. 
          Essa é a minha definição de 'bom' e de 'virtude': a ação de uma pessoa acordada é virtude, e a ação de uma pessoa não acordada é pecado. Não existe outra definição de pecado e virtude. Depende da pessoa, de sua consciência, da qualidade que ela traz ao ato. Assim, algumas vezes pode acontecer de que o mesmo ato possa ser virtuoso e ser pecaminoso. Os atos podem aparentemente ser os mesmos, mas as pessoas que estão por trás dos atos podem ser diferentes. .........
          O ato pode ser o mesmo, mas se a pessoa está acordada, a qualidade do ato muda.
          Um sannyasin é uma pessoa que vive mais e mais em estado de alerta. E quanto mais pessoas houver vivendo através da consciência, melhor o mundo que será criado. A civilização não aconteceu ainda.  .....
          Sannyas é apenas um começo, a semente de uma qualidade totalmente diferente de mundo, onde as pessoas são livres para serem elas mesmas, onde as pessoas não são restringidas, aleijadas, paralisadas, onde as pessoas não são reprimidas, não são feitas para se sentir culpadas, onde o prazer é aceito, onde a alegria é a regra, onde a seriedade desaparece, onde entra a sinceridade não séria e a brincadeira. Essas podem ser as indicações, os dedos apontando para a Lua.

          A primeira qualidade de um sannyasin é uma abertura à experiência.  Normalmente as pessoas são fechadas, elas não são abertas à experiência. Antes que elas experienciem alguma coisa elas já têm prejulgamentos a respeito. Elas não querem experimentar, elas não querem explorar. Isso é pura estupidez. ........
          Assim, a primeira qualidade de um sannyasin é uma abertura à experiência. Ele não decidirá antes de ter experienciado. Ele nunca decidirá antes de ter experienciado. Ele não terá qualquer sistema de crenças. Ele não dirá, 'isso tem que ser desse jeito porque Buda disse assim'. Ele não dirá, 'isso tem que ser assim porque está escrito nos Vedas'. Ele dirá, 'eu estou pronto para entrar nisso e ver se é assim ou não'. .....
          Um sannyasin não carregará muitas crenças, na verdade, não carregará nenhuma. Ele carregará apenas as suas próprias experiências. E a beleza da experiência é que a experiência está sempre aberta, porque sempre é possível mais exploração. E a crença é sempre fechada, ela está completa. A crença está sempre acabada. A experiência nunca está acabada, ela permanece inacabada. Enquanto você estiver vivendo, como pode a sua experiência ter acabado? Sua experiência está crescendo, está mudando, está se movendo. Ela está continuamente se movendo do conhecido para o desconhecido e do desconhecido para o incognoscível. E lembre-se de que a experiência tem uma beleza porque ela é inacabada. Algumas das maiores canções são aquelas que estão inacabadas. Alguns dos maiores livros são aqueles que estão inacabados. Algumas das maiores músicas são aquelas que estão inacabadas. O inacabado tem uma beleza. ....
          Nenhuma história pode ser bela se ela estiver completamente acabada. Ela estará completamente morta. A experiência sempre permanece aberta, o que significa inacabada. A crença está sempre completa e acabada. Assim, a primeira qualidade é uma abertura à experiência. 
          A mente é a reunião de todas as suas crenças juntas. Abertura significa não-mente. Abertura significa você colocar a sua mente de lado e estar pronto para olhar para a vida mais e mais vezes de uma maneira nova, não com os velhos olhos. A mente dá a você os velhos olhos, ela lhe dá novamente idéias: 'olhe através disso'. Mas então a coisa se torna colorida, mas você não olha para ela, você projeta uma idéia em cima da coisa. Então a verdade se torna uma tela na qual você continua projetando.  
          Olhe através da não-mente, através do nada - shunyata. Quando você olha através da não-mente, a sua percepção é eficiente, porque então você vê aquilo que é. E a verdade liberta. Tudo mais cria escravidão, somente a verdade liberta. 
          Naqueles momentos de não-mente, a verdade começa a filtrar em você como luz. Quanto mais você desfrutar dessa luz, dessa verdade, mais você se tornará capaz e corajoso para abandonar a sua mente. Mais cedo ou mais tarde, um dia chegará em que você olhará mas não terá qualquer mente. Você não estará olhando para alguma coisa, você estará simplesmente olhando. O seu olhar será puro. Em tal momento você terá se tornado avalokita, aquele que olha com olhos puros. Esse é um dos nomes de Buda: Avalokita. Ele olha sem quaisquer idéias, ele simplesmente olha. ........
          A segunda qualidade é viver existencial. O sannyasin não vive a partir das idéias de que deve ser desse jeito, de que deve ser daquele jeito, de que deve comportar-se dessa maneira, de que não deve comportar-se daquela maneira. Ele não vive a partir das idéias. Ele é responsivo à existência. Ele responde com seu coração total, qualquer que seja o caso. Seu ser está aqui e agora. Espontaneidade, simplicidade e naturalidade. Essas são as suas qualidades. 
          Ele não vive uma vida pré-fabricada. Ele não carrega mapas - como viver, como não viver. Ele permite a vida levá-lo para onde quer que seja. Um sannyasin não é um nadador, ele não tenta nadar contra a correnteza. Ele vai com o todo, ele flui com a correnteza. Ele flui tão totalmente com a correnteza que pouco a pouco ele não está mais separado da correnteza. Ele se torna a correnteza. É a isso que Buda chama srotapanna: aquele que entrou na correnteza. Esse é também o início do sannyas de Buda: aquele que entrou na correnteza, aquele que relaxa na existência. Ele não carrega avaliações, ele não faz julgamentos.
          Viver existencial significa que cada momento tem que decidir por si. A vida é atômica. Você não decide de antemão, você não ensaia, você não prepara como viver. Cada momento chega e traz a situação. E você está ali para responder àquilo. Você responde. Geralmente as pessoas vivem uma maneira muito estranha de vida. Se você for dar uma entrevista, você se prepara, você pensa naquilo que lhe será perguntado e como você irá responder, como você irá se sentar e como você ficará de pé. Tudo se torna falso porque tudo foi ensaiado. E então o que acontece? Quando você vai assim ensaiado, você nunca está totalmente presente. Alguma coisa está sendo perguntada e você está pesquisando em sua memória, porque você está carregando uma resposta preparada, quer ela se ajuste ou não, quer ela funcione ou não. Você segue perdendo o ponto. Você não está totalmente ali, você está envolvido na memória. ....
          A terceira qualidade de um sannyasin é uma confiança em seu próprio organismo. As pessoas confiam nos outros. O sannyasin confia em seu próprio organismo. Corpo, mente, alma, tudo está incluído. Se ele sente que está amando, ele flui no amor. Se ele não sentir que está amando, ele diz: 'sinto muito', mas ele nunca finge. 
          Um não-sannyasin segue fingindo. Sua vida é vivida através de máscaras. Ele chega em casa, abraça sua esposa, mas ele não quer abraçar a mulher. E ele diz 'eu te amo', e tais palavras soam tão falsas porque elas não estão vindo do coração. Elas estão vindo do Dale Carnegie. Ele esteve lendo o seu livro 'Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas' e esses tipos de tolices. Ele está cheio dessas tolices. Ele as carrega e as pratica. Toda a sua vida se torna uma vida falsa, uma paródia. E, naturalmente, ele nunca está satisfeito. Ele não pode estar porque a satisfação vem apenas com uma vida autêntica. Se você não está sentindo amor, você tem que dizer isso, não há necessidade de fingir. Se você está sentindo raiva, você tem que dizer isso. Você tem que ser verdadeiro para com seu organismo, você tem que confiar em seu organismo. E você ficará surpreso: quanto mais você confiar, mais a sabedoria de seu organismo se tornará muito clara para você. 
          O seu corpo tem sua própria sabedoria. Ele carrega a sabedoria de séculos em suas células. O seu corpo está faminto e você está jejuando, porque a sua religião lhe diz que neste dia você tem que jejuar. Mas seu corpo está faminto. Você não confia no seu organismo e sim numa escritura morta, porque em algum livro alguém escreveu que neste dia você tem que jejuar. Aí você faz jejum. Escute o seu corpo! Sim, existe dia em que seu corpo diz: 'faça jejum!'. Então faça. Mas não há qualquer necessidade de ouvir às escrituras. O homem que escreveu aquelas escrituras não as escreveu pensando em você..... Isso é como se você ficasse doente e fosse à casa de um médico falecido e lá encontrasse uma receita e começasse a segui-la. Aquela receita havia sido prescrita para uma outra pessoa, para uma outra doença, em uma outra situação.
          Lembre-se de confiar em seu próprio organismo. Quando você sentir que o corpo está lhe dizendo 'não coma', pare imediatamente. Quando o corpo estiver dizendo 'coma', então não se preocupe se as escrituras estão dizendo para jejuar ou não. Se o seu corpo disser coma três vezes ao dia, está perfeitamente bom. Se ele disser para comer uma vez ao dia, também está perfeitamente bom. Comece a aprender a ouvir seu corpo, porque ele é o seu corpo. Você está nele; você tem que respeitá-lo e você tem que confiar nele. Ele é o seu templo. É um sacrilégio impor coisas ao seu corpo. .... E você não vai apenas aprender a confiar em seu corpo, você vai aprender, pouco a pouco, a confiar na existência também, porque o seu corpo é parte da existência. Então a sua confiança irá crescer e você irá confiar nas árvores e nas estrelas, na lua,  no sol e nos oceanos. Você confiará nas pessoas. Mas o começo da confiança tem que ser a confiança em seu organismo; a confiança em seu coração. ...........
          Um sannyasin é aquele que confia no seu próprio organismo, e essa confiança ajuda-o a relaxar em seu ser, ajuda-o a relaxar na totalidade da existência. Isso traz uma aceitação geral de si mesmo e dos outros. Isso dá uma qualidade de enraizamento e centramento. Surge então uma grande força e um grande poder, porque você está centrado em seu próprio corpo, em seu próprio ser. Você tem raízes no solo. Por outro lado você vê pessoas sem raízes, como árvores arrancadas do solo. Elas estão simplesmente morrendo. Elas não estão vivendo. É por isso que não existe muita alegria na vida. Você não vê a qualidade da gargalhada; está faltando celebração. E mesmo quando as pessoas celebram, isso também é falso.  .........
          A quarta é um senso de liberdade. 
          O sannyasin não é apenas livre. Ele é liberdade. Ele sempre vive de uma maneira livre. Liberdade não quer dizer licenciosidade. Licenciosidade não é liberdade, é apenas uma reação contra a escravidão; daí você se move para o outro extremo. Liberdade não é o outro extremo, não é uma reação. Liberdade é um insight: 'Eu tenho que ser livre, se é que eu quero ser algo. Não há outra maneira de ser. Se eu for muito possuído pela igreja, pelo hinduismo, pelo cristianismo, pelo islamismo, então eu não conseguirei ser. Então eles irão criar limites ao redor de mim. Eles seguirão forçando a mim mesmo como um ser aleijado. Eu tenho que ser livre. Eu tenho que assumir esse risco de ser livre. Eu tenho que encarar esse perigo.'
          A liberdade não é muito conveniente, ela não é muito confortável. Ela é arriscada. Um sannyasin assume tal risco. Isso não que dizer que ele vai sair brigando com todo mundo. Isso não significa que quando a lei disser mantenha-se à direita, ou à esquerda, ele fará o contrário. Não. Ele não se preocupa com questões triviais. Se a lei disser mantenha-se à esquerda, ele se manterá à esquerda, porque não é isso que é escravidão. Mas a respeito de coisas importantes e essenciais... ........
          A respeito de coisas essenciais, o sannyasin sempre manterá a sua liberdade intacta. E porque ele respeita a liberdade, ele respeitará a liberdade dos outros também. Ele nunca irá interferir na liberdade dos outros, seja lá quem for. Se a sua esposa se apaixonar por um outro, você se sentirá ferido, você irá chorar de tristeza, mas esse é um problema seu. Você não irá interferir nela. Você não dirá: 'pare com isso, porque eu estou sofrendo!'  Você dirá: 'Essa é a sua liberdade. Se eu estou sofrendo, isso é problema meu. Eu terei que lidar com isso, eu terei que encarar isso. Se eu sinto ciúme, eu terei que me livrar desse ciúme, mas você segue o seu caminho. Embora isso me tenha machucado, embora eu tenha querido que você não se fosse com um outro alguém, isso é um problema meu. Eu não posso me intrometer em sua liberdade.' 
          O amor respeita tanto que ele dá liberdade. E se o amor não estiver dando liberdade, ele não é amor, ele é alguma outra coisa. 
          Um sannyasin é tremendamente respeitoso quanto à sua própria liberdade, muito cuidadoso para com a sua própria liberdade, e da mesma maneira ele também é em relação à liberdade dos outros. Esse senso de liberdade lhe dá uma individualidade. Ele não é uma simples parte da massa. Ele tem um certo jeito único: a sua maneira de viver, o seu estilo, a sua atmosfera, a sua individualidade. Ele existe do seu próprio jeito, ele ama a sua própria música. Ele tem um senso de identidade: ele sabe quem ele é; ele segue aprofundando esse sentimento de quem ele é; e ele nunca faz concessões quanto a isso....
          (.....) A quinta é criatividade. (........) Meu conceito de sannyasin é que a sua energia será criativa, é que ele trará um pouco mais de beleza a este mundo, ele trará um pouco mais de alegria a este mundo, ele encontrará novas maneiras de dançar e cantar; ele trará belos poemas e músicas. Ele criará alguma coisa, ele será criativo. .....
          Ele deve contribuir com alguma coisa. Permanecer não criativo é quase um pecado, porque você está existindo e não está contribuindo. Você come, você ocupa um espaço, e você não está contribuindo com coisa alguma. Os meus sannyasins têm que ser criadores. E quando você está em profunda criatividade, você está próximo de Deus. Isso é o que a prece realmente é. Isso é meditação. Deus é o criador e se você não é criador, você está longe de Deus. Deus conhece apenas uma linguagem, a linguagem da criatividade. É por isso que quando você compõe música, quando você está completamente perdido nela, alguma coisa de divino começa a se filtrar a partir de seu ser. Essa é a alegria da criatividade, esse é o êxtase - svaha!
          A sexta é um senso de humor, gargalhada, brincadeira, sinceridade não séria. Os antigos sannyasins não riam, eram mortos e chatos. O novo sannyasin tem que trazer cada vez mais risos para o seu ser. Ele tem que ser um sannyasin risonho, e o seu riso pode criar situações para que os outros também relaxem. O templo deve ser cheio de alegria, risos e dança. Ele não deve ser como uma igreja cristã. As igrejas parecem cemitérios. E com a cruz ali parece ser quase uma adoração à morte... um pouco mórbido. Você não pode dar gargalhadas numa igreja. Uma gargalhada daquelas que sacudem a barriga não seria permitida. As pessoas pensariam que você está louco ou algo parecido. Quando as pessoas entram numa igreja, elas se tornam sérias, duras... fecham a cara...
          Para mim o riso é uma qualidade religiosa muito essencial. Um senso de humor tem que fazer parte do mundo interior de um sannyasin.
          A sétima é a qualidade meditativa, o estar só,  o pico da experiência mística que acontece quando você está só, quando você está absolutamente só dentro de si mesmo.
          O sannyas torna você só, não isolado, mas só. Não solitário, mas ele dá a você uma solitude. Você pode ser feliz estando só, você não é mais dependente dos outros. Você pode sentar-se só em seu quarto e sentir-se completamente feliz. Não há qualquer necessidade de ir a um clube, não há qualquer necessidade de estar rodeado de amigos, não há qualquer necessidade de ir a um cinema. Você pode fechar os olhos e entrar na mais interna felicidade. Qualidade meditativa é isso.
          E a oitava é o amor, a qualidade do relacionar-se, o relacionamento. Lembre-se de que você só pode se relacionar quando você tiver aprendido como estar só, nunca antes disso. Somente dois indivíduos podem se relacionar.Somente duas liberdades podem se aproximar e se abraçar. Somente dois nada podem penetrar um no outro e se desmanchar um no outro. Se você não é capaz de estar só, o seu relacionamento é falso. Ele é apenas um artifício para evitar que você esteja só, nada mais.
         E isso é o que milhões de pessoas estão fazendo. O amor delas nada mais é do que a incapacidade de estar só. Assim, elas andam com alguém. ficam de mãos dadas, elas fingem que amam, mas no fundo o único problema é que elas não conseguem estar sós. Por isso, elas precisam de alguém com quem andar, elas precisam de alguém para se agarrar, elas precisam de alguém para se apoiar. E o outro também está usando-as da mesma maneira, porque o outro também não consegue estar só, é incapaz. ...
          Assim, duas pessoas que você diz que estão amando, estão de certa forma odiando a si mesmas. E por causa desse ódio, elas estão tentando escapar. O outro ajuda-a a escapar, assim elas se tornam dependentes do outro, elas se tornam viciadas no outro. Você não consegue viver sem a sua esposa, você não consegue viver sem o seu marido, porque vocês estão viciados. Mas um sannyasin é aquele .......... É por isso que eu digo que a sétima qualidade é estar só e a oitava é amor-relacionamento.
          E existem duas possibilidades: você pode ser feliz estando só e você também pode ser feliz estando junto. Esses são dois tipos de êxtase possíveis para a humanidade. Você pode entrar em samadhi quando está só e você pode entrar em samadhi quando está junto com alguém em profundo amor. E há dois tipos de pessoas: os extrovertidos que acharão mais fácil atingir seu pico através dos outros; e os introvertidos acharão mais fácil alcançar seu pico maior enquanto estão sós. ,,,,,,,,,,,, O caminho de Buda é o caminho do introvertido; ele fala apenas a respeito da meditação. O caminho de Cristo é extrovertido; ele fala a respeito do amor.
          O meu sanyasin tem que ser uma síntese de ambos. Uma ênfase haverá: alguém estará mais enfaticamente afinado consigo mesmo do que com os outros; e alguém será exatamente o oposto, mais afinado com um outro alguém. Mas não há qualquer necessidade de se estar enganchado a um só tipo de de experiência. Ambas as experiências podem permanecer disponíveis.
          E a nona é a transcendência, o Tao, não ego, não mente, ninguém, nada, afinado com o todo.  (........)
          Transcendência é a última e a mais elevada qualidade de um sannyasin.
          Mas essas são apenas indicações, não são definições. Considere-as de uma maneira muito fluida. Não comece a considerar que eu disse isso de uma maneira muito rígida. .... muito fluida, uma vaga maneira de ver, uma visão no crepúsculo, não como quando há um sol aberto no céu. Aí as coisas são muito definidas. No crepúsculo, quando o Sol está se pondo e a noite ainda não desceu, exatamente no meio, no intervalo. Considere o que eu disse dessa maneira. Permaneça líquido, fluindo. Nunca crie qualquer rigidez ao seu redor. Nunca se torne definível. 

                                                                    OSHO - The Heart Sutra - discourse nº 10
                                                                                           tradução: Sw.Bodhi Champak

Copyright © 2006 OSHO INTERNATIONAL FOUNDATION, Suiça.

Fonte:https://www.oshobrasil.com.br/Texto_21.htm

Osho a respeito do Neo-Sannyas

Introdução ao Neo-Sannyas

Neste website, você encontrará uma seleção de citações do Osho a respeito do Sannyas e você também será capaz de ver como o OSHO Sannyas se desenvolveu ao passar dos anos.

Agora, o sannyas está disponível a qualquer pessoa que escolha tomar a decisão de “viver a vida em sua totalidade, mas com a absoluta condição, categórica: e essa condição é consciência, meditação,” como Osho descreve o sannyas. Eles podem agora fazer isso sem qualquer envolvimento pessoal e institucional de quem quer que seja. Isso respeita o indivíduo e sua liberdade de escolha: “É sua decisão. Lembre-se sempre, qualquer coisa que aconteça aqui é sua decisão. Se você é um sannyasin, é sua decisão. Se você abandona o sannyas, é sua decisão. Se você tomá-lo de novo, é sua decisão. Eu deixo tudo com você”.

Como Osho o descreve, “O movimento sannyas simplesmente significa o movimento dos buscadores da verdade”. E que, “um movimento é um fluxo, este é o significado de movimento – ele está se movendo, está crescendo”. Como parte desse movimento e por respeito aos esforços do Osho – “Eu tenho me esforçado para abandonar tudo que é externo, de modo que somente o mais interno permaneça para você explorar”- nós estamos tornando esse processo tão simples e individual quanto possível. Como Osho chama a atenção neste contexto, “A meditação deles é uma questão pessoal”. E que, “Mas isto vai ser individual, sozinho. Ele será responsável por si mesmo. Isto não será uma coletividade, uma congregação”.

E, finalmente, como Osho também explica: “O movimento sannyas não é meu. Ele não é de vocês. Ele estava aqui quando eu não estava. Ele estará aqui quando eu não estiver. O movimento sannyas simplesmente significa o movimento de buscadores da verdade. Eles sempre estiveram aqui”.

Se você é um buscador desse tipo, pode ir em frente agora e complete o processo confirmando, para você mesmo, que você é de fato um sannyasin – sem precisar da ajuda de qualquer pessoa.

Se você é tal buscador, desfrute… 

Você encontrará aqui uma compilação de trechos extraídos de diversos discursos onde o Osho está falando a respeito do sannyas. Os trechos extraídos são listados na ordem em que foram falados, com os discursos do Último Testamento no final.

“Olhando a vida do ponto de vista da auto-ignorância é sansara, o mundo. Olhando a vida do ponto de vista do auto-conhecimento é sannyas.

Portanto, sempre que alguém me diz que recebeu sannyas, a coisa toda parece muito falsa para mim. Este ‘receber’ o sannyas cria a impressão de que é um ato antagônico contra o mundo. Pode o sannyas ser tomado? Pode alguém dizer que ‘recebeu’ o saber? E um saber que possa ser tomado desse jeito ser um verdadeiro saber? Um sannyas que é recebido, não é sannyas.

Você não pode se cobrir com um manto da verdade. A verdade tem que ser despertada dentro de você. O sannyas nasce. Ele chega através da compreensão e com tal compreensão nós vamos sendo transformados. Na medida em que nossa compreensão muda, a nossa visão muda e o nosso comportamento é transformado sem qualquer esforço. O mundo permanece onde ele está, mas o sannyas gradualmente nasce dentro de nós. Sannyas é a consciência de que ‘Eu não sou apenas o corpo, eu também sou a alma.’ Com este saber, a ignorância e os apegos dentro de nós são abandonados. O mundo estava do lado de fora e ele ainda continua lá, mas dentro de nós haverá uma ausência de apegos a ele. Em outras palavras, não haverá nenhum mundo, nenhum sansara dentro de nós.”

Osho, The Perfect Way, Número 3
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“No passado, o sannyas foi muito prejudicado pela noção de sannyas ao longo da vida: uma vez um sannyasin, sempre um sannyasin. Fechamos o portão da sociedade para sempre uma vez que entramos no sannyas. Talvez uma pessoa receba sannyas em um determinado estado de espírito, e depois de algum tempo, quando ele se encontra em um estado de espírito diferente, quer voltar para o mundo – mas ele não pode fazê-lo porque a casa de sannyas só tem uma entrada, ela não tem nenhuma saída. Você pode entrar no sannyas, mas uma vez nele você não pode sair. E esta simples regra transformou o sannyas em uma prisão. Até mesmo o céu vai virar o inferno se não houver saída.

“Você pode dizer que o sannyas não tem nenhuma regra dura e simples como esta. Isso é verdade, mas o fato de que a sociedade olha para quem deixa o sannyas é uma proibição mais forte do que qualquer regra. Nós temos um engenhoso dispositivo para impedir que um sannyasin volte ao mundo novamente. Quando alguém recebe sannyas, nós fazemos um grande evento disso, damos a ele uma despedida com uma grande fanfarra, com uma banda de música, flores e elogios. O pobre sannyasin não sabe que esta é uma maneira inteligente de dizer adeus a ele para sempre. Ele não está ciente de que, se alguma vez ele retornar para a sociedade ele vai ser recebido pelas mesmas pessoas com paus em vez de flores.
 
“Esta é uma convenção muito perigosa. Por causa disso, um número grande de pessoas são impedidas de participar do grande êxtase que o sannyas pode trazer para eles. Torna-se muito difícil para eles tomar uma decisão de receber sannyas para toda a vida, que é de fato uma decisão muito difícil. Além disso, não temos o direito de nos comprometer com alguma coisa por toda a nossa vida.
 
“Na minha visão, o sannyas de curto prazo é o caminho certo. Você pode deixá-lo sempre que quiser, porque é você quem o recebe. A decisão é sua, ninguém pode decidir por você. O sannyas é inteiramente uma escolha pessoal, individual, outros não se importam de jeito nenhum. Sou livre para receber sannyas hoje e sair amanhã, de forma que eu não espere nenhuma recompensa por isso dos outros na forma de seu louvor e aclamação.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Talk #22
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“Até agora o sannyas foi ligado a um mestre que inicia alguém nele. Mas o sannyas não é algo que alguém pode dar-lhe como um presente, tem que ser recebido diretamente do divino. Quem, senão a existência pode iniciá-lo no sannyas? Quando alguém vem e me pede para iniciá-lo no sannyas, eu lhe digo, “Como eu posso iniciá-lo no sannyas? Só a existência pode iniciá-lo. Eu só posso ser uma testemunha de você ser iniciado. Seja iniciado pelo divino, o ser supremo, e eu vou dar o testemunho de que eu estava presente quando você foi iniciado no sannyas. Minha função se limita a ser uma testemunha, nada mais. “Um sannyas ligado a um mestre é fadado a se tornar sectário. Ele não pode liberá-lo, em vez disso ele vai colocá-lo em um cativeiro.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Talk #22
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“A ‘entrada’ para o sannyas estava lá, mas a ‘saída’ estava faltando. Podia-se entrar, mas não se podia sair. Mesmo um céu, onde não haja porta de saída, pode se tornar um inferno – ele se torna uma prisão, um cárcere. Você pode dizer, ‘De maneira alguma, se algum sannyasin realmente quisesse deixar (o sannyas), o que os outros poderiam fazer? Ele poderia deixar.’ Mas você o condenaria, o insultaria – haveria uma condenação por trás disso.

É por isso que criamos um estratagema pelo qual sempre que alguém recebe sannyas, nós fazemos uma grande publicidade e pompa para expor a todos ao redor; sempre que alguém toma sannyas, nós tocamos muitas músicas cerimoniais. Sempre que alguém toma sannyas, nós o cobrimos com coroas de flores e guirlandas, o enaltecemos, condecoramos e lhe demonstramos grande respeito. Nós o satisfazemos com uma demonstração exuberante, como se estivesse acontecendo um grande evento. Mas existe um outro lado nessa demonstração. Este sannyasin não sabe que se ele pedir para se retirar amanhã, então, da mesma forma como ele está sendo coberto com guirlandas hoje, pedras e sapatos lhe serão atirados. E isso será feito por ninguém mais que essas mesmas pessoas.

Na verdade, ao cobrir-lhe com guirlandas, essas pessoas estão lhe avisando para nunca se retirar. Caso contrário, da mesma maneira como você está sendo enaltecido, os insultos estarão lhe esperando. Esta é uma situação muito perigosa. Por causa disto, muitas pessoas que poderiam ter saboreado a alegria do sannyas, permaneceram tolhidas dele. Quem sabe? Elas nunca poderiam decidir o sannayas por toda a vida… Decidir um compromisso por toda a vida é uma coisa muito grande, é uma questão muito difícil. Além disso, e como se nós não temos direito de decidir.

Portanto minha visão é que o sannyas é sempre periódico. Você pode se retirar dele a qualquer momento. Quem pode obstruir o seu caminho? Você recebeu sannyas e agora está deixando. Exceto você, não há outro juiz nesse caso. Apenas você é o fator decisivo nisto e esta é a sua própria decisão. Isto não interessa a mais ninguém e não é requerida a aprovação de mais ninguém. O sannyas é individual, é a decisão da própria pessoa. Toma-se ele hoje e abandona-se ele amanhã. Não é para se esperar que alguém seja elogiado quando recebe sannyas, nem que seja condenado quando o abandona. Isto não é um assunto seu.

Ao mesmo tempo, lembre-se, até agora o sannyas tem sido sempre relacionado com algum mestre: algum mestre dá a iniciação. O sannyas não é algo que nenhuma outra pessoa possa dar a você. O sannyas é algo que se toma, mas ninguém pode dá-lo. Ou, melhor dizendo, exceto a própria existência, quem mais pode dar sannyas? Se alguém vem até a mim e diz, ‘Por favor, me dê a iniciação,’ eu lhe digo, `Como posso eu lhe dar a iniciação?` Eu posso apenas ser uma testemunha. A iniciação você a toma do divino; a iniciação você a toma da própria existência; eu, no máximo, posso ser uma testemunha disso, de que estava presente quando esse fenômeno aconteceu. Nada existe além disto. Um sannyas apegado a um mestre tende a se tornar sectário. Um sannyas apegado a um mestre nunca pode trazer liberdade, ele irá trazer apenas prisão…

Eu não serei o mestre deles, mas apenas uma testemunha da iniciação deles no sannyas. Na verdade, o sannyas será uma questão de um relacionamento direto entre eles e a existência. Não haverá qualquer ritual para iniciação no sannyas, de modo que a pessoa não tenha qualquer dificuldade em deixá-lo quando ela quiser…

Quando eu disse ‘meus sannyasins’ não foi uma distração. O meu falar é diferente, eu dificilmente me distraio. Na primeira vez que um amigo disse, ‘seus sannyasins’, eu neguei e disse, ‘não diga meus.’ Mas minha intensão era diferente. A intenção era perguntar, ‘como um sannyasin pode ser meu? Mas quando eu voltei a dizer isso novamente, não era uma distração. Eu disse ‘meus sannyasins’. O sannyasin não pode ser meu, mas certamente eu posso pertencer aos sannyasins…”

Osho,
Não irá mais uma vez desenvolver-se uma seita ao seu redor?

“Não, uma seita não irá se desenvolver. Ela não irá se desenvolver porque para isso existem alguns poucos pré-requisitos essenciais.

Um, é preciso um mestre, são necessárias as escrituras e as doutrinas, e também alguns adjetivos. E não apenas isto, é também necessário ter a insistência de que qualquer outra coisa que exista além disto, diferente disto, fora disto, está totalmente errado e somente isto está absolutamente certo.

Não, eu estou dizendo que chamo sannyasin a alguém que é sem qualquer adjetivo. E é difícil formar uma seita sem adjetivos. Uma seita não pode ser formada sem adjetivos. Eu estou chamando sannyasin a alguém que não pertence a religião alguma. Como você pode formar uma seita sem uma religião? Eu estou chamando sannyasin a alguém que não tem qualquer escritura religiosa, que não tem qualquer mestre religioso, que não tem templo, nem mosteiro, nem igreja, nem gurudwara (templo sikhi). Assim é difícil se formar uma seita.

Nós devemos nos esforçar para que nenhuma seita se forme, porque as seitas têm causado mais dano à religiosidade do que qualquer outra coisa. A irreligiosidade não tem feito tanto mal à religiosidade quanto as seitas.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Número 22
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“Sannyas significa coragem, mais do que qualquer outra coisa, porque ele é uma declaração de sua individualidade, de sua liberdade, de que você não será mais parte da loucura coletiva, da psicologia coletiva. Ele é uma declaração de que você está se tornando universal; você não pertence mais a país algum, a igreja alguma, a raça alguma, a religião alguma.”

Osho, Finger Pointing to the Moon, Número 7
(Este título não está mais disponível a pedido de Osho)

 

“Isto é o que significa quando eu digo: ‘Seja um sannyasin. Simplesmente seja.’

Seu robe ocre, seu mala – essas são as regras. Isto é um jogo. Isto não é o que eu quero dizer quando digo sannyas verdadeiro.

Mas, você está tão acostumado a jogos que, antes que eu o leve a uma vida sem regras, no período transitório, você precisará de regras. Movendo-se deste mundo de regras e de jogos para um mundo sem regras e sem jogos, uma ponte tem que ser atravessada.

Suas roupas laranja e seu mala são apenas para este período transitório. Você não consegue abandonar as regras imediatamente, assim eu lhe dei novas regras. Mas esteja totalmente alerta de que seus robes não são o seu sannyas, o seu mala não é o seu sannyas, o seu novo nome não é o seu sannyas.

O sannyas estará ali quando não existir mais nome, quando você se tornar sem nome. Então não haverá regra alguma. Então, você será tão comum, você não será reconhecido.”

Osho, A Bird on the Wing, Número 9
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“Você não pertence a lugar algum – esta é a realidade. Todo anseio por pertencer é enganoso. A própria idéia de pertencer cria organizações; a própria idéia de pertencer cria a igreja – porque você não consegue estar só, você quer embrenhar-se em algum lugar numa multidão. Um sannyasin é alguém que aceitou a sua solidão. Ela é fundamental, não pode ser afogada. Ao se tornar um sannyasin, você não está se tornando parte de uma certa organização – isto não é uma organização, de jeito algum. Por se tornar um sannyasin, você está se tornando corajoso suficiente para aceitar um certo fato: que o homem existe em solidão. E isto é tão fundamental que não existe jeito de escapar disto. Isto é tão fundamental quanto a morte. Na verdade, a morte nada mais é do que lhe trazer a notícia de que você esteve só e que agora está só.”

Osho, The Divine Melody, Número 10
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Osho,
Uma querida amiga minha do Ocidente enviou-lhe uma carta pedindo um nome sannyas e depois veio aqui, antes de receber uma resposta, e tomou sannyas. O nome que lhe foi dado através da carta foi um tipo de nome totalmente diferente do que você deu a ela aqui. Eu fiquei muito perturbada quando ouvi isto, pois eu sempre pensei no meu nome como sendo o meu caminho. Eu usava-o para me dar uma direção quando eu estava confusa. Qual é realmente o significado do nome que você nos dá?

“Veera, toda vaca sagrada defeca. Não se deixe enganar pelos nomes. Você sempre está querendo agarrar-se a alguma coisa, para fazer algo grandioso a partir do nada. Os nomes que dou a vocês são apenas como doces de namorados. Não faça muito um coisa tão special com eles.

Na verdade, uma vez que eu lhe dei um nome, nunca venha depois me perguntar novamente sobre o seu significado porque eu me esqueço. Foi naquele momento que eu criei um significado para ele. Então, como eu posso me lembrar? Eu já devo ter dado trinta mil nomes ou mais.

Um nome é apenas um nome. Você é sem nome. Nome algum restringe você, nenhum nome pode restringir você. Eles são apenas rótulos para serem usados – utilitários, nada de espiritual neles. Mas porque eu dou muita atenção ao seu nome e lhe explico, você fica enganchado nele. Esta é apenas a minha maneira de demonstrar minha atenção para com você, nada mais; apenas a minha maneira de demonstrar meu amor por você, nada mais.”

Osho, The Diamond Sutra, Número 10
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“No momento que você nasce o condicionamento começa, do primeiro ar que você respira; isso não pode ser evitado. Os pais vão condicioná-lo, as crianças com quem você brinca vão condicioná-lo a vizinhança vai condicioná-lo, a escola, a igreja, o estado.Conscientemente não há muito condicionamento sendo feito, mas inconscientemente a criança vai acumulando. A criança aprende por imitação.

Portando não se preocupe. Esta é a situação normal no mundo: todo mundo é condicionado. E todo mundo tem que sair do condicionamento. É difícil. Não é apenas como se despir – é como tirar a sua pele. É duro, é árduo, porque nós nos tornamos identificados com nosso condicionamento. Nós nos conhecemos apenas como católicos, comunists, Hindus, Maometanos, Cristãos. O maior medo de abandonar o condicionamento é que você possa ter uma crise de identidade. Daí o sannyas.

O sannyas é apenas um truque para ajudá-lo de forma que você não comece a sentir que você está caindo em um abismo, um abismo sem fim. Eu tiro os seus condicionamentos – você se sentirá bem vazio – Eu tenho que te dar alguma coisa para você brincar por esse tempo.

Sannyas é esse brinquedo para se divertir por um tempo. Mas o sannyas é dado a você de tal forma que ele nunca se torna um condicionamento; ele se mantém divertido, se mantém um esporte – envolvido mas ainda assim se mantendo uma testemunha dele.

É difícil abandonar o condicionamento, porque ele é todo o passado, sua mente, seu ego, tudo que você é. Mas se você está pronto, se você é corajoso, se você tem força com determinação suficiente para vir comigo isso é possvel, isso não é impossível.”

Osho, Be Still and Know, Número 7
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“Eu gostaria que meus sannyasins vivessem a vida em sua totalidade, mas com uma condição absoluta, uma condição categórica: e essa condição é consciência e meditação. Primeiro vá fundo na meditação, de modo que você possa limpar a sua inconsciência de todas as sementes venenosas, de modo que nada exista para ser corrompido e nada exista dentro de você cujo poder possa trazê-lo para fora, então a partir de então faça tudo o que tiver vontade de fazer.”

Osho, The Dhammapada: The Way of the Buddha, Vol. 6. Número 40
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“O professor, parecerá muito compassivo, porque ele lhe dará toda orientação e assumirá toda a responsabilidade. Ele estará mostrando a você o caminho; estará conduzindo-o no caminho, e você terá apenas que seguir.

O mestre não está interessado em que você o siga. Não, exatamente o contrário; você não deve segui-lo, caso contrário irá deixar de se tornar você mesmo. Então o que ele faz? Na verdade, todo o seu funcionamento é negativo. Ele destrói todas as suas muletas e seus apoios. Ele o torna vulnerável a todo tipo de medos, ansiedades, desafios. Isto é tudo negativo. No que diz respeito à positividade, ele nada faz. Ele é apenas um espelho.

Ele permite que você se aproxime e veja a sua face em seu espelho. Ele não quer que você o imite e se torne o seu rosto. Ele quer que você olhe para ele. Ele não tem idéia alguma. Isto significa que toda poeira do espelho já foi retirada. O seu espelho está limpo. Você pode se aproximar e olhar, e irá encontrar a sua face. O espelho simplesmente reflete, ele não é um fazer, ele não é um ato.

Certamente o meu relacionamento com você é único. Em primeiro lugar ele não é um relacionamento, pois que tipo de relacionamento você pode ter com um espelho? Você pode olhar a sua face e ficar agradecido, dizer obrigado – mas isto não é um relacionamento. Que tipo de relacionamento o espelho pode ter com você? Não existe possibilidade. O espelho está simplesmente ali. Ele não se relaciona de maneira alguma possível, ele simplesmente existe.

Por isso o relacionamento é único, pois se você for a outras religiões, o mestre – o qual, em primeiro lugar, não é um mestre, mas é assim chamado –  terá mil e uma exigências a serem satisfeitas porque ele irá fazer um grande trabalho para você. Eu não estou fazendo coisa alguma para você, por isso nada exijo de você. O ‘mestre’ terá condições a serem preenchidas. Se você falhar no preenchimento das condições, haverá a  condenação, se você preencher as condições, então o elogio, a recompensa.

Eu não posso condená-lo e não posso recompensá-lo – porque eu não tenho quaisquer condições que tenham que ser preenchidas por você. Ser meu discípulo é uma decisão sua. Isto nada tem a ver comigo. Aceitar-me como seu mestre é sua decisão, nada tem a ver comigo. Eu não estou procurando por convertidos; eu não sou um missionário cristão. Eu não estou me esforçando para que as pessoas se convertam à minha maneira de pensar, à minha maneira de viver. Não, de jeito algum. Se fosse o contrário, nestes trinta e cinco anos eu teria convertido milhões de pessoas sem qualquer problema. Elas estavam prontas para serem convertidas; eu não estava pronto para converter.

Esta é a sua decisão. Lembre-se sempre, o que quer que aconteça aqui é sua decisão.

Se você é um sannyasin, esta é a sua decisão.

Se você abandonar o sannyas, esta é a sua decisão.

Se você tomá-lo de novo, esta é a sua decisão.

Eu deixo tudo por sua conta.

Assim, este é um relacionamento único. Ele tem absolutamente apenas um lado; do meu lado não há qualquer relacionamento. Isto tem que ficar inteiramente claro: de meu lado não há qualquer relacionamento.”

Osho, From Unconsciousness to Consciousness, Número 18
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“Assim, isto foi uma necessidade absoluta, não havia outra maneira para enlaçar o meu povo. Todo mundo já está dividido. Este não é um mundo aberto: alguém é cristão, alguém é hindu, alguém é muçulmano. É muito difícil encontrar uma pessoa que é ninguém. Eu tive que encontrar o meu povo nesses rebanhos fechados, mas para entrar em seus rebanhos eu tive que falar a linguagem deles. Aos poucos eu abandonei a linguagem deles. Proporcionalmente, minha mensagem foi se tornando mais clara e fui abandonando aos poucos a linguagem deles.

Depois do meu sannyas, eu dou um intervalo de três anos  em que qualquer um que quisesse me deixar, poderia deixar – porque eu não quero interferir na vida de ninguém. Se eu puder melhorar, ótimo. Se eu não puder melhorar você e o seu ser, então é melhor que se afaste de mim.”

Osho, From Personality to Individuality, Número 14
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“Eu não interrompi o movimento sannyas, eu impedi que ele se tornasse uma religião. Um movimento é um fluxo, este é o significado de movimento – ele está se movendo, está crescendo. Mas uma religião é morta – ela parou de se mover, parou de crescer. Ela está morta. O único lugar para ela é o crematório…

Todo sacerdote ou sacerdotisa quer uma religião morta, porque ela é previsível. Tudo é apenas um catecismo. Não há opinião, nem evolução ou crescimento. Simplesmente veja o cristianismo: dois mil anos se passaram – eles avançaram pelo menos uma polegada além de Jesus Cristo? Vinte e cinco séculos se passaram desde Buda – os budistas deram um simples passo à frente? Isto é destruir o crescimento e a evolução.

Agora eu quero que meu povo permaneça aberto, vivo, crescendo, sempre com frescor e renovado. Isto mantém um novo tipo de fenômeno e religiosidade: nenhum rótulo preso a ele, porque todo rótulo é cheio de pontos de parada. E eu não gosto de pontos de parada nem mesmo de meio ponto. A vida está sempre em curso.

Eu retirei o mala. Ele tem significância na Índia, porque lá as roupas vermelhas e o mala têm sido usados por milhares de anos por todas as religiões como símbolo de um sannyasin. Eu queria destruir essa idéia tradicional de sannyas, porque os sannyasins têm que ser celibatários, não podem tocar uma mulher, nem falar com ela. O sannyasin não pode nem se hospedar numa casa de família, tem que ficar num templo. Ele tem que comer somente uma vez por dia, tem que jejuar continuamente, repetidas vezes. Ele tem que se torturar. Isto é uma doença.

 Eu queria destruir esta imagem. Foi por isto que escolhi a cor vermelha. E eu tive quase trezentos mil sannyasins na Índia. Os meus sannyasins criaram tremendo problema entre os sannyasins tradicionais, pois não havia como saber quem era quem. Meus sannyasins andavam pela rua e as pessoas tocavam seus pés, não sabendo que eles não eram celibatários; que tinham suas namoradas. Eles comiam duas vezes por dia e comiam tudo que fosse o melhor – não importava se eram italianos, chineses ou japoneses. Essas pessoas pertencem ao século vinte e um, e os antigos sannyasins ficaram com muita raiva porque eu destruí a imagem deles. Com a nossa vinda para o Ocidente, agora, as roupas vermelhas e o mala não são mais necessários, porque aqui eles nunca foram símbolo de religião. Eles cumpriram sua função na Índia. Eles mostraram que um sannyasin pode estar com uma esposa, com filhos, que ele não precisa ser um parasita da sociedade, que pode trabalhar, criar, ganhar seu dinheiro e não precisa ser reverenciado.

E mais especificamente, você está agora mais liberado de todos os símbolos externos. Tudo o que ficou é o centro essencial da religiosidade, da jornada interior, que somente você pode fazer. Eu não posso fazer isto por você, ninguém pode fazer isto por você.

Assim, agora ficou apenas a qualidade essencial, a qualidade mais fundamental da religiosidade: que é a meditação…

Agora você não tem mais qualquer símbolo externo, e isso é bom, pois se quiser ser um sannyasin, somente uma coisa você terá que se lembrar: como entrar na disciplina do testemunhar. Se não for assim, existe a possibilidade de que usando roupas vermelhas e o mala, você fique completamente satisfeito de que é um sannyasin. Você não é. Roupas não fazem ninguém mudar, nem o mala leva ninguém a passar por uma transformação. Mas você pode enganar a si mesmo.

Agora eu estou tirando tudo isto de você, e deixando apenas uma coisa simples. Você não conseguirá enganar: ou você faz ou não faz. Sem fazer, você não é sannyasin. Assim o movimento chegou ao seu mais puro estado, ao estágio mais essencial, ele não foi abandonado.”

Osho, From Bondage to Freedom, Número 17
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“Você diz que você não é um sannyasin. Isto é errado – você é. Há sannyasins que não são sannyasins; há não-sannyasins que são sannyasins. Sannyas não é algo de fora, ele é algo interno. Se você puder apreciar estas três semanas, você já é iniciado. Estas três semanas irão mudar sua vida inteira.

Então abandone esta idéia de que você não é um sannyasin. Qualquer pessoa que esteja aberta e disponível, sem preconceitos, apenas vindo aqui como um visitante, entrando em sintonia com a comuna, sua sinceridade, seu amor — a iniciação aconteceu. A iniciação exterior pode vir na sequência em seu próprio tempo, não há nenhuma pressa. E mesmo se não houver sequência, não importa. O que importa aconteceu!”

Osho, From Bondage to Freedom, Número 26
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“A questão não é ser meu sannyasin, a questão é ser um sannyasin.

Para ser meu sannyasin certamente é preciso um certo comprometimento, uma certa entrega. E eu não quero que você se entregue a mim, ou que esteja comprometido comigo. Eu quero que você se entregue à natureza e se comprometa com a existência. Você não precisa ser meu sannyasin, você simplesmente tem que ser um sannyasin – e esta é a única maneira de ser meu sannyasin.”

Osho, Beyond Psychology, Número 15
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“Agora, o sannyas será um movimento totalmente diferente: ele será para buscadores mais autênticos.

Ele não será para quem só quer mudar a sociedade porque está aborrecido com ela. Ele quer uma sociedade alternativa e por isso se junta a uma comuna sannyas como sendo uma sociedade alternativa – mas ele não tem nenhum desejo e nenhum anseio pela verdade.

Só porque nesta sociedade as pessoas estão usando roupas vermelhas – e ele não quer parecer desagradável, esquisito, estranho – ele começa a usar roupas vermelhas e se torna um sannyasin. Mas a realidade é que ele está apenas escapando do mundão, onde ele estava completamente entediado e não tinha outro lugar para ir. A comuna tornou-se um abrigo para todo tipo de gente.

Agora, o sannyas será uma escola – uma escola de mistérios. Somente aqueles que querem crescer e se transformar estarão se juntando a ela. E existem milhões de pessoas que querem uma consciência maior em seu ser, que sentem que estão sonolentos e inconscientes.

Assim, não se preocupe se alguns sannyasins mais antigos desaparecerem; outros novos, com sangue fresco estarão chegando.”

Osho, The Path of the Mystic, Número 37
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Osho,
Você parou de iniciar pessoas no sannyas e criar discípulos? Eu estou privado de me tornar seu discípulo? 

 “Um discípulo não é feito, a pessoa tem que se tornar um. Quando você ama alguém, primeiro lhe pede? Primeiro você pede permissão à pessoa? O amor simplesmente acontece. Ele nem obedece nem pede qualquer permissão, ele não acredita em nenhum modo ou método.

O que é discipulato?

É o mais elevado e o mais profundo nome do amor. Se você quer amar-me, como eu posso impedi-lo? Se os seus olhos se enchem de lágrimas de amor por mim, como eu posso impedi-lo? E se você mergulha naquilo que eu chamo meditação, como eu posso impedi-lo? Qualquer um que queira se tornar um discípulo, ninguém pode impedi-lo. E é por isto que abandonei todas as formalidades que havia para alguém se tornar discípulo, porque agora eu quero apenas aqueles que estão vindo em minha direção por livre e espontânea vontade – não através de outra rota. Agora, toda a responsabilidade é sua.

Por exemplo, nós ensinamos os alunos do primeiro grau (na Índia): a é para appleg é para Ganesh. Na verdade, antigamente o g era usado para Ganesh e agora é usado para gadha, o jumento. Este é um estado secular. Aqui não é apropriado que a palavra Ganesh apareça num livro escolar. Mas nem Ganesh tem a ver com g nem Gadha. Isto é apenas uma maneira de ensinar a uma pequena criança. A criança acha o Ganesh ou o jumento mais interessante. Ela não vai ter nenhum interesse pela letra g. Pouco a pouco gadha será esquecido, Ganesh será esquecido e somente o g permanecerá, somente o g será usado.

Se você continuar tendo que ler a para apple e g para Ganesh, com o tempo você entrará na universidade e não haverá como estudar. Mesmo para ler uma frase completa será impossível. E depois de lê-la ficará difícil entender qual é o seu significado, pois quem vai saber quantos jumentos, Ganesh e mangas haverá numa frase?

Existem desenhos nos livros escolares das crianças: desenhos coloridos, grandes desenhos e umas poucas letras. E na medida em que a criança passa para uma série mais adiantada, os desenhos vão se tornando menores e as letras ocupam mais e mais espaços. Aos poucos, os desenhos vão desaparecendo completamente e somente as letras permanecem. Na universidade não existem desenhos, apenas as letras, o akshar.

A nossa palavra akshar é também muito querida. Ela significa aquilo que nunca pode ser destruído. Assim, Ganesha pode ser destruído, gadhas pode ser destruído, mas o akshar sempre permanecerá. Ele nunca cessa.

Assim, quando comecei, eu tive que iniciar as pessoas ao sannyas e tive que fazer discípulos. Mas, por quanto tempo alguém consegue brincar com a piada dos gadhas e Ganeshas; maçãs e abacaxis? Agora, o sannyas amadureceu. Agora, as formalidades não têm mais um lugar importante.

Agora, se você está nesse amor, torne-se um discípulo. Isto não é algo nem mesmo para se falar a respeito. Agora, nem mesmo precisa deixar que os outros saibam: se este é o seu sentimento, seja um sannyasin. Agora, toda a responsabilidade é sua. Este é o indício de ser maduro. Por quanto tempo eu poderei caminhar ao seu lado, segurando suas mãos? Antes que minhas mãos sejam removidas, eu mesmo tenho que largar as suas mãos, de modo que você possa estar erguido sobre seus próprios pés – confiando em suas próprias mãos, em sua própria responsabilidade – e andar.

Não, não há necessidade alguma de você parar de se tornar um discípulo. Nem alguém pode impedí-lo de se tornar um sannyasin. Mas agora isso é sua decisão pessoal, de acordo com a sede e o chamado de sua própria interioridade.

Eu estou com você, minhas bênçãos estão com você, mas agora eu não lhe explicarei sobre o tornar-se um sannyasin nem lhe pedirei para meditar. Agora, eu apenas explicarei isso: o que é meditação. Se apenas isso puder desencadear uma sede em você, então medite. Agora, eu não direi a você para amar. Eu apenas descreverei o amor e tudo mais para você. Se nenhuma canção crescer em seu coração – mesmo ouvindo a descrição única e misteriosa do amor – então nada virá de você, nem mesmo para cumprir um mandamento. E se uma canção crescer, então isto não é uma questão de dar e receber: então você pode ser um discípulo, pode meditar, pode se tornar um sannyasin, então você pode alcançar a iluminação, pode alcançar o tesouro supremo desta vida, aquilo que nós chamamos moksha, a liberação suprema.

Mas, agora você tem que fazer tudo isto. Já se foram os dias em que alguém lhe dava um empurrão por trás. Agora, você está completamente livre. O seu próprio desejo, a sua própria alegria, o seu próprio êxtase estão decidindo os fatores.”

Osho, The Diamond Sword, Número 8
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Osho,
Depois de anos estando junto a você, eu estou familiarizado com a relação mestre-discípulo. Por favor, você poderia comentar sobre a relação discípulo-discípulo?

“Não existe tal coisa.

No passado, discípulos criaram organizações. Esse era o relacionamento deles: que ‘nós somos cristãos’, que ‘nós somos muçulmanos’, que ‘nós pertencemos a uma religião, a uma fé, e porque nós pertencemos a uma fé, nós somos irmãos e irmãs. Nós viveremos pela fé e morreremos pela fé’

Todas as organizações tiveram origem no relacionamento entre discípulos.

Na verdade, dois discípulos não estão conectados um ao outro, de jeito algum.

Cada discípulo está conectado com o mestre em sua capacidade individual.

Um mestre pode estar conectado com milhões de discípulos, mas a conexão é pessoal, não organizacional.

Discípulos não têm qualquer relacionamento. Sim, eles tem uma certa ‘amistosidade’, uma certa amorosidade.

Eu estou evitando a palavra relacionamento porque ela é comprometedora.

Eu não estou chamando isso nem mesmo de amizade, mas de ‘amistosidade’, porque eles são todos companheiros de viagem seguindo no mesmo caminho, com amor ao mesmo mestre, mas eles se relacionam através do mestre.

Eles não se relacionam um com o outro diretamente.

Essa foi a coisa mais infeliz no passado: discípulos se organizaram, relacionando-se, e todos eles eram ignorantes. E pessoas ignorantes só conseguem criar mais chatice no mundo do qualquer outra coisa. Todas as religiões têm feito exatamente isso.

Meu povo está relacionado comigo individualmente. E por eles estarem no mesmo caminho, certamente eles se tornam conhecidos entre si. Uma ‘amistosidade’ surge, uma atmosfera amorosa, mas eu não quero chamar isso de qualquer tipo de relacionamento.

Nós já temos sofrido demais devido ao relacionamento direto de discípulos entre si, criando religiões, seitas, cultos, e depois brigando. Eles não conseguem fazer nada mais.

Pelo menos comigo, lembre-se disso, você não está se relacionando com nenhum outro, de jeito algum.

Apenas uma ‘amistosidade’ líquida, não uma amizade sólida, é suficiente e muito mais bela, sem qualquer possibilidade de causar danos à humanidade no futuro.”

Osho, Beyond Enlightenment, Número 2
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“Certamente a iniciação significa que você deu um passo para dentro de uma vida perigosa. Você me aceitou como seu amigo na escuridão e me deu suas mãos com grande confiança. Mas eu nunca aceitei um cheque assinado em branco e nunca usei ou mesmo interferi na vida de quem quer que seja. Isto é apenas da sua parte – eu estou totalmente fora disso. A iniciação é sua e é sua a iniciativa de oferecer a sua vida para ser transformada. Toda a ação e responsabilidade é sua.”

Osho, The New Dawn, Número 30
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“Estar só deveria ser sua única busca.

E isso não significa que você tem que ir para as montanhas, você pode estar só no mundo. Isso é simplesmente uma questão de estar atento, alerta, observador, relembrando-se de que você é apenas um pleno observador. Então você está só onde quer que você esteja. Você pode estar em uma multidão, você pode estar nas montanhas; isso não faz nenhuma diferença, você é apenas a mesmo pleno observador. Na multidão você observa a multidão; nas montanhas você observa as montanhas. Com os olhos abertos você observa a existência; com os olhos fechados você observa a si mesmo.

Você é sómente uma coisa: o observador.

E esse observador é a maior realização. Essa é sua natureza búdica; essa é sua natureza iluminada, de seu despertar espiritual. Essa deveria ser sua única disciplina. Só isso faz de você um discípulo: essa disciplina de saber de sua solidão. Senão, o que faz de você um discípulo? Você tem sido enganado em todos os pontos da vida. A você deve ter sido dito que acreditar em um mestre faz de você um discípulo. Isso está absolutamente errado; senão, todas as pessoas no mundo são discípulos.

Alguém acredita em Jesus, alguém acredita em Buda, alguém acredita em Krishna, alguém acredita em Mahavir; todo mundo acredita em alguém mas ninguém é um discípulo, porque para ser um discípulo não significa acreditar em um mestre. Para ser um discípulo significa aprender a disciplina de ser você mesmo, de encontrar seu verdadeiro ser.”

Osho, The Invitation, Número 23
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“Não importa que você tenha se tornado um sannyasin; isto não vai mudar coisa alguma, a não ser que o seu sannyas desencadeie um estado meditativo em você.

Sem meditação não há sannyas.

Isto é apenas a sua consciência crescendo e se elevando – pouco a pouco se movendo além da gravitação das coisas mais baixas – e isto fará de você um sannyasin.”

Osho, The Great Pilgrimage, Número 11
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“Eu quero que você abandone todos os jogos – jogos mundanos, jogos espirituais, jogos que toda a humanidade vem joando até hoje. Esses jogos mantém você retardado. Esses jogos evitam que você cresça em sua consciência, em seu próprio supremo florescimento. Eu quero cortar todo esse lixo que o impede.

Eu quero deixar você a sós, absolutamente só, de forma que você não possa ser ajudado por ninguém, de maneira que você não possa se apegar a nenhum profeta, de forma que você não possa pensar que Gautama o Buda irá salvá-lo. Deixado a sós – totalmente a sós – você está fadado a encontrar o se próprio centro mais interno.

Não há nenhum caminho, nenhum lugar para ir, nenhum conselheiro, nenhum professor, nenhum mestre. Isso parece duro, isso parece árduo, mas eu estou fazendo isso porque eu te amo, e as pessoas que não fizeram isso não te amaram de forma alguma. Eles amaram a si mesmos e ele amavam ter uma grande multidão em torno deles – quanto maior a multidão, mais eles se sentiram nutridos em seus egos.

É por isso que eu chamei mesmo a iluminação de ultimo jogo. Quanto mais cedo você abandonar isso melhor. Porque não ser apenas você mesmo? Porque essa desnecessária corrida aqui e ali? Você é o que a existência quer que você seja. Apenas relaxe.”

Osho, Om Mani Padme Hum, Capítulo 9
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“Um sannyasin não precisa sê-lo oficialmente. Qualquer buscador, alguém em busca da verdade é um sannyasin. E um sannyasin não precisa ser meu. Um sannyasin não é um seguidor, mas no máximo um companheiro de viagem. Se você está buscando e procurando pela verdade, pelo sentido e significado da vida, isso é o suficiente.”

Osho, Hari Om Tat Sat, Número 17
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“O dia em que você é iniciado no sannyas não é necessariamente o início do sannyas. É apenas a sua indicação de que, ‘eu estou querendo esperar que o sannyas aconteça para mim.’ Iniciação é apenas você dizendo sim para a existência, e abrindo todas as suas portas e janelas para que a brisa fresca e o sol entrem e limpem você e o tornem parte do todo.

Algum dia o sannyas começará. Ele pode começar no momento da iniciação, se a sua intensidade, integridade, se a sua confiança e seu amor forem totais, mas raramente é assim. Sempre é sessenta por cento, quarenta por cento, setenta ou trinta por cento. Existem pessoas que têm noventa e nove por cento de confiança, mas aquele um por cento de dúvida é suficiente para impedir… Anos ou mesmo vidas. A não ser que você esteja cem por cento aberto, a não ser que a palavra não tenha sido abandonada de seu vocabulário, a grande revolução do sannyas não acontecerá para você…

O sannyas precisa de um sim total e então ele pode acontecer neste exato momento. Mas a sua pequena dúvida – ela pode ser muito pequena – é como uma pequena areia em seus olhos, e você não consegue abrir os olhos. Só um pequenino grão de areia pode impedi-lo de ver todo este belo mundo. A dúvida é exatamente como um pequenino grão de areia em seu olho interior. Ele pode impedi-lo de ver o esplendor e a glória da vida, o seu próprio potencial e suas próprias flores que têm esperado por vidas para crescer e desabrochar, mas você não lhes tem dado chance.”

Osho, Om Shantih Shantih Shantih, Número 26
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Osho,
Quais são os pré-requisitos para ser um discípulo?

“Absolutamente, nenhum.

Um coração aberto, um coração amoroso, uma profunda confiança em si mesmo e nada mais é preciso. Você não tem que se entregar a algum mestre, não tem que venerar algum Deus e nem tem que fazer alguma prece para alguma hipotética divindade. Você não tem que ir a templos e igrejas feitos pelo homem para encontrar aquilo que está escondido dentro de você.

Um discípulo é a semente de um mestre. O discípulo também é uma flor de lótus, apenas você está olhando para algum outro lugar e não para dentro de si mesmo.”

Osho, Live Zen, Número 7
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“Eu não quero alguém sendo monge, eu quero que você esteja no mundo. A meditação não precisa ser feita vinte e quatro horas por dia; meditação é apenas um pequeno vislumbre – e depois vá fazer o seu trabalho. Pouco a pouco, esse vislumbre começará a irradiar em suas ações, em seus silêncios, em suas canções, em suas danças.

Não há necessidade alguma de desperdiçar vinte e quatro horas e tornar-se um parasita. E quando você se torna um parasita da sociedade, não pode se rebelar contra ela. Você não pode dizer uma simples coisa contra qualquer superstição.

O meu povo pode ser sannyasin e ao mesmo tempo totalmente rebelde, porque não depende de ninguém. A meditação deles é uma questão pessoal.”

Osho, The Buddha: The Emptiness of the Heart, Número 6
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“Eu ensino a vocês a serem sannyasins – e n’ao meus sannyasins. O sannyas é seu, é a sua investigação da verdade.”

Osho, Christianity: the Deadliest Poison and  Zen, the Antidote to All Poisons, Número 6
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“O sannyas não precisa ser uma coisa externa, apenas o anseio por ele já é o bastante.”

Osho, Christianity: the Deadliest Poison and  Zen, the Antidote to All Poisons, Número 7
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Em sua chegada, Seigen perguntou, “Eles te confiaram algo?” 

Sekito disse: “Eles não me confiaram nada.”

Seigen disse, “Mas deve ter havido uma resposta.”

Sekito disse, “Se eles não confiaram nada, não há nenhuma resposta.”

Seigen ficou em silênco. Sekito se curvou em respeito e se retirou.

“O silêncio de Seigen foi sua aceitação de Sekito, sua coragem. Ele sabia que a carta não tinha sido entregue, porque não houve nenhuma resposta,” mesmo que Sekito não tenha mencionado a carta. Sekito simplesmente disse, ‘Eles não confiaram nada a mim, portanto como pode haver alguma resposta?`

Seigen viu que o homem tem a qualidade e merece ser iluminado. O seu silêncio era o seu machado. Ele estava dizendo, `Quando você vier eu vou cortar sua cabeça com um machado.’

E agora ele o lembrou, ‘Agora eu voltei, por favor dê-me a grande machadada. Corte minha cabeça. Faça o que quer que você queira fazer, eu estou pronto.

Seigen ficou em silêncio. Naquele silêncio profundo está a transferência, a transmissão da lâmpada. Não é uma questão de linguagem, é uma questão de transferência de energia. Só simplesmente naquele silêncio a chama saltou de Seigen a Sekito.

E porque ele recebeu a chama, o fogo, ele imediatamente se curvou em respeito e se retirou. Agora não há mais necessidade de perturbar o mestre. Ele foi aceito, não apenas aceito; o último passo para o qual ele veio foi entregue.

Eno morreu antes de Sekito se iluminar. De fato, no momento que Sekito deixou Eno, antes dele alcançar Seigen, Eno morreu.

Ele sabia absolutamente que a morte estava se aproximando e Seigen era a pessoa certa a qual Sekito deveria ser entregue. Ele estava absolutamente correto no seu julgamento; foi Seigen quem finalmente conduziu Sekito à iluminação.

Mas a iluminação acontece em silêncio. É por isso que todo meu esforço aqui é torná-lo o mais silencioso possível. Então você não precisa nem mesmo de um Seigen. Sentando-se em qualquer lugar – em seu quarto, debaixo de uma árvore, no jardim, na margem de um rio, em qualquer lugar – se o seu silêncio de aprofunda, a existência ela própria te dá a iniciação no caminho dos Budas. E quando quando ele vem diretamente da própria existência, ela tem uma beleza bem maior do que quando ela vem através de um mestre.

“Eu ensino a você o imediato, a iluminação instantânea. A meditação que você está praticando é apenas para preparer você para aquele grande silêncio no qual a existência se tornará inflamada dentro de você.”

Osho, God Is Dead, Now Zen Is the Only Living Truth, Número 2
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“E você vai dizendo grandes coisas: ‘…mas porque eu deveria mudar meu nome?’ Porque não? Isso vai lhe ajudar a se esquecer que você é um alemão; é por isso. A mudança do nome simplesmente significa qie você está abandonando toda a velha personalidade que era indicada pelo nome antigo, que você está recomeçando com um novo nome. Isso é simbólico. você não nasceu com um nome. O nome foi dado pelo seu pai, por sua mãe, pelas pessoas que estiveram com você. Agora você abandonou todos os condicionamentos, porque não abandonar o nome que esses condicionamentos deram a você?

Você pode escolher o novo nome; qualquer coisa vai funcionar. Não é necessário que um nome signifique alguma coisa, é apenas simbólico de forma que você seja reconhecido na multidão e seja chamado. Você mesmo pode inventar o nome, mas mudar você deve! Sua insistência em não mudar é sua idéia interna: ‘Na superfície, brinca o jogo no qual eu abandonei todos os condicionamentos.’ E você não está até mesmo pronto de abandonar um nome falso.

Eu não tenho nenhum interêsse em mudar o seu nome. É apenas por compaixão que eu estou dizendo, ‘Comece uma nova vida com um novo símbolo, de forma que você possa se descontinuar com seu passado.’

E então, `…porque eu deveria mudar meu nome, ser um sannyasin…’ Você entende o significado de sannyasin? Simplesmente significa um buscador da verdade.

Você não quer ser um buscador da verdade?

Então que diabos que você está fazendo aqui?

E além disso,`…porque eu devo mudar meu nome, ser um sannyasin e aceitar um mestre que diz que não há nenhuma necessidade de haver nenhuma autoridade?’

Duas coisas: primeiro, o mestre aceita o discípulo, não o contrário. Portanto você não precisa se preocupar com isso. O discípulo tem que esperar por aquele momento de êxtase quando ele pode ser aceito. Quem te deu essa idéia que está em suas mãos aceitar um mestre ou não?”

“…O buscador da verdade tem que mostrar suas credenciais, sua capacidade para ser paciente, porque a jornada é longa e o caminho muito estreito. Um mestre aceita um discípulo só quando ele pode ver a sinceridade do coração, o risco, o perigo de ir em direção à solitude…quando o mestre está convencido de que a pessoa é capaz de tudo isso, ele é aceito como um discípulo.

Você não deve se preocupar com isso: não é tão fácil ser aceito por um mestre. E se você não quer ser um sannyasin… talvez você tenha pensado que sannyasins são também um tipo de religião; talvez este seja também um novo movimento, envolvendo pessoas. Isso não é não. Se você está buscando pela verdade, se você sabe disso ou não, você é um sannyasin. Se você está pronto para abandonar todos os seus condicionamentos, você é um sannyasin. Se você medita e eleva sua consciência ao seu  potencial mais alto, você é um sannyasin. Não interessa de você sabe o significado da palavra ‘sannyasin’ ou não.

O siginificado antigo da palavra era, aquele que abandona o mundo em busca da verdade. Meu próprio significado é, aquele que vive no mundo mas ainda assim mesmo vai buscando pela verdade. Porque para onde você pode ir? Em todo o lugar é o mundo.

Eu não posso compreender anode essas pessoas estão indo, abandonando o mundo. Aos Himalaias? Lá também é parte do mundo, parte de nossa geografia. Onde essas pessoas vão encontrar um lugar for a do mundo?

Não há nada fora do mundo, e não há maneira de sair dele. A única maneira é ir para dentro de você mesmo, e aí sim você está fora dele. Se o mundo não está dentro de você – nenhum desejo, nenhum anseio, nenhuma vontade pelo poder – se todo esse absurdo desapareceu do seu mundo interior e ele é um pleno puro  vazio, você está fora do mundo. Esse é o único lugar quenão está no mundo.

Mas em relação ao seu corpo ele estará no mundo. Eu sempre fiquei imaginando onde é que essas pessoas estão indo, onde quer que elas vão, elas vão encontrar algum tipo de mundo.”

“…O velho sannyasin, o antigo conceito de sannyasin, está basicamente errado. Eu não lhe ensino a abandonar o mundo, Eu lhe ensino a viver no mundo mas não deixar o mundo viver em você. Seja uma folha de lótus na água – mas a água não pode tocá-la. Essa é a outra possibilidade, se nós quisermos que o mundo todo possa saborear algo de meditação; senão… o sannyas antigo não pode sobreviver. E isso é sem significado, porque você fica dependente das pessoas. Você era independente, você tinha seu próprio tempo. Mas essas pobres pessoas que abandonaram o mundo, todo seu tempo é perdido em pedir por coisas insignificantes, sendo rejeitados, sendo insultados, sendo humilhados, ouvindo, “Vá embora, vá para algum outro lugar.” Essas pessoas vinham em busca de dignidade e o que elas encontraram foi uma tremenda indignidade.”

Osho, Om Mani Padme Hum, Capítulo 29
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Osho,
Bem, o que significará ser um sannyasin no futuro, deste dia em diante?

“Desta data em diante, ser um sannyasin simplesmente significará que ele está iniciado nas técnicas de meditação aqui, e que faz um compromisso consigo mesmo de que seguirá o caminho.

Mas, isso será individual, solitário. Ele será responsável por si mesmo. O sannyas não será uma coletividade, uma congregação.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3, Número 9
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“Sannyas simplesmente significa que eles aceitaram um caminho de meditação e uma vida de alegria e contentamento. É aceitar criar sua vida em felicidade. Assim, o sannyas é uma coisa totalmente diferente. Os sannyasins continuarão. Eu dispensei todos os símbolos externos dos sannyasins. Se eles quiserem mantê-los, isso é com eles. Da minha parte, eu dispensei. Eles não precisam de qualquer mala. Eles não precisam de roupas vermelhas. Tudo o que eu gostaria – o meu conselho para eles – é que se você é um sannyasin, a meditação é a única coisa essencial que você deve carregar.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3 – Número 11
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“Eu tirei dos sannyasins tudo o que fazia deles distintos. Eu lhes disse, ‘Agora, não é necessário usar roupas vermelhas. Todas as cores são nossas. Não há necessidade de usar um mala com minha foto, porque eu não sou seu salvador ou profeta ou mensageiro.’

Eu não tenho Deus algum para oferecer a você. Eu apenas posso lhe oferecer a ciência do conhecer a si mesmo. Assim, você simplesmente tem que entender que sou apenas um amigo, não mais que isso. Eu sou um entre vocês, por isso não há necessidade alguma de adoração e não precisa pensar em si mesmo como parte de uma coletividade. Vocês são todos indivíduos.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3, Número 12
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“Eu tenho me esforçado para abandonar tudo o que é externo, de maneira que só o mais interno permaneça para você explorar.

Se não for assim, a mente humana é muito imatura… Ela começa a se agarrar a todos os símbolos externos. Isso aconteceu com todas as religiões no mundo.

Eu quero que meu povo compreenda isso claramente. Nem as suas roupas, nem as suas disciplinas externas, nem qualquer coisa que lhe tenha sido dado pela tradição e que você tenha aceitado como crença irá ajudar.

A única coisa que pode criar uma revolução em você é ir além da mente, para o mundo da consciência. Exceto isso, nada é religioso.

Mas para começar em um mundo que é muito obcecado pelas coisas externas, eu tive que começar o sannyas também com coisas externas. Mude suas roupas para laranja, use um mala e medite. Mas, a ênfase estava sempre na meditação.

Mas eu descobri que as pessoas podem mudar suas roupas muito facilmente, mas elas não conseguem mudar suas mentes. Elas podem usar o mala, mas elas não conseguem se mover para dentro de suas consciências. E porque eles estavam com roupas laranjas, usando um mala e tendo um novo nome, elas começaram a acreditar que elas haviam se tornado sannyasins.

O sannyas não é tão barato assim. Então, esse é o tempo e vocês estão maduros o bastante. Aquela fase inicial está terminada.

Eu não quero que meu povo esteja perdido em coisas não-essenciais. No começo era necessário. Agora, após anos me ouvindo, me compreendendo, vocês estão numa posição de se livrarem de todas as prisões externas. E pela primeira vez, vocês podem ser verdadeiramente sannyasins, somente se estiverem se movendo para dentro.”

Osho, The Last Testament, Volume 6, Número 12
será publicado muito em breve

 

“O movimento sannyas não é meu. Ele não é de vocês.

Ele estava aqui quando eu não estava. Ele estará aqui quando eu não estiver.

O movimento sannyas significa simplesmente o movimento de buscadores da verdade.

Eles sempre estiveram aqui.

Sempre existiu uma fileira de buscadores da verdade. Eu chamo isso de sannyas. Isso é eterno. Isso é sanatan. Isso nada tem a ver comigo. Milhões de pessoas contribuiram para isso. Eu também contribuí com meu próprio compartilhar.

Ele continuará se tornando cada vez mais rico.

Quando eu tiver partido, haverá mais e mais pessoas chegando, e fazendo com que ele fique mais rico.

Um dia eu partirei. Isto não significa que o movimento sannyas acabará. Ele não pertence a ninguém.

Eu não posso lhe dar a verdade, mas posso lhe mostrar a lua… Por favor, não se apegue ao meu dedo que está lhe mostrando a lua. Este dedo desaparecerá; A lua permanecerá e a busca continuará. Enquanto houver um simples ser humano sobre a terra, as flores do sannyas continuarão desabrochando.

Primeiro, eu sou o único homem em toda a história que lhe deu individualidade. Os chamados gurus estiveram fazendo exatamente o oposto: eles estiveram tirando a sua individualidade. Todo o esforço deles era para que você se entregasse a eles. A sua função era apenas tocar-lhes os pés e receber as suas bênçãos. Meu esforço é totalmente diferente. Você não consegue receber qualquer bênção só por tocar os pés de alguém. Ao contrário, você está tornando aquele homem mais doente e egoísta.

O ego é o câncer da sua alma. Não torne ninguém doente. Tenha compaixão. Nunca toque os pés de ninguém…

Meu esforço é para tirar todas as tradições, ortodoxias, superstições e crenças de sua mente de modo que você possa alcançar um estado de não mente, o estado supremo de silêncio, onde nem mesmo um pensamento se move. Nem mesmo uma ondulação no lago de sua consciência.

E a coisa toda tem que ser feita por você. Eu não estou dizendo, ‘Siga-me simplesmente, eu sou o salvador. Eu salvarei você. ’ Tudo isso é repulsivo. Ninguém pode salvá-lo, a não ser você mesmo. E a independência espiritual é a única independência que merece ser chamada de independência.”

Osho, Last Testament, Vol. 6. Número 14
será publicado muito em breve

 

A Mensagem Final a respeito de Malas para a Academia de Iniciação, em 1989.

Osho enviou uma mensagem para a Academia de Iniciação dizendo que não havia mais necessidade de se usar malas. O sannyas diz respeito a ir para dentro e nada tem a ver com o exterior.

Algumas pessoas ficaram chateadas, e o assunto foi levado ao Osho novamente. A sua resposta, passada de novo à Academia, foi: “Se você tiver que usar o seu mala, então que seja em casa, apenas em meditação”.

Osho a respeito do Neo-Sannyas


Para ler mais visite: www.osho.com/library

Fonte:https://neosannyas.org/pt/osho-a-respeito-do-sannyas/

 

Osho fala sobre o Sannyas

 

Nesta seção estamos apresentando a tradução dos vários trechos de falas do Osho a respeito do Sannyas constantes do site www.neosannyas.org . Este é o novo site destinado às pessoas interessadas em se tornar sannyasins.

 

“Olhar a vida do ponto de vista da auto-ignorância é sansara, o mundo. Olhar a vida do ponto de vista do autoconhecimento é sannyas.
Conseqüentemente, sempre que alguém me diz que tomou sannyas, me parece muito falso. Este ‘tomar’ o sannyas dá a impressão de que é um ato antagônico contra o mundo. Pode o sannyas ser tomado? Pode alguém dizer que ‘tomou’ o saber? E um saber que possa ser tomado, será um verdadeiro saber? Um sannyas que é tomado, não é sannyas.
Você não pode se cobrir com um manto da verdade. A verdade tem que ser despertada dentro de você. O sannyas nasce. Ele chega através da compreensão e com tal compreensão nós vamos sendo transformados. Na medida em que nossa compreensão muda, a nossa visão muda e o nosso comportamento é transformado sem qualquer esforço. O mundo permanece onde ele está, mas o sannyas gradualmente nasce dentro de nós. Sannyas é a consciência de que ‘Eu não sou apenas o corpo, eu também sou a alma.’ Com este saber, a ignorância e os apegos dentro de nós são abandonados. O mundo estava do lado de fora e ele ainda continua lá, mas dentro de nós haverá uma ausência de apegos a ele. Em outras palavras, não haverá nenhum mundo, nenhuma sansara dentro de nós”.

Osho, The Perfect Way, Número 3

 

“A ‘porta de entrada’ para o sannyas estava lá, mas a ‘porta de saída’ estava faltando. Podia-se entrar, mas não se podia sair. Mesmo um céu, onde não haja porta de saída, pode se tornar um inferno – ele se torna uma prisão, um cárcere. Você pode dizer, ‘De maneira alguma, se algum sannyasin realmente quisesse deixar (o sannyas), o que os outros poderiam fazer? Ele poderia deixar.’ Mas você o condenaria, o insultaria – haveria uma condenação por trás disso.
É por isso que criamos um estratagema pelo qual sempre que alguém toma sannyas, nós fazemos uma grande publicidade e pompa para expor a todos ao redor; sempre que alguém toma sannyas, nós tocamos muitas músicas cerimoniais. Sempre que alguém toma sannyas, nos o cobrimos com coroas de flores e guirlandas, o enaltecemos, condecoramos e lhe demonstramos grande respeito. Nós o satisfazemos com uma demonstração exuberante, como se estivesse acontecendo um grande evento. Mas existe um outro lado nessa demonstração. Este sannyasin não sabe que se ele pedir para se retirar amanhã, então, da mesma forma como ele está sendo coberto com guirlandas hoje, pedras e sapatos lhe serão atirados. E isso será feito por ninguém mais que essas mesmas pessoas.
Na verdade, ao cobrir-lhe com guirlandas, essas pessoas estão lhe avisando para nunca se retirar. Caso contrário, da mesma maneira como você está sendo enaltecido, os insultos estarão lhe esperando. Esta é uma situação muito perigosa. Por causa disto, muitas pessoas que poderiam ter saboreado a alegria do sannyas, permaneceram tolhidas dele. Quem sabe? Elas nunca poderiam decidir aquilo por toda a vida... Decidir um compromisso por toda a vida é uma coisa muito grande, é uma questão muito difícil. Além disso, nós não temos direito de decidir. 
Assim, a minha visão é que o sannyas é sempre periódico. Você pode se retirar dele a qualquer momento. Quem pode obstruir o seu caminho? Você tomou sannyas e agora o está deixando. Exceto você, não há outro juiz nesse caso. Apenas você é o fator decisivo nisto e esta é a sua própria decisão. Isto não interessa a mais ninguém e não é requerida a aprovação de mais ninguém. O sannyas é individual, é a decisão da própria pessoa. Toma-se ele hoje e abandona-se ele amanhã. Não é para se esperar que alguém seja elogiado quando toma sannyas, nem que seja condenado quando o abandona. Isto não é assunto seu.
Ao mesmo tempo, lembre-se, até agora o sannyas tem sido sempre relacionado com algum mestre: algum mestre dá a iniciação. O sannyas não é algo que alguma outra pessoa possa dar a você. O sannyas é algo que se toma, mas ninguém pode dá-lo. Ou, melhor dizendo, exceto a própria existência, quem mais pode dar sannyas? Se alguém vem até a mim e diz, ‘Por favor, me dê a iniciação,’ eu lhe digo, ‘Como posso eu lhe dar a iniação? Eu posso apenas ser uma testemunha. A iniciação você a toma do divino; a iniciação você a toma da própria existência; eu, no máximo, posso ser uma testemunha disso, de que estava presente quando esse fenômeno aconteceu. Nada existe além disto. Um sannyas apegado a um mestre tende a se tornar sectário. Um sannyas apegado a um mestre nunca pode trazer liberdade, ele irá trazer apenas prisão...
Eu não serei o mestre deles, mas apenas uma testemunha da iniciação deles no sannyas. Na verdade, o sannyas será uma questão de um relacionamento direto entre eles e a existência. Não haverá qualquer ritual para iniciação no sannyas, de modo que a pessoa não tenha qualquer dificuldade em deixá-lo quando ela quiser...
Quando eu disse ‘meus sannyasins’ não foi uma distração. O meu falar é diferente, eu dificilmente me distraio. Na primeira vez que um amigo disse, ‘seus sannyasins’, eu neguei e disse, ‘não diga meus.’ Mas minha intensão era diferente. A intenção era perguntar, ‘como um sannyasin pode ser meu? Mas quando eu voltei a dizer isso novamente, não era uma distração. Eu disse ‘meus sannyasins’. O sannyasin não pode ser meu, mas certamente eu posso pertencer aos sannyasins”.

 

Osho,
Ao seu redor, não irá mais uma vez desenvolver-se uma seita?

“Não, uma seita não irá se desenvolver. Ela não irá se desenvolver porque para isso existem alguns poucos pré-requisitos essenciais.
Um, é preciso um mestre, são necessárias as escrituras e as doutrinas, e também alguns adjetivos. E não apenas isto, é também necessário ter a insistência de que qualquer outra coisa que exista além disto, diferente disto, fora disto, está totalmente errado e somente isto está absolutamente certo.
Não, eu estou dizendo que chamo sannyasin a alguém que é sem qualquer adjetivo. E é difícil formar uma seita sem adjetivos. Uma seita não pode ser formada sem adjetivos. Eu estou chamando sannyasin a alguém que não pertence a religião alguma. Como você pode formar uma seita sem uma religião? Eu estou chamando sannyasin a alguém que não tem qualquer escritura religiosa, que não tem qualquer mestre religioso, que não tem templo, nem mosteiro, nem igreja, nem gurudwara (templo sikhi). Assim é difícil se formar uma seita. 
Nós devemos nos esforçar para que nenhuma seita se forme, porque as seitas têm causado mais dano à religiosidade do que qualquer outra coisa. A irreligiosidade não tem feito tanto mal à religiosidade quanto as seitas.

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Número 22

“Sannyas significa coragem, mais do que qualquer outra coisa, porque ele é uma declaração de sua individualidade, de sua liberdade, de que você não será mais parte da loucura coletiva, da psicologia coletiva. Ele é uma declaração de que você está se tornando universal; você não pertence mais a país algum, a igreja alguma, a raça alguma, a religião alguma.

Osho, Finger Pointing to the Moon, Número 7  

“Isto é o que significa quando eu digo: ‘Seja um sannyasin. Simplesmente seja.’
Seu robe ocre, seu mala – essas são as regras. Isto é um jogo. Isto não é o que eu quero dizer quando digo sannyas verdadeiro.
Mas, você está tão acostumado a jogos que, antes que eu o leve a uma vida sem regras, no período transitório, você precisará de regras. Movendo-se deste mundo de regras e de jogos para um mundo sem regras e sem jogos, uma ponte tem que ser atravessada.
Suas roupas laranja e seu mala são apenas para este período transitório. Você não consegue abandonar as regras imediatamente, assim eu lhe dei novas regras. Mas esteja totalmente alerta de que seus robes não são o seu sannyas, o seu mala não é o seu sannyas, o seu novo nome não é o seu sannyas.
O sannyas estará ali quando não existir mais nome, quando você se tornar sem nome. Então não haverá regra alguma. Então, você será tão comum, você não será reconhecido”.

Osho, A Bird on the Wing, Número 9

“Você não pertence a lugar algum – esta é a realidade. Todo anseio por pertencer é enganoso. A própria idéia de pertencer cria organizações; a própria idéia de pertencer cria a igreja – porque você não consegue estar só, você quer embrenhar-se em algum lugar numa multidão. Um sannyasin é alguém que aceitou a sua solidão. Ela é fundamental, não pode ser afogada. Ao se tornar um sannyasin, você não está se tornando parte de uma certa organização – isto não é uma organização, de jeito algum. Por se tornar um sannyasin, você está se tornando corajoso suficiente para aceitar um certo fato: que o homem existe em solidão. E isto é tão fundamental que não existe jeito de escapar disto. Isto é tão fundamental quanto a morte. Na verdade, a morte nada mais é do que lhe trazer a notícia de que você esteve só e que agora está só”.

Osho, The Divine Melody, Número 10

 

Osho,

Uma querida amiga minha do Ocidente enviou-lhe uma carta pedindo um nome sannyas e depois veio aqui, antes de receber uma resposta, e tomou sannyas. O nome que lhe foi dado através da carta foi um tipo de nome totalmente diferente do que você deu a ela aqui. Eu fiquei muito perturbada quando ouvi isto, pois eu sempre pensei no meu nome como sendo o meu caminho. Eu usava-o para me dar uma direção quando eu estava confusa. Qual é realmente o significado do nome que você nos dá?

“Veera, toda vaca sagrada defeca. Não se deixe enganar pelos nomes. Você sempre está querendo agarrar-se a alguma coisa, para fazer algo grandioso a partir do nada. Os nomes que dou a vocês são apenas como doces tolices de namorados. Não faça muito estardalhaço com eles.
Na verdade, uma vez que eu lhe dei um nome, nunca venha depois me perguntar novamente sobre o seu significado porque eu me esqueço. Foi naquele momento que eu criei um significado para ele. Então, como eu posso me lembrar? Eu já devo ter dado trinta mil nomes ou mais.
Um nome é apenas um nome. Você é sem nome. Nome algum restringe você, nenhum nome pode restringir você. Eles são apenas rótulos para serem usados – utilitários, nada de espiritual neles. Mas porque eu dou muita atenção ao seu nome e lhe explico, você fica enganchado nele. Esta é apenas a minha maneira de demonstrar minha atenção para com você, nada mais; apenas a minha maneira de demonstrar meu amor por você, nada mais”.

Osho, The Diamond Sutra, Número 10

 

“Eu gostaria que meus sannyasins vivessem a vida em sua totalidade, mas com uma condição absoluta, uma condição categórica: e essa condição é consciência e meditação. Primeiro vá fundo na meditação, de modo que você possa limpar a sua inconsciência de todas as sementes venenosas, de modo que nada exista para ser corrompido e nada exista dentro de você cujo poder possa trazê-lo para fora. E a partir de então faça tudo o que tiver vontade de fazer”.

Osho, The Dhammapada: The Way of the Buddha, Vol. 6. Número 40

 

“O professor, parecerá muito compassivo, porque ele lhe dará toda orientação e assumirá toda a responsabilidade. Ele estará mostrando a você o caminho; estará conduzindo-o no caminho, e você terá apenas que seguir.
O mestre não está interessado em que você o siga. Não, exatamente o contrário; você não deve segui-lo, caso contrário irá deixar de se tornar você mesmo. Então o que ele faz? Na verdade, todo o seu funcionamento é negativo. Ele destrói todas as suas muletas e seus apoios. Ele o torna vulnerável a todo tipo de medos, ansiedades, desafios. Isto é tudo negativo. No que diz respeito à positividade, ele nada faz. Ele é apenas um espelho.
Ele permite que você se aproxime e veja a sua face em seu espelho. Ele não quer que você o imite e se torne o seu rosto. Ele quer que você olhe para ele. Ele não tem idéia alguma. Isto significa que toda poeira do espelho já foi retirada. O seu espelho está limpo. Você pode se aproximar e olhar, e irá encontrar a sua face. O espelho simplesmente reflete, ele não é um fazer, ele não é um ato. 
Certamente o meu relacionamento com você é único. Em primeiro lugar ele não é um relacionamento, pois que tipo de relacionamento você pode ter com um espelho? Você pode olhar a sua face e ficar agradecido, dizer obrigado – mas isto não é um relacionamento. Que tipo de relacionamento o espelho pode ter com você? Não existe possibilidade. O espelho está simplesmente ali. Ele não se relaciona de maneira alguma possível, ele simplesmente existe.
Por isso o relacionamento é único, pois se você for a outras religiões, o mestre – o qual, em primeiro lugar, não é um mestre, mas é assim chamado – o assim chamado mestre, terá mil e uma exigências a serem satisfeitas porque ele irá fazer um grande trabalho para você. Eu não estou fazendo coisa alguma para você, por isso nada exijo de você. O ‘mestre’ terá condições a serem preenchidas. Se você falhar no preenchimento das condições, então a condenação, se você preencher as condições, então o elogio, a recompensa. 
Eu não posso condená-lo e não posso recompensá-lo – porque eu não tenho quaisquer condições que tenham que ser preenchidas por você. Ser meu discípulo é uma decisão sua. Isto nada tem a ver comigo. Aceitar-me como seu mestre é sua decisão, nada tem a ver comigo. Eu não estou procurando por convertidos; eu não sou um missionário cristão. Eu não estou me esforçando para que as pessoas se convertam à minha maneira de pensar, à minha maneira de viver. Não, de jeito algum. Se fosse o contrário, nestes trinta e cinco anos eu teria convertido milhões de pessoas sem qualquer problema. Elas estavam prontas para serem convertidas; eu não estava pronto para converter.
Esta é a sua decisão. Lembre-se sempre, o que quer que aconteça aqui é sua decisão.
Se você é um sannyasin, esta é a sua decisão.
Se você abandonar o sannyas, esta é a sua decisão.
Se você tomá-lo de novo, esta é a sua decisão.
Eu deixo tudo por sua conta.
Assim, este é um relacionamento sem igual; ele tem absolutamente apenas um lado; do meu lado não há qualquer relacionamento. Isto tem que ficar inteiramente claro: de meu lado não há qualquer relacionamento”.

Osho, From Unconsciousness to Consciousness, Número 18

 

“Assim, isto foi uma necessidade absoluta, não havia outra maneira para enlaçar o meu povo. Todo mundo já está dividido. Este não é um mundo aberto: alguém é cristão, alguém é hindu, alguém é muçulmano. É muito difícil encontrar uma pessoa que é ninguém. Eu tive que encontrar o meu povo nesses rebanhos fechados, mas para entrar em seus rebanhos eu tive que falar a linguagem deles. Aos poucos eu abandonei a linguagem deles. Proporcionalmente, minha mensagem foi se tornando mais clara e fui abandonando aos poucos a linguagem deles.
E depois do meu sannyas, eu dei esse período de três anos, um intervalo em que qualquer um que quisesse me deixar, poderia deixar – porque eu não quero interferir na vida de ninguém. Se eu puder melhorar, ótimo. Se eu não puder melhorar você e o seu ser, então é melhor que se afaste de mim”.

Osho, From Personality to Individuality, Número 14

 

“Eu não interrompi o movimento sannyas, eu impedi que ele se tornasse uma religião. Um movimento é um fluxo, este é o significado de movimento – ele está movendo, está crescendo. Mas uma religião é morta – ela parou de se mover, parou de crescer. Ela está morta. O único lugar para ela é o crematório...
Todo sacerdote ou sacerdotisa quer uma religião morta, porque ela é previsível. Tudo é apenas um catecismo. Não há opinião, nem evolução ou crescimento. Simplesmente veja o cristianismo: dois mil anos se passaram – eles avançaram pelo menos uma polegada além de Jesus Cristo? Vinte e cinco séculos se passaram desde Buda – os budistas deram um simples passo à frente? Isto é destruir o crescimento e a evolução.
Agora eu quero que meu povo permaneça aberto, vivo, crescendo, sempre com frescor e renovado. Isto mantém um novo tipo de fenômeno e religiosidade: nenhum rótulo preso a ele, porque todo rótulo é cheio de pontos de parada. E eu não gosto de pontos de parada nem mesmo de meio ponto. A vida está sempre em curso.
Eu retirei o mala. Ele tem significância na Índia, porque lá as roupas vermelhas e o mala têm sido usados por milhares de anos por todas as religiões como símbolo de um sannyasin. Eu queria destruir essa idéia tradicional de sannyas, porque os sannyasins têm que ser celibatários, não podem tocar uma mulher, nem falar com ela. O sannyasin não pode nem se hospedar numa casa de família, tem que ficar num templo. Ele tem que comer somente uma vez por dia, tem que jejuar continuamente, repetidas vezes. Ele tem que se torturar. Isto é uma doença.
Eu queria destruir esta imagem. Foi por isto que escolhi a cor vermelha. E eu tive quase trezentos mil sannyasins na Índia. Os meus sannyasins criaram tremendo problema entre os sannyasins tradicionais, pois não havia como saber quem era quem. Meus sannyasins andavam pela rua e as pessoas tocavam seus pés, não sabendo que eles não eram celibatários; que tinham suas namoradas. Eles comiam duas vezes por dia e comiam tudo que fosse o melhor – não importava se eram italianos, chineses ou japoneses. Essas pessoas pertencem ao século vinte e um, e os antigos sannyasins ficaram com muita raiva porque eu destruí a imagem deles. Com a nossa vinda para o Ocidente, agora, as roupas vermelhas e o mala não são mais necessários, porque aqui eles nunca foram símbolo de religião. Eles cumpriram sua função na Índia. Eles mostraram que um sannyasin pode estar com uma esposa, com filhos, que ele não precisa ser um parasita da sociedade, que pode trabalhar, criar, ganhar seu dinheiro e não precisa ser reverenciado. 
E mais especificamente, você está agora mais liberado de todos os símbolos externos. Tudo o que ficou é o centro essencial da religiosidade, da jornada interior, que somente você pode fazer. Eu não posso fazer isto por você, ninguém pode fazer isto por você.
Assim, agora ficou apenas a qualidade essencial, a qualidade mais fundamental da religiosidade: que é a meditação...
Agora você não tem mais qualquer símbolo externo, e isso é bom, pois se quiser ser um sannyasin, somente uma coisa você terá que se lembrar: como entrar na disciplina do testemunhar. Se não for assim, existe a possibilidade de que usando roupas vermelhas e o mala, você fique completamente satisfeito de que é um sannyasin. Você não é. Roupas não fazem ninguém mudar, nem o mala leva ninguém a passar por uma transformação. Mas você pode enganar a si mesmo.
Agora eu estou tirando tudo isto de você, e deixando apenas uma coisa simples. Você não conseguirá enganar: ou você faz ou não faz. Sem fazer, você não é sannyasin. Assim o movimento chegou ao seu mais puro estado, ao estágio mais essencial, ele não foi abandonado”.

Osho, From Bondage to Freedom, Número 17

 

“A questão não é ser meu sannyasin, a questão é ser um sannyasin.
“Para ser meu sannyasin certamente é preciso um certo comprometimento, uma certa entrega. E eu não quero que você se entregue a mim, ou que esteja comprometido comigo. Eu quero que você se entregue à natureza e se comprometa com a existência. Você não precisa ser meu sannyasin, você simplesmente tem que ser um sannyasin – e esta é a única maneira de ser meu sannyasin”.

Osho, Beyond Psychology, Número 15

 

“Agora, o sannyas será um movimento totalmente diferente: ele será para buscadores mais autênticos.
Ele não será para quem só quer mudar a sociedade porque está aborrecido com ela. Ele quer uma sociedade alternativa e por isso se junta a uma comuna sannyas como sendo uma sociedade alternativa – mas ele não tem nenhum desejo e nenhum anseio pela verdade. 
Só porque nesta sociedade as pessoas estão usando roupas vermelhas – e ele não quer parecer desagradável, esquisito, estranho – ele começa a usar roupas vermelhas e se torna um sannyasin. Mas a realidade é que ele está apenas escapando do mundão, onde ele estava completamente entediado e não tinha outro lugar para ir. A comuna tornou-se um abrigo para todo tipo de gente. 
Agora, o sannyas será uma escola - uma escola de mistérios. Somente aqueles que querem crescer e se transformar estarão se juntando a ela. E existem milhões de pessoas que querem uma consciência maior em seu ser, que sentem que estão sonolentos e inconscientes.
Assim, não se preocupe se alguns sannyasins mais antigos desaparecerem; outros novos, com sangue fresco estarão chegando”.

Osho, The Path of the Mystic, Número 37

 

Osho,
Você parou de iniciar pessoas no sannyas e criar discípulos? Eu estou privado de me tornar seu discípulo?

“Um discípulo não é feito, a pessoa tem que se tornar um. Quando você ama alguém, primeiro lhe pede? Primeiro você pede permissão à pessoa? O amor simplesmente acontece. Ele nem obedece nem pede qualquer permissão, ele não acredita em nenhum modo ou método.
O que é discipulado?
É o mais elevado e o mais profundo nome do amor. Se você quer amar-me, como eu posso impedi-lo? Se os seus olhos se enchem de lágrimas de amor por mim, como eu posso impedi-lo? E se você mergulha naquilo que eu chamo meditação, como eu posso impedi-lo? Qualquer um que queira se tornar um discípulo, ninguém pode impedi-lo. E é por isto que abandonei todas as formalidades que havia para alguém se tornar discípulo, porque agora eu quero apenas aqueles que estão vindo em minha direção por livre e espontânea vontade – não através de outra rota. Agora, toda a responsabilidade é sua.
Por exemplo, nós ensinamos os alunos do primeiro grau (na Índia): a é para appleg é para Ganesh. Na verdade, antigamente o g era usado para Ganesh e agora é usado para gadha, o jumento. Este é um estado secular. Aqui não é apropriado que a palavra Ganesh apareça num livro escolar. Mas nem Ganesh tem a ver com g nem Gadha. Isto é apenas uma maneira de ensinar a uma pequena criança. A criança acha o Ganesh ou o jumento mais interessante. Ela não vai ter nenhum interesse pela letra g. Pouco a pouco gadha será esquecido, Ganesh será esquecido e somente o g permanecerá, somente o g será usado.
Se você continuar tendo que ler a para apple e g para Ganesh, com o tempo você entrará na universidade e não haverá como estudar. Mesmo para ler uma frase completa será impossível. E depois de lê-la ficará difícil entender qual é o seu significado, pois quem vai saber quantos jumentos, Ganesh e mangas haverá numa frase?
Existem desenhos nos livros escolares das crianças: desenhos coloridos, grandes desenhos e umas poucas letras. E na medida em que a criança passa para uma série mais adiantada, os desenhos vão se tornando menores e as letras ocupam mais e mais espaços. Aos poucos, os desenhos vão desaparecendo completamente e somente as letras permanecem. Na universidade não existem desenhos, apenas as letras, o akshar.
A nossa palavra akshar é também muito querida. Ela significa aquilo que nunca pode ser destruído. Assim, Ganesha pode ser destruído, gadhas pode ser destruído, mas o akshar sempre permanecerá. Ele nunca cessa.
Assim, quando comecei, eu tive que iniciar as pessoas ao sannyas e tive que fazer discípulos. Mas, por quanto tempo alguém consegue brincar com a piada dos gadhas e Ganeshas; maçãs e abacaxis? Agora, o sannyas amadureceu. Agora, as formalidades não têm mais um lugar importante.
Agora, se você está nesse amor, torne-se um discípulo. Isto não é algo nem mesmo para se falar a respeito. Agora, nem mesmo precisa deixar que os outros saibam: se este é o seu sentimento, seja um sannyasin. Agora, toda a responsabilidade é sua. Este é o indício de ser maduro. Por quanto tempo eu poderei caminhar ao seu lado, segurando suas mãos? Antes que minhas mãos sejam removidas, eu mesmo tenho que largar as suas mãos, de modo que você possa estar erguido sobre seus próprios pés – confiando em suas próprias mãos, em sua própria responsabilidade – e andar.
Não, não há necessidade alguma de você parar de se tornar um discípulo. Nem alguém pode impedi-lo de se tornar um sannyasin. Mas agora isto é sua decisão pessoal, de acordo com a sede e o chamado de sua própria interioridade. 
Eu estou com você, minhas bênçãos estão com você, mas agora eu não lhe explicarei sobre o tornar-se um sannyasin nem lhe pedirei para meditar. Agora, eu apenas explicarei isso: o que é meditação. Se apenas isto puder desencadear uma sede em você, então medite. Agora, eu não direi a você para amar. Eu apenas descreverei o amor e tudo mais para você. Se nenhuma canção crescer em seu coração – mesmo ouvindo a descrição única e misteriosa do amor – então nada virá de você, nem mesmo para cumprir um mandamento. E se uma canção crescer, então isto não é uma questão de dar e receber: então você pode ser um discípulo, pode meditar, pode se tornar um sannyasin, então você pode alcançar a iluminação, pode alcançar o tesouro supremo desta vida, aquilo que nós chamamos moksha, a liberação suprema. 
Mas, agora você tem que fazer tudo isto. Já se foram os dias em que alguém lhe dava um empurrão por trás. Agora, você está completamente livre. O seu próprio desejo, a sua própria alegria, o seu próprio êxtase estão decidindo os fatores”.

Osho, The Diamond Sword, Número 8

Osho,
Depois de anos estando junto a você, eu estou familiarizado com a relação mestre-discípulo. Por favor, você poderia comentar sobre a relação discípulo-discípulo?

“Não existe tal coisa.
No passado, discípulos criaram organizações. Esse era o relacionamento deles: que 'nós somos cristãos', que 'nós somos muçulmanos', que 'nós pertencemos a uma religião, a uma fé, e porque nós pertencemos a uma fé, nós somos irmãos e irmãs. Nós viveremos pela fé e morreremos pela fé’
Todas as organizações tiveram origem no relacionamento entre discípulos.
Na verdade, dois discípulos não estão conectados um ao outro, de jeito algum.
Cada discípulo está conectado com o mestre em sua capacidade individual.
Um mestre pode estar conectado com milhões de discípulos, mas a conexão é pessoal, não organizacional.
Discípulos não têm qualquer relacionamento. Sim, eles tem uma certa 'amistosidade', uma certa amorosidade.
Eu estou evitando a palavra relacionamento porque ela é comprometedora.
Eu não estou chamando isso nem mesmo de amizade, mas de 'amistosidade', porque eles são todos companheiros de viagem seguindo no mesmo caminho, com amor ao mesmo mestre, mas eles se relacionam através do mestre.
Eles não se relacionam um com o outro diretamente.
Essa foi a coisa mais infeliz no passado: discípulos organizaram-se, relacionando-se, e todos eles eram ignorantes. E pessoas ignorantes só conseguem criar mais chatice no mundo do qualquer outra coisa. Todas as religiões têm feito exatamente isso.
Meu povo está relacionado comigo individualmente. E por eles estarem no mesmo caminho, certamente eles se tornam conhecidos entre si. Uma 'amistosidade' surge, uma atmosfera amorosa, mas eu não quero chamar isto de qualquer tipo de relacionamento.
Nós já temos sofrido demais devido ao relacionamento direto de discípulos entre si, criando religiões, seitas, cultos, e depois brigando. Eles não conseguem fazer nada mais.
Pelo menos comigo, lembre-se disso, você não está se relacionando com nenhum outro, de jeito algum.
Apenas uma 'amistosidade' líquida, não uma amizade sólida, é suficiente e muito mais bela, sem qualquer possibilidade de causar danos à humanidade no futuro”.

Osho, Beyond Enlightenment, Número 2

Certamente a iniciação significa que você deu um passo dentro de uma vida perigosa. Você me aceitou como seu amigo na escuridão e me deu suas mãos com grande confiança. Mas eu nunca aceitei um cheque assinado em branco e nunca usei ou mesmo interferi na vida de quem quer que seja. Isto é apenas da sua parte – eu estou totalmente fora disso. A iniciação é sua e é sua a iniciativa de oferecer a sua vida para ser transformada. Toda a ação e responsabilidade é sua”.

Osho, The New Dawn, Número 30

“Não importa que você tenha se tornado um sannyasin; isto não vai mudar coisa alguma, a não ser que o seu sannyas desencadeie um estado meditativo em você. 
Sem meditação não há sannyas.
Isto é apenas a sua consciência crescendo e se elevando – pouco a pouco se movendo além da gravitação das coisas mais baixas – e isto fará de você um sannyasin”.

Osho, The Great Pilgramage, Número 11

 

“Um sannyasin não precisa sê-lo oficialmente. Qualquer buscador, alguém em busca da verdade é um sannyasin. E um sannyasin não precisa ser meu. Um sannyasin não é um seguidor, mas no máximo um companheiro de viagem. Se você está buscando e procurando pela verdade, pelo sentido e significado da vida, isto é o suficiente”.

Osho, Hari Om Tat Sat, Número 17

 

“O dia em que você é iniciado no sannyas não é necessariamente o início do sannyas. É apenas a sua indicação de que, ‘eu estou querendo esperar que o sannyas aconteça para mim.’ Iniciação é apenas você dizendo sim para a existência, e abrindo todas as suas portas e janelas para que a brisa fresca e o sol entrem e limpem você e o tornem parte do todo.
Algum dia o sannyas começará. Ele pode começar no momento da iniciação, se a sua intensidade, integridade, se a sua confiança e seu amor forem totais, mas raramente é assim. Sempre é sessenta por cento, quarenta por cento, setenta ou trinta por cento. Existem pessoas que têm noventa e nove por cento de confiança, mas aquele um por cento de dúvida é suficiente para impedir... Anos ou mesmo vidas. A não ser que você esteja cem por cento aberto, a não ser que a palavra não tenha sido abandonada de seu vocabulário, a grande revolução do sannyas não acontecerá para você...
O sannyas precisa de um sim total e então ele pode acontecer neste exato momento. Mas a sua pequena dúvida – ela pode ser muito pequena – é como uma pequena areia em seus olhos, e você não consegue abrir os olhos. Só um pequenino grão de areia pode impedi-lo de ver todo este belo mundo. A dúvida é exatamente como um pequenino grão de areia em seu olho interior. Ele pode impedi-lo de ver o esplendor e a glória da vida, o seu próprio potencial e suas próprias flores que têm esperado por vidas para crescer e desabrochar, mas você não lhes tem dado chance”.

Osho, Om Shantih Shantih Shantih, Número 26

 

Osho,
Quais são os pré-requisitos para ser um discípulo?

Nenhum, absolutamente.
Um coração aberto, um coração amoroso, uma profunda confiança em si mesmo e nada mais é preciso. Você não tem que se entregar a algum mestre, não tem que venerar algum Deus e nem tem que fazer alguma prece para alguma hipotética divindade. Você não tem que ir a templos e igrejas feitos pelo homem para encontrar aquilo que está escondido dentro de você. 
Um discípulo é a semente de um mestre. O discípulo também é uma flor de lótus, apenas você está olhando para algum outro lugar e não para dentro de si mesmo”.

Osho, Live Zen, Número 7

 

“Eu não quero alguém sendo monge, eu quero que você esteja no mundo. A meditação não precisa ser feita vinte e quatro horas por dia; meditação é apenas um pequeno vislumbre – e depois vá fazer o seu trabalho. Pouco a pouco, esse vislumbre começará a irradiar em suas ações, em seus silêncios, em suas canções, em suas danças. 
Não há necessidade alguma de desperdiçar vinte e quatro horas e tornar-se um parasita. E quando você se torna um parasita da sociedade, não pode se rebelar contra ela. Você não pode dizer uma simples coisa contra qualquer superstição.
O meu povo pode ser sannyasin e ao mesmo tempo totalmente rebelde, porque não depende de ninguém. A meditação deles é uma questão pessoal”.

Osho, The Buddha: The Emptiness of the Heart, Número 6

 

“O sannyas não precisa ser uma coisa externa, apenas o anseio por ele já é o bastante”.

Osho, Christianity: The Deadliest Poison, Número 7

 

Osho,
Bem, o que significará ser um sannyasin no futuro, deste dia em diante?

“Desta data em diante, ser um sannyasin simplesmente significará que ele está iniciado nas técnicas de meditação aqui, e que faz um compromisso consigo mesmo de que seguirá o caminho.
Mas, isto será individual, só. Ele será responsável por si mesmo. (O sannyas) não será uma coletividade, uma congregação”.

Osho, The Last Testament, Vol. 3, Número 8

 

“Sannyas simplesmente significa que eles aceitaram um caminho de meditação e uma vida de alegria e contentamento. É aceitar criar sua vida em felicidade. Assim, o sannyas é uma coisa totalmente diferente. Os sannyasins continuarão. Eu dispensei todos os símbolos externos dos sannyasins. Se eles quiserem mantê-los, isso é com eles. Da minha parte, eu dispensei. Eles não precisam de qualquer mala. Eles não precisam de roupas vermelhas. Tudo o que eu gostaria - o meu conselho para eles - é que se você é um sannyasin, a meditação é a única coisa essencial que você deve carregar”.

Osho, The Last Testament, Vol. 3 – Número 11

 

“Eu tirei dos sannyasins tudo o que fazia deles distintos. Eu lhes disse, ‘Agora, não é necessário usar roupas vermelhas. Todas as cores são nossas. Não há necessidade de usar um mala com minha foto, porque eu não sou seu salvador ou profeta ou mensageiro.’
Eu não tenho Deus algum para oferecer a você. Eu apenas posso lhe oferecer a ciência do conhecer a si mesmo. Assim, você simplesmente tem que entender que sou apenas um amigo, não mais que isto. Eu sou um entre vocês, por isto não há necessidade alguma de adoração e não precisa pensar em si mesmo como parte de uma coletividade. Vocês são todos indivíduos”.

Osho, The Last Testament, Vol. 3, Número 12

 

“Eu tenho me esforçado para abandonar tudo o que é externo, de maneira que só o mais interno permaneça para você explorar.
Se não for assim, a mente humana é muito imatura... Ela começa a se agarrar a todos os símbolos externos. Isto aconteceu com todas as religiões no mundo. 
Eu quero que meu povo compreenda isto claramente. Nem as suas roupas, nem as suas disciplinas externas, nem qualquer coisa que lhe tenha sido dado pela tradição e que você tenha aceitado como crença irá ajudar. 
A única coisa que pode criar uma revolução em você é ir além da mente, no mundo da consciência. Exceto isto, nada é religioso.
Mas para começar em um mundo que é muito obcecado pelas coisas externas, eu tive que começar o sannyas também com coisas externas. Mude suas roupas para laranja, use um mala e medite. Mas, a ênfase estava sempre na meditação. 
Mas eu descobri que as pessoas podem mudar suas roupas muito facilmente, mas elas não conseguem mudar suas mentes. Elas podem usar o mala, mas elas não conseguem se mover para dentro de suas consciências. E porque eles estavam com roupas laranjas, usando um mala e tendo um novo nome, elas começaram a acreditar que elas haviam se tornado sannyasins.
O sannyas não é tão barato assim. Então, este é o tempo e vocês estão maduros o bastante. Aquela fase inicial está terminada.
Eu não quero que meu povo esteja perdido em coisas não-essenciais. No começo era necessário. Agora, após anos ouvindo-me, compreendendo-me, vocês estão numa posição de se livrarem de todas as prisões externas. E pela primeira vez, vocês podem ser verdadeiramente sannyasins, somente se estiverem se movendo para dentro”.

Osho, The Last Testament, Volume 6, Número 12

 

“O movimento sannyas não é meu. Ele não é de vocês.
Ele estava aqui quando eu não estava. Ele estará aqui quando eu não estiver.
O movimento sannyas simplesmente significa o movimento de buscadores da verdade.
Eles sempre estiveram aqui.
Sempre existiu uma fileira de buscadores da verdade. Eu chamo isso sannyas. Isso é eterno. Isso é sanatan. Isso nada tem a ver comigo. Milhões de pessoas contribuiram para isso. Eu também contribuí com meu próprio compartilhar.
Ele continuará se tornando cada vez mais rico. 
Quando eu tiver partido, haverá mais e mais pessoas chegando, e fazendo com que ele fique mais rico.
Um dia eu partirei. Isto não significa que o movimento sannyas acabará. Ele não pertence a ninguém.
Eu não posso lhe dar a verdade, mas posso lhe mostrar a lua... Por favor, não se apegue ao meu dedo que está lhe mostrando a lua. Este dedo desaparecerá; A lua permanecerá e a busca continuará. Enquanto houver um simples ser humano sobre a terra, as flores do sannyas continuarão desabrochando. 
Primeiro, eu sou o único homem em toda a história que lhe deu individualidade. Os chamados gurus estiveram fazendo exatamente o oposto: eles estiveram tirando a sua individualidade. Todo o esforço deles era para que você se entregasse a eles. A sua função era apenas tocar-lhes os pés e receber as suas bênçãos. Meu esforço é totalmente diferente. Você não consegue receber qualquer bênção só por tocar os pés de alguém. Ao contrário, você está tornando aquele homem mais doente e egoísta. 
O ego é o câncer da sua alma. Não torne ninguém doente. Tenha compaixão. Nunca toque os pés de ninguém...
Meu esforço é para tirar todas as tradições, ortodoxias, superstições e crenças de sua mente de modo que você possa alcançar um estado de não mente, o estado supremo de silêncio, onde nem mesmo um pensamento se move. Nem mesmo uma ondulação no lago de sua consciência.
E a coisa toda tem que ser feita por você. Eu não estou dizendo, ‘Simplesmente siga-me, eu sou o salvador. Eu salvarei você.’ Tudo isso é repulsivo. Ninguém pode salvá-lo, a não ser você mesmo. E a independência espiritual é a única independência que merece ser chamada de independência”.

Osho, Last Testament, Vol. 6. Número 14

 

A Mensagem Final a respeito de Malas para a Academia de Iniciação, em 1989.

Osho enviou uma mensagem para a Academia de Iniciação dizendo que não havia mais necessidade de se usar malas. O sannyas diz respeito a ir para dentro e nada tem a ver com o exterior.
Algumas pessoas ficaram chateadas, e o assunto foi levado ao Osho novamente. A sua resposta, passada de novo à Academia, foi: “Se você tiver que usar o seu mala, então que seja em casa apenas em meditação”.

 

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Nota: Todos os textos foram traduzidos por Sw. Bodhi Champak   

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Fonte:https://www.oshobrasil.com.br/texto81.htm

Sannyas

“Sannyas significa regozijar-se na vida, nos mistérios da existência; transformar o mundano no sagrado. Sannyasin significa viver cada momento sem o compromisso com o passado. É estar preparado para iniciar uma grande busca.

Sannyas é vida amor e riso – um grande salto no desconhecido.
Sannyas lhe permite renascer em um novo ser – você explode  na realidade e a realidade explode em você.

Sannyas é um convite para Deus tornar-se um hospede em seu ser”.


SOBRE O NOME SANNYAS

UM NOVO NOVO, UM NOVO SIMBOLO, UMA NOVA VIDA

“Eu não tenho nenhum interesse em mudar o seu nome. É apenas por compaixão que eu estou dizendo: ‘Comece uma nova vida com um novo símbolo, de forma que você possa se descontinuar com seu passado.”


“Sannyas é nada mais que uma decisão, uma decisão global, um compromisso, um envolvimento de que “Agora, toda a minha energia vai se mover em uma direção – a direção da liberdade; Decidi ser livre, livre de todo desejo e livre de todo o sofrimento. Liberdade sem limites é o meu objetivo. “E isso pode ser alcançado. Uma vez que a decisão está lá e você está derramando sua energia nela e alimentá-la, ninguém pode impedi-lo de alcançar. É o seu direito de primogenitura”.


”Você pergunta pelos meus dez mandamentos. Isso é muito difícil, porque eu sou contra qualquer tipo de mandamento. Todavia, só pela brincadeira, eu estabeleço o que se segue:

1 – Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham de dentro.

2 – O único Deus é a própria vida.

3 – A verdade está dentro, não a procure em nenhum outro lugar.

4 – O amor é a oração.

5 – O vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e a realização.

6 – A vida é aqui e agora.

7 – Viva completamente acordado.

8 – Não nade, flutue.

9 – Morra a cada momento para que você possa se renovar a cada momento.

10 – Pare de buscar. O que é, é: pare e veja”.

Osho, em “A Cup of Tea”


Osho a respeito do Sannyas: 

“Olhando a vida do ponto de vista da auto-ignorância é sansara, o mundo. Olhando a vida do ponto de vista do auto-conhecimento é sannyas.

Portanto, sempre que alguém me diz que recebeu sannyas, a coisa toda parece muito falsa para mim. Este ‘receber’ o sannyas cria a impressão de que é um ato antagônico contra o mundo. Pode o sannyas ser tomado? Pode alguém dizer que ‘recebeu’ o saber? E um saber que possa ser tomado desse jeito ser um verdadeiro saber? Um sannyas que é recebido, não é sannyas.

Você não pode se cobrir com um manto da verdade. A verdade tem que ser despertada dentro de você. O sannyas nasce. Ele chega através da compreensão e com tal compreensão nós vamos sendo transformados. Na medida em que nossa compreensão muda, a nossa visão muda e o nosso comportamento é transformado sem qualquer esforço. O mundo permanece onde ele está, mas o sannyas gradualmente nasce dentro de nós. Sannyas é a consciência de que ‘Eu não sou apenas o corpo, eu também sou a alma.’ Com este saber, a ignorância e os apegos dentro de nós são abandonados. O mundo estava do lado de fora e ele ainda continua lá, mas dentro de nós haverá uma ausência de apegos a ele. Em outras palavras, não haverá nenhum mundo, nenhum sansara dentro de nós.”

Osho, The Perfect Way, número 3


“No passado, o sannyas foi muito prejudicado pela noção de sannyas ao longo da vida: uma vez um sannyasin, sempre um sannyasin. Fechamos o portão da sociedade para sempre uma vez que entramos no sannyas. Talvez uma pessoa receba sannyas em um determinado estado de espírito, e depois de algum tempo, quando ele se encontra em um estado de espírito diferente, quer voltar para o mundo – mas ele não pode fazê-lo porque a casa de sannyas só tem uma entrada, ela não tem nenhuma saída. Você pode entrar no sannyas, mas uma vez nele você não pode sair. E esta simples regra transformou o sannyas em uma prisão. Até mesmo o céu vai virar o inferno se não houver saída.

“Você pode dizer que o sannyas não tem nenhuma regra dura e simples como esta. Isso é verdade, mas o fato de que a sociedade olha para quem deixa o sannyas é uma proibição mais forte do que qualquer regra. Nós temos um engenhoso dispositivo para impedir que um sannyasin volte ao mundo novamente. Quando alguém recebe sannyas, nós fazemos um grande evento disso, damos a ele uma despedida com uma grande fanfarra, com uma banda de música, flores e elogios. O pobre sannyasin não sabe que esta é uma maneira inteligente de dizer adeus a ele para sempre. Ele não está ciente de que, se alguma vez ele retornar para a sociedade ele vai ser recebido pelas mesmas pessoas com paus em vez de flores.

“Esta é uma convenção muito perigosa. Por causa disso, um número grande de pessoas são impedidas de participar do grande êxtase que o sannyas pode trazer para eles. Torna-se muito difícil para eles tomar uma decisão de receber sannyas para toda a vida, que é de fato uma decisão muito difícil. Além disso, não temos o direito de nos comprometer com alguma coisa por toda a nossa vida.

“Na minha visão, o sannyas de curto prazo é o caminho certo. Você pode deixá-lo sempre que quiser, porque é você quem o recebe. A decisão é sua, ninguém pode decidir por você. O sannyas é inteiramente uma escolha pessoal, individual, outros não se importam de jeito nenhum. Sou livre para receber sannyas hoje e sair amanhã, de forma que eu não espere nenhuma recompensa por isso dos outros na forma de seu louvor e aclamação.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Talk #22


“Até agora o sannyas foi ligado a um mestre que inicia alguém nele. Mas o sannyas não é algo que alguém pode dar-lhe como um presente, tem que ser recebido diretamente do divino. Quem, senão a existência pode iniciá-lo no sannyas? Quando alguém vem e me pede para iniciá-lo no sannyas, eu lhe digo, “Como eu posso iniciá-lo no sannyas? Só a existência pode iniciá-lo. Eu só posso ser uma testemunha de você ser iniciado. Seja iniciado pelo divino, o ser supremo, e eu vou dar o testemunho de que eu estava presente quando você foi iniciado no sannyas. Minha função se limita a ser uma testemunha, nada mais. “Um sannyas ligado a um mestre é fadado a se tornar sectário. Ele não pode liberá-lo, em vez disso ele vai colocá-lo em um cativeiro.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, Talk #22


“A “entrada” para o sannyas estava lá, mas a “saída” estava faltando. Podia-se entrar, mas não se podia sair. Mesmo um céu, onde não haja porta de saída, pode se tornar um inferno – ele se torna uma prisão, um cárcere. Você pode dizer, ‘De maneira alguma, se algum sannyasin realmente quisesse deixar (o sannyas), o que os outros poderiam fazer? Ele poderia deixar.’ Mas você o condenaria, o insultaria – haveria uma condenação por trás disso.

É por isso que criamos um estratagema pelo qual sempre que alguém recebe sannyas, nós fazemos uma grande publicidade e pompa para expor a todos ao redor; sempre que alguém toma sannyas, nós tocamos muitas músicas cerimoniais. Sempre que alguém toma sannyas, nós o cobrimos com coroas de flores e guirlandas, o enaltecemos, condecoramos e lhe demonstramos grande respeito. Nós o satisfazemos com uma demonstração exuberante, como se estivesse acontecendo um grande evento. Mas existe um outro lado nessa demonstração. Este sannyasin não sabe que se ele pedir para se retirar amanhã, então, da mesma forma como ele está sendo coberto com guirlandas hoje, pedras e sapatos lhe serão atirados. E isso será feito por ninguém mais que essas mesmas pessoas.

Na verdade, ao cobrir-lhe com guirlandas, essas pessoas estão lhe avisando para nunca se retirar. Caso contrário, da mesma maneira como você está sendo enaltecido, os insultos estarão lhe esperando. Esta é uma situação muito perigosa. Por causa disto, muitas pessoas que poderiam ter saboreado a alegria do sannyas, permaneceram tolhidas dele. Quem sabe? Elas nunca poderiam decidir o sannayas por toda a vida… Decidir um compromisso por toda a vida é uma coisa muito grande, é uma questão muito difícil. Além disso, e como se nós não temos direito de decidir.

Portanto minha visão é que o sannyas é sempre periódico. Você pode se retirar dele a qualquer momento. Quem pode obstruir o seu caminho? Você recebeu sannyas e agora está deixando. Exceto você, não há outro juiz nesse caso. Apenas você é o fator decisivo nisto e esta é a sua própria decisão. Isto não interessa a mais ninguém e não é requerida a aprovação de mais ninguém. O sannyas é individual, é a decisão da própria pessoa. Toma-se ele hoje e abandona-se ele amanhã. Não é para se esperar que alguém seja elogiado quando recebe sannyas, nem que seja condenado quando o abandona. Isto não é um assunto seu.

Ao mesmo tempo, lembre-se, até agora o sannyas tem sido sempre relacionado com algum mestre: algum mestre dá a iniciação. O sannyas não é algo que nenhuma outra pessoa possa dar a você. O sannyas é algo que se toma, mas ninguém pode dá-lo. Ou, melhor dizendo, exceto a própria existência, quem mais pode dar sannyas? Se alguém vem até a mim e diz, ‘Por favor, me dê a iniciação,’ eu lhe digo, `Como posso eu lhe dar a iniciação?` Eu posso apenas ser uma testemunha. A iniciação você a toma do divino; a iniciação você a toma da própria existência; eu, no máximo, posso ser uma testemunha disso, de que estava presente quando esse fenômeno aconteceu. Nada existe além disto. Um sannyas apegado a um mestre tende a se tornar sectário. Um sannyas apegado a um mestre nunca pode trazer liberdade, ele irá trazer apenas prisão…

Eu não serei o mestre deles, mas apenas uma testemunha da iniciação deles no sannyas. Na verdade, o sannyas será uma questão de um relacionamento direto entre eles e a existência. Não haverá qualquer ritual para iniciação no sannyas, de modo que a pessoa não tenha qualquer dificuldade em deixá-lo quando ela quiser…

Quando eu disse ‘meus sannyasins’ não foi uma distração. O meu falar é diferente, eu dificilmente me distraio. Na primeira vez que um amigo disse, ‘seus sannyasins’, eu neguei e disse, ‘não diga meus.’ Mas minha intensão era diferente. A intenção era perguntar, ‘como um sannyasin pode ser meu? Mas quando eu voltei a dizer isso novamente, não era uma distração. Eu disse ‘meus sannyasins’. O sannyasin não pode ser meu, mas certamente eu posso pertencer aos sannyasins…”


Osho,
Não irá mais uma vez desenvolver-se uma seita ao seu redor?

“Não, uma seita não irá se desenvolver. Ela não irá se desenvolver porque para isso existem alguns poucos pré-requisitos essenciais.

Um, é preciso um mestre, são necessárias as escrituras e as doutrinas, e também alguns adjetivos. E não apenas isto, é também necessário ter a insistência de que qualquer outra coisa que exista além disto, diferente disto, fora disto, está totalmente errado e somente isto está absolutamente certo.

Não, eu estou dizendo que chamo sannyasin a alguém que é sem qualquer adjetivo. E é difícil formar uma seita sem adjetivos. Uma seita não pode ser formada sem adjetivos. Eu estou chamando sannyasin a alguém que não pertence a religião alguma. Como você pode formar uma seita sem uma religião? Eu estou chamando sannyasin a alguém que não tem qualquer escritura religiosa, que não tem qualquer mestre religioso, que não tem templo, nem mosteiro, nem igreja, nem gurudwara (templo sikhi). Assim é difícil se formar uma seita.

Nós devemos nos esforçar para que nenhuma seita se forme, porque as seitas têm causado mais dano à religiosidade do que qualquer outra coisa. A irreligiosidade não tem feito tanto mal à religiosidade quanto as seitas.”

Osho, Krishna: The Man and His Philosophy, número 22


“Sannyas significa coragem, mais do que qualquer outra coisa, porque ele é uma declaração de sua individualidade, de sua liberdade, de que você não será mais parte da loucura coletiva, da psicologia coletiva. Ele é uma declaração de que você está se tornando universal; você não pertence mais a país algum, a igreja alguma, a raça alguma, a religião alguma.”

Osho, Finger Pointing to the Moon, número 7


“Isto é o que significa quando eu digo: “Seja um sannyasin. Simplesmente seja”.

Seu robe ocre, seu mala – essas são as regras. Isto é um jogo. Isto não é o que eu quero dizer quando digo sannyas verdadeiro.

Mas, você está tão acostumado a jogos que, antes que eu o leve a uma vida sem regras, no período transitório, você precisará de regras. Movendo-se deste mundo de regras e de jogos para um mundo sem regras e sem jogos, uma ponte tem que ser atravessada.

Suas roupas laranja e seu mala são apenas para este período transitório. Você não consegue abandonar as regras imediatamente, assim eu lhe dei novas regras. Mas esteja totalmente alerta de que seus robes não são o seu sannyas, o seu mala não é o seu sannyas, o seu novo nome não é o seu sannyas.

O sannyas estará ali quando não existir mais nome, quando você se tornar sem nome. Então não haverá regra alguma. Então, você será tão comum, você não será reconhecido.”


“Você não pertence a lugar algum – esta é a realidade. Todo anseio por pertencer é enganoso. A própria idéia de pertencer cria organizações; a própria idéia de pertencer cria a igreja – porque você não consegue estar só, você quer embrenhar-se em algum lugar numa multidão. Um sannyasin é alguém que aceitou a sua solidão. Ela é fundamental, não pode ser afogada. Ao se tornar um sannyasin, você não está se tornando parte de uma certa organização – isto não é uma organização, de jeito algum. Por se tornar um sannyasin, você está se tornando corajoso suficiente para aceitar um certo fato: que o homem existe em solidão. E isto é tão fundamental que não existe jeito de escapar disto. Isto é tão fundamental quanto a morte. Na verdade, a morte nada mais é do que lhe trazer a notícia de que você esteve só e que agora está só.”

Osho, The Divine Melody, Número 10


Osho,
Uma querida amiga minha do Ocidente enviou-lhe uma carta pedindo um nome sannyas e depois veio aqui, antes de receber uma resposta, e tomou sannyas. O nome que lhe foi dado através da carta foi um tipo de nome totalmente diferente do que você deu a ela aqui. Eu fiquei muito perturbada quando ouvi isto, pois eu sempre pensei no meu nome como sendo o meu caminho. Eu usava-o para me dar uma direção quando eu estava confusa. Qual é realmente o significado do nome que você nos dá?

“Veera, toda vaca sagrada defeca. Não se deixe enganar pelos nomes. Você sempre está querendo agarrar-se a alguma coisa, para fazer algo grandioso a partir do nada. Os nomes que dou a vocês são apenas como doces de namorados. Não faça muito um coisa tão special com eles.

Na verdade, uma vez que eu lhe dei um nome, nunca venha depois me perguntar novamente sobre o seu significado porque eu me esqueço. Foi naquele momento que eu criei um significado para ele. Então, como eu posso me lembrar? Eu já devo ter dado trinta mil nomes ou mais.

Um nome é apenas um nome. Você é sem nome. Nome algum restringe você, nenhum nome pode restringir você. Eles são apenas rótulos para serem usados – utilitários, nada de espiritual neles. Mas porque eu dou muita atenção ao seu nome e lhe explico, você fica enganchado nele. Esta é apenas a minha maneira de demonstrar minha atenção para com você, nada mais; apenas a minha maneira de demonstrar meu amor por você, nada mais.”

Osho, The Diamond Sutra, número 10


“No momento que você nasce o condicionamento começa, do primeiro ar que você respira; isso não pode ser evitado. Os pais vão condicioná-lo, as crianças com quem você brinca vão condicioná-lo a vizinhança vai condicioná-lo, a escola, a igreja, o estado. Conscientemente não há muito condicionamento sendo feito, mas inconscientemente a criança vai acumulando. A criança aprende por imitação.

Portando não se preocupe. Esta é a situação normal no mundo: todo mundo é condicionado. E todo mundo tem que sair do condicionamento. É difícil. Não é apenas como se despir – é como tirar a sua pele. É duro, é árduo, porque nós nos tornamos identificados com nosso condicionamento. Nós nos conhecemos apenas como católicos, comunists, Hindus, Maometanos, Cristãos. O maior medo de abandonar o condicionamento é que você possa ter uma crise de identidade. Daí o sannyas.

O sannyas é apenas um truque para ajudá-lo de forma que você não comece a sentir que você está caindo em um abismo, um abismo sem fim. Eu tiro os seus condicionamentos – você se sentirá bem vazio – Eu tenho que te dar alguma coisa para você brincar por esse tempo.

Sannyas é esse brinquedo para se divertir por um tempo. Mas o sannyas é dado a você de tal forma que ele nunca se torna um condicionamento; ele se mantém divertido, se mantém um esporte – envolvido mas ainda assim se mantendo uma testemunha dele.

É difícil abandonar o condicionamento, porque ele é todo o passado, sua mente, seu ego, tudo que você é. Mas se você está pronto, se você é corajoso, se você tem força com determinação suficiente para vir comigo isso é possvel, isso não é impossível.”

Osho, Be Still and Know, número 7


“Eu gostaria que meus sannyasins vivessem a vida em sua totalidade, mas com uma condição absoluta, uma condição categórica: e essa condição é consciência e meditação. Primeiro vá fundo na meditação, de modo que você possa limpar a sua inconsciência de todas as sementes venenosas, de modo que nada exista para ser corrompido e nada exista dentro de você cujo poder possa trazê-lo para fora, então a partir de então faça tudo o que tiver vontade de fazer.”

Osho, The Dhammapada: The Way of the Buddha, Vol. 6. Número 40


“O professor, parecerá muito compassivo, porque ele lhe dará toda orientação e assumirá toda a responsabilidade. Ele estará mostrando a você o caminho; estará conduzindo-o no caminho, e você terá apenas que seguir.

O mestre não está interessado em que você o siga. Não, exatamente o contrário; você não deve segui-lo, caso contrário irá deixar de se tornar você mesmo. Então o que ele faz? Na verdade, todo o seu funcionamento é negativo. Ele destrói todas as suas muletas e seus apoios. Ele o torna vulnerável a todo tipo de medos, ansiedades, desafios. Isto é tudo negativo. No que diz respeito à positividade, ele nada faz. Ele é apenas um espelho.

Ele permite que você se aproxime e veja a sua face em seu espelho. Ele não quer que você o imite e se torne o seu rosto. Ele quer que você olhe para ele. Ele não tem idéia alguma. Isto significa que toda poeira do espelho já foi retirada. O seu espelho está limpo. Você pode se aproximar e olhar, e irá encontrar a sua face. O espelho simplesmente reflete, ele não é um fazer, ele não é um ato.

Certamente o meu relacionamento com você é único. Em primeiro lugar ele não é um relacionamento, pois que tipo de relacionamento você pode ter com um espelho? Você pode olhar a sua face e ficar agradecido, dizer obrigado – mas isto não é um relacionamento. Que tipo de relacionamento o espelho pode ter com você? Não existe possibilidade. O espelho está simplesmente ali. Ele não se relaciona de maneira alguma possível, ele simplesmente existe.

Por isso o relacionamento é único, pois se você for a outras religiões, o mestre – o qual, em primeiro lugar, não é um mestre, mas é assim chamado –  terá mil e uma exigências a serem satisfeitas porque ele irá fazer um grande trabalho para você. Eu não estou fazendo coisa alguma para você, por isso nada exijo de você. O ‘mestre’ terá condições a serem preenchidas. Se você falhar no preenchimento das condições, haverá a  condenação, se você preencher as condições, então o elogio, a recompensa.

Eu não posso condená-lo e não posso recompensá-lo – porque eu não tenho quaisquer condições que tenham que ser preenchidas por você. Ser meu discípulo é uma decisão sua. Isto nada tem a ver comigo. Aceitar-me como seu mestre é sua decisão, nada tem a ver comigo. Eu não estou procurando por convertidos; eu não sou um missionário cristão. Eu não estou me esforçando para que as pessoas se convertam à minha maneira de pensar, à minha maneira de viver. Não, de jeito algum. Se fosse o contrário, nestes trinta e cinco anos eu teria convertido milhões de pessoas sem qualquer problema. Elas estavam prontas para serem convertidas; eu não estava pronto para converter.

Esta é a sua decisão. Lembre-se sempre, o que quer que aconteça aqui é sua decisão.

Se você é um sannyasin, esta é a sua decisão.

Se você abandonar o sannyas, esta é a sua decisão.

Se você tomá-lo de novo, esta é a sua decisão.

Eu deixo tudo por sua conta.

Assim, este é um relacionamento único. Ele tem absolutamente apenas um lado; do meu lado não há qualquer relacionamento. Isto tem que ficar inteiramente claro: de meu lado não há qualquer relacionamento.”

Osho, From Unconsciousness to Consciousness, número 18


“Assim, isto foi uma necessidade absoluta, não havia outra maneira para enlaçar o meu povo. Todo mundo já está dividido. Este não é um mundo aberto: alguém é cristão, alguém é hindu, alguém é muçulmano. É muito difícil encontrar uma pessoa que é ninguém. Eu tive que encontrar o meu povo nesses rebanhos fechados, mas para entrar em seus rebanhos eu tive que falar a linguagem deles. Aos poucos eu abandonei a linguagem deles. Proporcionalmente, minha mensagem foi se tornando mais clara e fui abandonando aos poucos a linguagem deles.

Depois do meu sannyas, eu dou um intervalo de três anos  em que qualquer um que quisesse me deixar, poderia deixar – porque eu não quero interferir na vida de ninguém. Se eu puder melhorar, ótimo. Se eu não puder melhorar você e o seu ser, então é melhor que se afaste de mim.”

Osho, From Personality to Individuality, número 14


“Eu não interrompi o movimento sannyas, eu impedi que ele se tornasse uma religião. Um movimento é um fluxo, este é o significado de movimento – ele está se movendo, está crescendo. Mas uma religião é morta – ela parou de se mover, parou de crescer. Ela está morta. O único lugar para ela é o crematório…

Todo sacerdote ou sacerdotisa quer uma religião morta, porque ela é previsível. Tudo é apenas um catecismo. Não há opinião, nem evolução ou crescimento. Simplesmente veja o cristianismo: dois mil anos se passaram – eles avançaram pelo menos uma polegada além de Jesus Cristo? Vinte e cinco séculos se passaram desde Buda – os budistas deram um simples passo à frente? Isto é destruir o crescimento e a evolução.

Agora eu quero que meu povo permaneça aberto, vivo, crescendo, sempre com frescor e renovado. Isto mantém um novo tipo de fenômeno e religiosidade: nenhum rótulo preso a ele, porque todo rótulo é cheio de pontos de parada. E eu não gosto de pontos de parada nem mesmo de meio ponto. A vida está sempre em curso.

Eu retirei o mala. Ele tem significância na Índia, porque lá as roupas vermelhas e o mala têm sido usados por milhares de anos por todas as religiões como símbolo de um sannyasin. Eu queria destruir essa idéia tradicional de sannyas, porque os sannyasins têm que ser celibatários, não podem tocar uma mulher, nem falar com ela. O sannyasin não pode nem se hospedar numa casa de família, tem que ficar num templo. Ele tem que comer somente uma vez por dia, tem que jejuar continuamente, repetidas vezes. Ele tem que se torturar. Isto é uma doença.

Eu queria destruir esta imagem. Foi por isto que escolhi a cor vermelha. E eu tive quase trezentos mil sannyasins na Índia. Os meus sannyasins criaram tremendo problema entre os sannyasins tradicionais, pois não havia como saber quem era quem. Meus sannyasins andavam pela rua e as pessoas tocavam seus pés, não sabendo que eles não eram celibatários; que tinham suas namoradas. Eles comiam duas vezes por dia e comiam tudo que fosse o melhor – não importava se eram italianos, chineses ou japoneses. Essas pessoas pertencem ao século vinte e um, e os antigos sannyasins ficaram com muita raiva porque eu destruí a imagem deles. Com a nossa vinda para o Ocidente, agora, as roupas vermelhas e o mala não são mais necessários, porque aqui eles nunca foram símbolo de religião. Eles cumpriram sua função na Índia. Eles mostraram que um sannyasin pode estar com uma esposa, com filhos, que ele não precisa ser um parasita da sociedade, que pode trabalhar, criar, ganhar seu dinheiro e não precisa ser reverenciado.

E mais especificamente, você está agora mais liberado de todos os símbolos externos. Tudo o que ficou é o centro essencial da religiosidade, da jornada interior, que somente você pode fazer. Eu não posso fazer isto por você, ninguém pode fazer isto por você.

Assim, agora ficou apenas a qualidade essencial, a qualidade mais fundamental da religiosidade: que é a meditação…

Agora você não tem mais qualquer símbolo externo, e isso é bom, pois se quiser ser um sannyasin, somente uma coisa você terá que se lembrar: como entrar na disciplina do testemunhar. Se não for assim, existe a possibilidade de que usando roupas vermelhas e o mala, você fique completamente satisfeito de que é um sannyasin. Você não é. Roupas não fazem ninguém mudar, nem o mala leva ninguém a passar por uma transformação. Mas você pode enganar a si mesmo.

Agora eu estou tirando tudo isto de você, e deixando apenas uma coisa simples. Você não conseguirá enganar: ou você faz ou não faz. Sem fazer, você não é sannyasin. Assim o movimento chegou ao seu mais puro estado, ao estágio mais essencial, ele não foi abandonado.”

Osho, From Bondage to Freedom, número 17


“Você diz que você não é um sannyasin. Isto é errado – você é. Há sannyasins que não são sannyasins; há não-sannyasins que são sannyasins. Sannyas não é algo de fora, ele é algo interno. Se você puder apreciar estas três semanas, você já é iniciado. Estas três semanas irão mudar sua vida inteira.

Então abandone esta idéia de que você não é um sannyasin. Qualquer pessoa que esteja aberta e disponível, sem preconceitos, apenas vindo aqui como um visitante, entrando em sintonia com a comuna, sua sinceridade, seu amor — a iniciação aconteceu. A iniciação exterior pode vir na sequência em seu próprio tempo, não há nenhuma pressa. E mesmo se não houver sequência, não importa. O que importa aconteceu!”

Osho, From Bondage to Freedom, número 26


“A questão não é ser meu sannyasin, a questão é ser um sannyasin.

Para ser meu sannyasin certamente é preciso um certo comprometimento, uma certa entrega. E eu não quero que você se entregue a mim, ou que esteja comprometido comigo. Eu quero que você se entregue à natureza e se comprometa com a existência. Você não precisa ser meu sannyasin, você simplesmente tem que ser um sannyasin – e esta é a única maneira de ser meu sannyasin.”

Osho, Beyond Psychology, número 15


“Agora, o sannyas será um movimento totalmente diferente: ele será para buscadores mais autênticos.

Ele não será para quem só quer mudar a sociedade porque está aborrecido com ela. Ele quer uma sociedade alternativa e por isso se junta a uma comuna sannyas como sendo uma sociedade alternativa – mas ele não tem nenhum desejo e nenhum anseio pela verdade.

Só porque nesta sociedade as pessoas estão usando roupas vermelhas – e ele não quer parecer desagradável, esquisito, estranho – ele começa a usar roupas vermelhas e se torna um sannyasin. Mas a realidade é que ele está apenas escapando do mundão, onde ele estava completamente entediado e não tinha outro lugar para ir. A comuna tornou-se um abrigo para todo tipo de gente.

Agora, o sannyas será uma escola – uma escola de mistérios. Somente aqueles que querem crescer e se transformar estarão se juntando a ela. E existem milhões de pessoas que querem uma consciência maior em seu ser, que sentem que estão sonolentos e inconscientes.

Assim, não se preocupe se alguns sannyasins mais antigos desaparecerem; outros novos, com sangue fresco estarão chegando.”

Osho, The Path of the Mystic, número 37


Osho,
Você parou de iniciar pessoas no sannyas e criar discípulos? Eu estou privado de me tornar seu discípulo? 

“Um discípulo não é feito, a pessoa tem que se tornar um. Quando você ama alguém, primeiro lhe pede? Primeiro você pede permissão à pessoa? O amor simplesmente acontece. Ele nem obedece nem pede qualquer permissão, ele não acredita em nenhum modo ou método.

O que é discipulato?

É o mais elevado e o mais profundo nome do amor. Se você quer amar-me, como eu posso impedi-lo? Se os seus olhos se enchem de lágrimas de amor por mim, como eu posso impedi-lo? E se você mergulha naquilo que eu chamo meditação, como eu posso impedi-lo? Qualquer um que queira se tornar um discípulo, ninguém pode impedi-lo. E é por isto que abandonei todas as formalidades que havia para alguém se tornar discípulo, porque agora eu quero apenas aqueles que estão vindo em minha direção por livre e espontânea vontade – não através de outra rota. Agora, toda a responsabilidade é sua.

Por exemplo, nós ensinamos os alunos do primeiro grau (na Índia): a é para appleg é para Ganesh. Na verdade, antigamente o g era usado para Ganesh e agora é usado para gadha, o jumento. Este é um estado secular. Aqui não é apropriado que a palavra Ganesh apareça num livro escolar. Mas nem Ganesh tem a ver com g nem Gadha. Isto é apenas uma maneira de ensinar a uma pequena criança. A criança acha o Ganesh ou o jumento mais interessante. Ela não vai ter nenhum interesse pela letra g. Pouco a pouco gadha será esquecido, Ganesh será esquecido e somente o g permanecerá, somente o g será usado.

Se você continuar tendo que ler a para apple e g para Ganesh, com o tempo você entrará na universidade e não haverá como estudar. Mesmo para ler uma frase completa será impossível. E depois de lê-la ficará difícil entender qual é o seu significado, pois quem vai saber quantos jumentos, Ganesh e mangas haverá numa frase?

Existem desenhos nos livros escolares das crianças: desenhos coloridos, grandes desenhos e umas poucas letras. E na medida em que a criança passa para uma série mais adiantada, os desenhos vão se tornando menores e as letras ocupam mais e mais espaços. Aos poucos, os desenhos vão desaparecendo completamente e somente as letras permanecem. Na universidade não existem desenhos, apenas as letras, o akshar.

A nossa palavra akshar é também muito querida. Ela significa aquilo que nunca pode ser destruído. Assim, Ganesha pode ser destruído, gadhas pode ser destruído, mas o akshar sempre permanecerá. Ele nunca cessa.

Assim, quando comecei, eu tive que iniciar as pessoas ao sannyas e tive que fazer discípulos. Mas, por quanto tempo alguém consegue brincar com a piada dos gadhas e Ganeshas; maçãs e abacaxis? Agora, o sannyas amadureceu. Agora, as formalidades não têm mais um lugar importante.

Agora, se você está nesse amor, torne-se um discípulo. Isto não é algo nem mesmo para se falar a respeito. Agora, nem mesmo precisa deixar que os outros saibam: se este é o seu sentimento, seja um sannyasin. Agora, toda a responsabilidade é sua. Este é o indício de ser maduro. Por quanto tempo eu poderei caminhar ao seu lado, segurando suas mãos? Antes que minhas mãos sejam removidas, eu mesmo tenho que largar as suas mãos, de modo que você possa estar erguido sobre seus próprios pés – confiando em suas próprias mãos, em sua própria responsabilidade – e andar.

Não, não há necessidade alguma de você parar de se tornar um discípulo. Nem alguém pode impedí-lo de se tornar um sannyasin. Mas agora isso é sua decisão pessoal, de acordo com a sede e o chamado de sua própria interioridade.

Eu estou com você, minhas bênçãos estão com você, mas agora eu não lhe explicarei sobre o tornar-se um sannyasin nem lhe pedirei para meditar. Agora, eu apenas explicarei isso: o que é meditação. Se apenas isso puder desencadear uma sede em você, então medite. Agora, eu não direi a você para amar. Eu apenas descreverei o amor e tudo mais para você. Se nenhuma canção crescer em seu coração – mesmo ouvindo a descrição única e misteriosa do amor – então nada virá de você, nem mesmo para cumprir um mandamento. E se uma canção crescer, então isto não é uma questão de dar e receber: então você pode ser um discípulo, pode meditar, pode se tornar um sannyasin, então você pode alcançar a iluminação, pode alcançar o tesouro supremo desta vida, aquilo que nós chamamos moksha, a liberação suprema.

Mas, agora você tem que fazer tudo isto. Já se foram os dias em que alguém lhe dava um empurrão por trás. Agora, você está completamente livre. O seu próprio desejo, a sua própria alegria, o seu próprio êxtase estão decidindo os fatores.”

Osho, The Diamond Sword, número 8


Osho,
Depois de anos estando junto a você, eu estou familiarizado com a relação mestre-discípulo. Por favor, você poderia comentar sobre a relação discípulo-discípulo?

“Não existe tal coisa.

No passado, discípulos criaram organizações. Esse era o relacionamento deles: que ‘nós somos cristãos’, que ‘nós somos muçulmanos’, que ‘nós pertencemos a uma religião, a uma fé, e porque nós pertencemos a uma fé, nós somos irmãos e irmãs. Nós viveremos pela fé e morreremos pela fé’

Todas as organizações tiveram origem no relacionamento entre discípulos.

Na verdade, dois discípulos não estão conectados um ao outro, de jeito algum.

Cada discípulo está conectado com o mestre em sua capacidade individual.

Um mestre pode estar conectado com milhões de discípulos, mas a conexão é pessoal, não organizacional.

Discípulos não têm qualquer relacionamento. Sim, eles tem uma certa ‘amistosidade’, uma certa amorosidade.

Eu estou evitando a palavra relacionamento porque ela é comprometedora.

Eu não estou chamando isso nem mesmo de amizade, mas de ‘amistosidade’, porque eles são todos companheiros de viagem seguindo no mesmo caminho, com amor ao mesmo mestre, mas eles se relacionam através do mestre.

Eles não se relacionam um com o outro diretamente.

Essa foi a coisa mais infeliz no passado: discípulos se organizaram, relacionando-se, e todos eles eram ignorantes. E pessoas ignorantes só conseguem criar mais chatice no mundo do qualquer outra coisa. Todas as religiões têm feito exatamente isso.

Meu povo está relacionado comigo individualmente. E por eles estarem no mesmo caminho, certamente eles se tornam conhecidos entre si. Uma ‘amistosidade’ surge, uma atmosfera amorosa, mas eu não quero chamar isso de qualquer tipo de relacionamento.

Nós já temos sofrido demais devido ao relacionamento direto de discípulos entre si, criando religiões, seitas, cultos, e depois brigando. Eles não conseguem fazer nada mais.

Pelo menos comigo, lembre-se disso, você não está se relacionando com nenhum outro, de jeito algum.

Apenas uma ‘amistosidade’ líquida, não uma amizade sólida, é suficiente e muito mais bela, sem qualquer possibilidade de causar danos à humanidade no futuro.”

Osho, Beyond Enlightenment, número 2


“Certamente a iniciação significa que você deu um passo para dentro de uma vida perigosa. Você me aceitou como seu amigo na escuridão e me deu suas mãos com grande confiança. Mas eu nunca aceitei um cheque assinado em branco e nunca usei ou mesmo interferi na vida de quem quer que seja. Isto é apenas da sua parte – eu estou totalmente fora disso. A iniciação é sua e é sua a iniciativa de oferecer a sua vida para ser transformada. Toda a ação e responsabilidade é sua.”

Osho, The New Dawn, número 30


“Estar só deveria ser sua única busca.

E isso não significa que você tem que ir para as montanhas, você pode estar só no mundo. Isso é simplesmente uma questão de estar atento, alerta, observador, relembrando-se de que você é apenas um pleno observador. Então você está só onde quer que você esteja. Você pode estar em uma multidão, você pode estar nas montanhas; isso não faz nenhuma diferença, você é apenas a mesmo pleno observador. Na multidão você observa a multidão; nas montanhas você observa as montanhas. Com os olhos abertos você observa a existência; com os olhos fechados você observa a si mesmo.

Você é somente uma coisa: o observador.

E esse observador é a maior realização. Essa é sua natureza búdica; essa é sua natureza iluminada, de seu despertar espiritual. Essa deveria ser sua única disciplina. Só isso faz de você um discípulo: essa disciplina de saber de sua solidão. Senão, o que faz de você um discípulo? Você tem sido enganado em todos os pontos da vida. A você deve ter sido dito que acreditar em um mestre faz de você um discípulo. Isso está absolutamente errado; senão, todas as pessoas no mundo são discípulos.

Alguém acredita em Jesus, alguém acredita em Buda, alguém acredita em Krishna, alguém acredita em Mahavir; todo mundo acredita em alguém mas ninguém é um discípulo, porque para ser um discípulo não significa acreditar em um mestre. Para ser um discípulo significa aprender a disciplina de ser você mesmo, de encontrar seu verdadeiro ser.”

Osho, The Invitation, número 23


“Não importa que você tenha se tornado um sannyasin; isto não vai mudar coisa alguma, a não ser que o seu sannyas desencadeie um estado meditativo em você.

Sem meditação não há sannyas.

Isto é apenas a sua consciência crescendo e se elevando – pouco a pouco se movendo além da gravitação das coisas mais baixas – e isto fará de você um sannyasin.”

Osho, The Great Pilgramage, número 11


“Eu quero que você abandone todos os jogos – jogos mundanos, jogos espirituais, jogos que toda a humanidade vem jogando até hoje. Esses jogos mantém você retardado. Esses jogos evitam que você cresça em sua consciência, em seu próprio supremo florescimento. Eu quero cortar todo esse lixo que o impede.

Eu quero deixar você a sós, absolutamente só, de forma que você não possa ser ajudado por ninguém, de maneira que você não possa se apegar a nenhum profeta, de forma que você não possa pensar que Gautama o Buda irá salvá-lo. Deixado a sós – totalmente a sós – você está fadado a encontrar o se próprio centro mais interno.

Não há nenhum caminho, nenhum lugar para ir, nenhum conselheiro, nenhum professor, nenhum mestre. Isso parece duro, isso parece árduo, mas eu estou fazendo isso porque eu te amo, e as pessoas que não fizeram isso não te amaram de forma alguma. Eles amaram a si mesmos e ele amavam ter uma grande multidão em torno deles – quanto maior a multidão, mais eles se sentiram nutridos em seus egos.

É por isso que eu chamei mesmo a iluminação de ultimo jogo. Quanto mais cedo você abandonar isso melhor. Porque não ser apenas você mesmo? Porque essa desnecessária corrida aqui e ali? Você é o que a existência quer que você seja. Apenas relaxe.”

Osho, Om Mani Padme Hum, Capítulo 9


“Um sannyasin não precisa sê-lo oficialmente. Qualquer buscador, alguém em busca da verdade é um sannyasin. E um sannyasin não precisa ser meu. Um sannyasin não é um seguidor, mas no máximo um companheiro de viagem. Se você está buscando e procurando pela verdade, pelo sentido e significado da vida, isso é o suficiente.”

Osho, Hari Om Tat Sat, Número 17


“O dia em que você é iniciado no sannyas não é necessariamente o início do sannyas. É apenas a sua indicação de que, ‘eu estou querendo esperar que o sannyas aconteça para mim.’ Iniciação é apenas você dizendo sim para a existência, e abrindo todas as suas portas e janelas para que a brisa fresca e o sol entrem e limpem você e o tornem parte do todo.

Algum dia o sannyas começará. Ele pode começar no momento da iniciação, se a sua intensidade, integridade, se a sua confiança e seu amor forem totais, mas raramente é assim. Sempre é sessenta por cento, quarenta por cento, setenta ou trinta por cento. Existem pessoas que têm noventa e nove por cento de confiança, mas aquele um por cento de dúvida é suficiente para impedir… Anos ou mesmo vidas. A não ser que você esteja cem por cento aberto, a não ser que a palavra não tenha sido abandonada de seu vocabulário, a grande revolução do sannyas não acontecerá para você…

O sannyas precisa de um sim total e então ele pode acontecer neste exato momento. Mas a sua pequena dúvida – ela pode ser muito pequena – é como uma pequena areia em seus olhos, e você não consegue abrir os olhos. Só um pequenino grão de areia pode impedi-lo de ver todo este belo mundo. A dúvida é exatamente como um pequenino grão de areia em seu olho interior. Ele pode impedi-lo de ver o esplendor e a glória da vida, o seu próprio potencial e suas próprias flores que têm esperado por vidas para crescer e desabrochar, mas você não lhes tem dado chance.”

Osho, Om Shantih Shantih Shantih, número 26


Osho,
Quais são os pré-requisitos para ser um discípulo?

“Absolutamente, nenhum.

Um coração aberto, um coração amoroso, uma profunda confiança em si mesmo e nada mais é preciso. Você não tem que se entregar a algum mestre, não tem que venerar algum Deus e nem tem que fazer alguma prece para alguma hipotética divindade. Você não tem que ir a templos e igrejas feitos pelo homem para encontrar aquilo que está escondido dentro de você.

Um discípulo é a semente de um mestre. O discípulo também é uma flor de lótus, apenas você está olhando para algum outro lugar e não para dentro de si mesmo.”

Osho, Live Zen, número 7


“Eu não quero alguém sendo monge, eu quero que você esteja no mundo. A meditação não precisa ser feita vinte e quatro horas por dia; meditação é apenas um pequeno vislumbre – e depois vá fazer o seu trabalho. Pouco a pouco, esse vislumbre começará a irradiar em suas ações, em seus silêncios, em suas canções, em suas danças.

Não há necessidade alguma de desperdiçar vinte e quatro horas e tornar-se um parasita. E quando você se torna um parasita da sociedade, não pode se rebelar contra ela. Você não pode dizer uma simples coisa contra qualquer superstição.

O meu povo pode ser sannyasin e ao mesmo tempo totalmente rebelde, porque não depende de ninguém. A meditação deles é uma questão pessoal.”

Osho, The Buddha: The Emptiness of the Heart, número 6


“Eu ensino a vocês a serem sannyasins – e n’ao meus sannyasins. O sannyas é seu, é a sua investigação da verdade.”

Osho, Christianity: the Deadliest Poison and Zen, the Antidote to All Poisons, número 6


“O sannyas não precisa ser uma coisa externa, apenas o anseio por ele já é o bastante.”

Osho, Christianity: The Deadliest Poison and
Osho, Christianity: The Deadliest Poison, Número 7

Em sua chegada, Seigen perguntou, “Eles te confiaram algo?” 

Sekito disse: “Eles não me confiaram nada.”

Seigen disse, “Mas deve ter havido uma resposta.”

Sekito disse, “Se eles não confiaram nada, não há nenhuma resposta.”

Seigen ficou em silênco. Sekito se curvou em respeito e se retirou.

“O silêncio de Seigen foi sua aceitação de Sekito, sua coragem. Ele sabia que a carta não tinha sido entregue, porque não houve nenhuma resposta,” mesmo que Sekito não tenha mencionado a carta. Sekito simplesmente disse, ‘Eles não confiaram nada a mim, portanto como pode haver alguma resposta?`

Seigen viu que o homem tem a qualidade e merece ser iluminado. O seu silêncio era o seu machado. Ele estava dizendo, `Quando você vier eu vou cortar sua cabeça com um machado.’

E agora ele o lembrou, ‘Agora eu voltei, por favor dê-me a grande machadada. Corte minha cabeça. Faça o que quer que você queira fazer, eu estou pronto.

Seigen ficou em silêncio. Naquele silêncio profundo está a transferência, a transmissão da lâmpada. Não é uma questão de linguagem, é uma questão de transferência de energia. Só simplesmente naquele silêncio a chama saltou de Seigen a Sekito.

E porque ele recebeu a chama, o fogo, ele imediatamente se curvou em respeito e se retirou. Agora não há mais necessidade de perturbar o mestre. Ele foi aceito, não apenas aceito; o último passo para o qual ele veio foi entregue.

Eno morreu antes de Sekito se iluminar. De fato, no momento que Sekito deixou Eno, antes dele alcançar Seigen, Eno morreu.

Ele sabia absolutamente que a morte estava se aproximando e Seigen era a pessoa certa a qual Sekito deveria ser entregue. Ele estava absolutamente correto no seu julgamento; foi Seigen quem finalmente conduziu Sekito à iluminação.

Mas a iluminação acontece em silêncio. É por isso que todo meu esforço aqui é torná-lo o mais silencioso possível. Então você não precisa nem mesmo de um Seigen. Sentando-se em qualquer lugar – em seu quarto, debaixo de uma árvore, no jardim, na margem de um rio, em qualquer lugar – se o seu silêncio de aprofunda, a existência ela própria te dá a iniciação no caminho dos Budas. E quando quando ele vem diretamente da própria existência, ela tem uma beleza bem maior do que quando ela vem através de um mestre.

“Eu ensino a você o imediato, a iluminação instantânea. A meditação que você está praticando é apenas para preparer você para aquele grande silêncio no qual a existência se tornará inflamada dentro de você.”

Osho, God Is Dead, Now Zen Is the Only Living Truth, número 2


“E você vai dizendo grandes coisas: ‘…mas porque eu deveria mudar meu nome?’ Porque não? Isso vai lhe ajudar a se esquecer que você é um alemão; é por isso. A mudança do nome simplesmente significa qie você está abandonando toda a velha personalidade que era indicada pelo nome antigo, que você está recomeçando com um novo nome. Isso é simbólico. você não nasceu com um nome. O nome foi dado pelo seu pai, por sua mãe, pelas pessoas que estiveram com você. Agora você abandonou todos os condicionamentos, porque não abandonar o nome que esses condicionamentos deram a você?

Você pode escolher o novo nome; qualquer coisa vai funcionar. Não é necessário que um nome signifique alguma coisa, é apenas simbólico de forma que você seja reconhecido na multidão e seja chamado. Você mesmo pode inventar o nome, mas mudar você deve! Sua insistência em não mudar é sua idéia interna: ‘Na superfície, brinca o jogo no qual eu abandonei todos os condicionamentos.’ E você não está até mesmo pronto de abandonar um nome falso.

Eu não tenho nenhum interêsse em mudar o seu nome. É apenas por compaixão que eu estou dizendo, ‘Comece uma nova vida com um novo símbolo, de forma que você possa se descontinuar com seu passado.’

E então, `…porque eu deveria mudar meu nome, ser um sannyasin…’ Você entende o significado de sannyasin? Simplesmente significa um buscador da verdade.

Você não quer ser um buscador da verdade?

Então que diabos que você está fazendo aqui?

E além disso,`…porque eu devo mudar meu nome, ser um sannyasin e aceitar um mestre que diz que não há nenhuma necessidade de haver nenhuma autoridade?’

Duas coisas: primeiro, o mestre aceita o discípulo, não o contrário. Portanto você não precisa se preocupar com isso. O discípulo tem que esperar por aquele momento de êxtase quando ele pode ser aceito. Quem te deu essa idéia que está em suas mãos aceitar um mestre ou não?”

“…O buscador da verdade tem que mostrar suas credenciais, sua capacidade para ser paciente, porque a jornada é longa e o caminho muito estreito. Um mestre aceita um discípulo só quando ele pode ver a sinceridade do coração, o risco, o perigo de ir em direção à solitude…quando o mestre está convencido de que a pessoa é capaz de tudo isso, ele é aceito como um discípulo.

Você não deve se preocupar com isso: não é tão fácil ser aceito por um mestre. E se você não quer ser um sannyasin… talvez você tenha pensado que sannyasins são também um tipo de religião; talvez este seja também um novo movimento, envolvendo pessoas. Isso não é não. Se você está buscando pela verdade, se você sabe disso ou não, você é um sannyasin. Se você está pronto para abandonar todos os seus condicionamentos, você é um sannyasin. Se você medita e eleva sua consciência ao seu  potencial mais alto, você é um sannyasin. Não interessa de você sabe o significado da palavra ‘sannyasin’ ou não.

O siginificado antigo da palavra era, aquele que abandona o mundo em busca da verdade. Meu próprio significado é, aquele que vive no mundo mas ainda assim mesmo vai buscando pela verdade. Porque para onde você pode ir? Em todo o lugar é o mundo.

Eu não posso compreender anode essas pessoas estão indo, abandonando o mundo. Aos Himalaias? Lá também é parte do mundo, parte de nossa geografia. Onde essas pessoas vão encontrar um lugar for a do mundo?

Não há nada fora do mundo, e não há maneira de sair dele. A única maneira é ir para dentro de você mesmo, e aí sim você está fora dele. Se o mundo não está dentro de você – nenhum desejo, nenhum anseio, nenhuma vontade pelo poder – se todo esse absurdo desapareceu do seu mundo interior e ele é um pleno puro  vazio, você está fora do mundo. Esse é o único lugar quenão está no mundo.

Mas em relação ao seu corpo ele estará no mundo. Eu sempre fiquei imaginando onde é que essas pessoas estão indo, onde quer que elas vão, elas vão encontrar algum tipo de mundo.”

“…O velho sannyasin, o antigo conceito de sannyasin, está basicamente errado. Eu não lhe ensino a abandonar o mundo, Eu lhe ensino a viver no mundo mas não deixar o mundo viver em você. Seja uma folha de lótus na água – mas a água não pode tocá-la. Essa é a outra possibilidade, se nós quisermos que o mundo todo possa saborear algo de meditação; senão… o sannyas antigo não pode sobreviver. E isso é sem significado, porque você fica dependente das pessoas. Você era independente, você tinha seu próprio tempo. Mas essas pobres pessoas que abandonaram o mundo, todo seu tempo é perdido em pedir por coisas insignificantes, sendo rejeitados, sendo insultados, sendo humilhados, ouvindo, “Vá embora, vá para algum outro lugar.” Essas pessoas vinham em busca de dignidade e o que elas encontraram foi uma tremenda indignidade.”

Osho, Om Mani Padme Hum, Capítulo 29


Osho,
Bem, o que significará ser um sannyasin no futuro, deste dia em diante?

“Desta data em diante, ser um sannyasin simplesmente significará que ele está iniciado nas técnicas de meditação aqui, e que faz um compromisso consigo mesmo de que seguirá o caminho.

Mas, isso será individual, solitário. Ele será responsável por si mesmo. O sannyas não será uma coletividade, uma congregação.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3, número 9


“Sannyas simplesmente significa que eles aceitaram um caminho de meditação e uma vida de alegria e contentamento. É aceitar criar sua vida em felicidade. Assim, o sannyas é uma coisa totalmente diferente. Os sannyasins continuarão. Eu dispensei todos os símbolos externos dos sannyasins. Se eles quiserem mantê-los, isso é com eles. Da minha parte, eu dispensei. Eles não precisam de qualquer mala. Eles não precisam de roupas vermelhas. Tudo o que eu gostaria – o meu conselho para eles – é que se você é um sannyasin, a meditação é a única coisa essencial que você deve carregar.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3 – número 11


“Eu tirei dos sannyasins tudo o que fazia deles distintos. Eu lhes disse, ‘Agora, não é necessário usar roupas vermelhas. Todas as cores são nossas. Não há necessidade de usar um mala com minha foto, porque eu não sou seu salvador ou profeta ou mensageiro.’

Eu não tenho Deus algum para oferecer a você. Eu apenas posso lhe oferecer a ciência do conhecer a si mesmo. Assim, você simplesmente tem que entender que sou apenas um amigo, não mais que isso. Eu sou um entre vocês, por isso não há necessidade alguma de adoração e não precisa pensar em si mesmo como parte de uma coletividade. Vocês são todos indivíduos.”

Osho, The Last Testament, Vol. 3, número 12


“Eu tenho me esforçado para abandonar tudo o que é externo, de maneira que só o mais interno permaneça para você explorar.

Se não for assim, a mente humana é muito imatura… Ela começa a se agarrar a todos os símbolos externos. Isso aconteceu com todas as religiões no mundo.

Eu quero que meu povo compreenda isso claramente. Nem as suas roupas, nem as suas disciplinas externas, nem qualquer coisa que lhe tenha sido dado pela tradição e que você tenha aceitado como crença irá ajudar.

A única coisa que pode criar uma revolução em você é ir além da mente, para o mundo da consciência. Exceto isso, nada é religioso.

Mas para começar em um mundo que é muito obcecado pelas coisas externas, eu tive que começar o sannyas também com coisas externas. Mude suas roupas para laranja, use um mala e medite. Mas, a ênfase estava sempre na meditação.

Mas eu descobri que as pessoas podem mudar suas roupas muito facilmente, mas elas não conseguem mudar suas mentes. Elas podem usar o mala, mas elas não conseguem se mover para dentro de suas consciências. E porque eles estavam com roupas laranjas, usando um mala e tendo um novo nome, elas começaram a acreditar que elas haviam se tornado sannyasins.

O sannyas não é tão barato assim. Então, esse é o tempo e vocês estão maduros o bastante. Aquela fase inicial está terminada.

Eu não quero que meu povo esteja perdido em coisas não-essenciais. No começo era necessário. Agora, após anos me ouvindo, me compreendendo, vocês estão numa posição de se livrarem de todas as prisões externas. E pela primeira vez, vocês podem ser verdadeiramente sannyasins, somente se estiverem se movendo para dentro.”

Osho, The Last Testament, Volume 6, número 12


“O movimento sannyas não é meu. Ele não é de vocês.

Ele estava aqui quando eu não estava. Ele estará aqui quando eu não estiver.

O movimento sannyas significa simplesmente o movimento de buscadores da verdade.

Eles sempre estiveram aqui.

Sempre existiu uma fileira de buscadores da verdade. Eu chamo isso de sannyas. Isso é eterno. Isso é sanatan. Isso nada tem a ver comigo. Milhões de pessoas contribuiram para isso. Eu também contribuí com meu próprio compartilhar.

Ele continuará se tornando cada vez mais rico.

Quando eu tiver partido, haverá mais e mais pessoas chegando, e fazendo com que ele fique mais rico.

Um dia eu partirei. Isto não significa que o movimento sannyas acabará. Ele não pertence a ninguém.

Eu não posso lhe dar a verdade, mas posso lhe mostrar a lua… Por favor, não se apegue ao meu dedo que está lhe mostrando a lua. Este dedo desaparecerá; A lua permanecerá e a busca continuará. Enquanto houver um simples ser humano sobre a terra, as flores do sannyas continuarão desabrochando.

Primeiro, eu sou o único homem em toda a história que lhe deu individualidade. Os chamados gurus estiveram fazendo exatamente o oposto: eles estiveram tirando a sua individualidade. Todo o esforço deles era para que você se entregasse a eles. A sua função era apenas tocar-lhes os pés e receber as suas bênçãos. Meu esforço é totalmente diferente. Você não consegue receber qualquer bênção só por tocar os pés de alguém. Ao contrário, você está tornando aquele homem mais doente e egoísta.

O ego é o câncer da sua alma. Não torne ninguém doente. Tenha compaixão. Nunca toque os pés de ninguém…

Meu esforço é para tirar todas as tradições, ortodoxias, superstições e crenças de sua mente de modo que você possa alcançar um estado de não mente, o estado supremo de silêncio, onde nem mesmo um pensamento se move. Nem mesmo uma ondulação no lago de sua consciência.

E a coisa toda tem que ser feita por você. Eu não estou dizendo, ‘Siga-me simplesmente, eu sou o salvador. Eu salvarei você. ’ Tudo isso é repulsivo. Ninguém pode salvá-lo, a não ser você mesmo. E a independência espiritual é a única independência que merece ser chamada de independência.”

Osho, Last Testament, Vol. 6. número 14


“Você não pode se cobrir sob o manto da verdade. A verdade tem que ser despertada dentro de você. O sannyas nasce. Ele chega através da compreensão e com tal compreensão a real transformação acontece. Na medida em que nossa compreensão muda, a nossa visão muda e o nosso comportamento é transformado sem qualquer esforço.

O mundo permanece onde ele está, mas o sannyas gradualmente nasce dentro de nós. Sannyas é a consciência de que ‘Eu não sou o corpo’. Com este saber, a ignorância e os apegos dentro de nós são abandonados. O mundo estava do lado de fora e ele ainda continua lá, mas dentro haverá uma ausência de apegos a ele. Em outras palavras, não haverá mundo.”

Fonte:https://oshoemportugues.wordpress.com/osho-de-a-a-z/s/sannyas/

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