Rajastão meu amor
Para ficar com água na boca pra conhecer Jaipur a cidade rosa, Udaipur a cidade dos lagos, Jodhpur a cidade azul e Jaisalmer a Cidade Dourada...
Rajastão, a Índia que você vê na TV
"Um país enorme e multicultural. É difícil reduzir a Índia a alguns poucos e simples estereótipos. Já passamos por vilas budistas, montanhas nevadas, praias de clima tropical e metrópoles cosmopolitas. Todos estes lugares estrapolaram os adjetivos usados pelo senso comum para definir a terra das especiarias.
Sim, ela é cheia, bagunçada e barulhenta, mas também colorida, espiritual, rica em sabores e aromas. Em todos os lugares fomos surpreendidos por peculiaridades locais que em muito diferiam da ideia que nossas mentes ocidentais tinham do subcontinente.
Mas, se estereótipos nunca são totalmente verdadeiros, nem totalmente mentirosos, onde estava então aquela Índia que esperávamos encontrar desde que chegamos ao país? Onde estavam os elefantes e camelos, as mulheres que desfilam em seus saaris coloridos, as barraquinhas de rua que vendem temperos e tecidos, os encantadores de serpente, os palácios dos marajás, o deserto de clima quente o ano inteiro?
Não estavam por completo nem nas geladas montanhas do Himalaia, nem na ocidental Chandigarh ou na moderna Mumbai. O mais perto do estereótipo de Índia que você conhece por meio das telas da TV está no estado do Rajastão.
Cinco meses na Índia e eu ainda não sabia onde estavam os elefantes.
Não é à toa que a região é uma das preferidas dos diretores de cinema para retratar o país. Talvez você já tenha assistido o filme 007 contra Octopussy ou se lembre da novela Caminho das Índias, de Glória Perez. O que você viu ali não é a Índia por completo, é o Rajastão. Tanto, que o nome Juliana Paes não é tão estranho aos ouvidos dos vendedores de Jaipur.
Localizado no deserto do Thar e na fronteira com o Paquistão, o estado é famoso por ser casa dos Marajás e um dos destinos mais procurados por turistas estrangeiros em busca de belas paisagens, construções e da colorida cultura indiana.
Jaipur: Capital do estado, Jaipur é também conhecida como The Pink City, por causa da cor dos prédios da cidade. Algumas das principais atrações do estado estão localizadas nas redondezas, como o Amber Fort. Aqui também é o lugar onde você vai encontrar as melhores pechinchas de souvenirs para levar para casa. Reserve dois dias para conhecer a cidade.
Udaipur: Conhecida como The Lake City, ou a Veneza do Oriente, Udaipur é a cidade mais romântica da Índia. Construída à beira de três lagos, possuí um belíssimo pôr do sol e uma atmosfera meio hippie, cheia de turistas e ruas estranhamente limpas e calmas (para os padrões indianos, claro). Dois dias também bastam para conhecer a cidade, mas tem quem deseje ficar mais.
Jodhpur: A Cidade Azul ganhou este apelido por ter quase todas as construções desta cor, o que dá um belo efeito quando se observa a cidade do alto. A principal atração do lugar é o forte Mehrangarh, construído no século 16 e localizado no alto de uma colina. Também merece uma visita o mercado de rua da cidade, um dos mais incríveis da Índia.
Jaisalmer: Um dos destinos turísticos mais procurados do Rajastão, Jaisalmer, a Cidade Dourada, fica no meio do deserto do Thar. Lá é possível fazer safári de camelo, assistir o pôr do sol e até mesmo pernoitar em uma tenda no deserto. Há também templos, museus e outro forte, construído em 1156."
Fonte:https://www.360meridianos.com/2012/03/rajastao-india-voce-ve-na-tv.html
http://potirah.blogspot.com.br/2015/03/rajastao-meu-amor.html
Rajasthan (Rajastão)
Rajasthan, ou Rajastão em português, é um dos estados mais fascinantes e culturalmente ricos da Índia. É a terra fabulosa dos famosos marajás, ou maharajas – os “grandes reis”.
O nome “Rajasthan” literalmente significa “terra dos reis” e, até a época colonial britânica, tinha muitos reinos distintos aqui – cada um sendo o domínio de um marajá diferente. As cidades antigas do estado, com seus palácios opulentos e fortalezas impressionantes, atraem muitos turistas do mundo inteiro.
Apesar do fato que todos os diversos reinos poderosos dos marajás foram integrados na colônia britânica da Índia ao longo dos anos, os descendentes desses reis ainda são donos dos palácios ancestrais das suas antigas famílias reais. Alguns são atrações turísticas hoje em dia, enquanto outros foram convertidos em hotéis de cinco estrelas onde você pode passar umas noites – se o seu orçamento permitir!
Jaipur
Quem assistiu Caminho das Índias vai reconhecer a cidade de Jaipur, onde filmaram uma grande parte da novela brasileira. É conhecida como “a cidade rosa” pela cor característica dos edifícios da cidade antiga.
O enorme City Palace (“Palácio da Cidade”) é o palácio mais importante de Jaipur e a principal atração da cidade antiga. A fachada do Hawa Mahal(“Palácio das Brisas”), uma extensão do City Palace, é a mais icônica da cidade; a função original do edifício era permitir as mulheres da família real observar a vida da cidade sem serem vistas.
O Jal Mahal (“Palácio da Água”) é situado em uma ilha no meio de um lago; este é muito fotografado da orla do lago, mas é uma propriedade privada e não pode ser visitado.
O Jantar Mantar é um famoso observatório astronômico que o Maharaja mandou construir faz quase 300 anos.
Tem muitas fortalezas interessantes para visitar nos arredores de Jaipur. A mais impressionante é a Amber Fort, localizada a uns 10 quilômetros da cidade.
Jodhpur
A cidade de Jodhpur é conhecida como “a cidade azul”; muitas casas na sua cidade antiga são pintadas dessa cor.
Mehrangarh é o nome da fortaleza enorme que domina a cidade de Jodhpur. É a maior e mais impressionante fortaleza do estado de Rajasthan; nunca foi capturada em 500 anos de operação.
Udaipur
Udaipur é conhecida como “a cidade dos lagos”; os dois maiores são chamados Fateh Sagar e Pichola. Em uma ilha no meio do Lago Pichola está o Lake Palace (“Palácio do Lago”), que ficou muito famoso depois de aparecer em um filme de James Bond (Octopussy, em 1983). Hoje em dia, é um hotel de luxo.
O palácio principal da cidade é o Udaipur City Palace (“Palácio da Cidade de Udaipur”), um vasto complexo situado na orla do Lago Pichola e um dos principais pontos turísticos da cidade.
Jaisalmer
Jaisalmer é chamada “a cidade dourada” pela cor característica dos seus edifícios. Uma cidadezinha bem menor que as outras cidades famosas de Rajasthan, Jaisalmer é talvez a mais linda.
Diferente das outras fortalezas do estado, a fortaleza do Jaisalmer ainda “vive” – é cheia de moradias, lojas, hotéis, pousadas, e mais, tudo dentro de suas muralhas.
Jaisalmer é localizada no meio do deserto, longe das outras cidades do estado. Muitos turistas fazem um “camel safari” (“safári de camelo”) de 2-7 dias no deserto ao redor da cidade. Tem muita variação na qualidade desses safáris; procure indicações de guias ou empresas confiáveis antes de comprar.
Pushkar e Ajmer
Pushkar é famosa pela feira de camelos que acontece na cidade durante cinco dias cada novembro. A feira atrai comerciantes do estado inteiro de Rajasthan, que vêm para comprar e vender camelos, cavalos, burros, e outros animais – e também atrai turistas do mundo inteiro, que vêm para acompanhar o espetáculo.
Os turistas também visitam a cidade de Pushkar o ano inteiro para ver os seus templos e o seu lago. O templo mais famoso de Pushkar é um templo de Brahma – um dos únicos templos no país dedicado a este importante deus hindu.
A cidade de Ajmer é muito perta de Pushkar, mas muito menos turística e com um caráter completamente diferente. No centro da cidade é o Dargah, um importante lugar de peregrinação para os muçulmanos indianos. Ajmer também é uma ótima opção para hospedagem quando a multidão chega a Pushkar para a feira de camelos, com mais quartos disponíveis a preços mais razoáveis.
Outros destinos em Rajastão
Uma das fortalezas mais impressionantes de Rajastão (e da Índia) é o de Chittorgarh.
Ranthambore National Park é um dos diversos parques nacionais na Índia onde é possível ver tigres selvagens.
Bikaner é uma alternativa a Jaisalmer para quem quiser conhecer o deserto de Rajastão em uma cidade menos turística. Como Jaisalmer, Bikaner tem um forte famoso e a possibilidade de fazer “safári de camelo”. O famoso “Templo dos Ratos” é outro destino turístico que está localizado não muito longe da cidade.
Com uma fortaleza impressionante e casas pintadas de azul como as de Jodhpur, Bundi é outra cidadezinha que é popular entre turistas em Rajastão.
Mount Abu é uma cidade pequena nas montanhazinhas (Aravali Hills) do sul de Rajastão – é um destino muito popular entre turistas indianos no verão, quando tem temperaturas mais agradáveis que o resto da região.
O delicadamente ornamentado templo jainista de Dilwara é uma grande atração que se encontra bem perto de Mount Abu. (Saiba mais sobre essa religião indiana pouco conhecida.)
Outro lindo templo jainista em Rajastão pode ser visitado na cidade de Ranakpur.
Com muitas lindas casas tradicionais (havelis), a região de Shekhawati é um lugar para sair da rota turística – apesar de não estar localizado muito longe de Délhi e Jaipur.
Fonte:http://tudoindia.com.br/rajasthan/
Roteiro de lugares obrigatórios a visitar no Rajastão | Índia
O Rajastão é um dos lugares mais maravilhosos da Índia, um estado fascinante e riquíssimo do ponto de vista histórico e cultural. Terra de Marajás, fortes e palácios encantadores, danças e saris coloridos, festivais, bazares com cheiros intensos, o Rajastão é um dos principais destinos de viagem na Índia. Para quem deseja viajar na Índia, visitar o Rajastão é quase obrigatório. Deixamos-lhe aqui 15 lugares obrigatórios a visitar no Rajastão.
1. JAIPUR
Jaipur é a capital do Rajastão e a porta de entrada da maioria dos turistas que visitam este estado indiano. Cidade moderna e grande, no centro histórico de Jaipur, a chamada “Cidade Cor-de-Rosa”, abundam bazares coloridos, com especiarias, saris, sandálias e objectos em pele, jóias, pedras preciosas e bujigangas que fazem as delícias dos visitantes mais consumistas. Perder-se nos bazares faz parte de qualquer viagem a Jaipur mas a cidade tem muito mais para oferecer, tal como o Palácio da Cidade, o Jantar Mahal (observatório astronómico) ou o Palácio da Água a alguns quilómetros do centro. Para saber o que visitar em Jaipur veja este artigo.
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2. AMBER
A 11 km de Jaipur fica Amber, com o seu forte imponente e magistral. Este palácio-fortaleza foi a sede da capital do Rajastão até ao século XVIII, até que passou para Jaipur mas Amber nunca perdeu ligações à nobreza do Rajastão. Para além do magnífico palácio-fortaleza, cheio de portas ornamentadas, templos e salões, há mais para ver em Amber, tal como o forte da cidade e os seus belos jardins no Kesar Kyari Bagh.
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3. JAISALMER
Uma das cidades mais encantadoras do Rajastão, Jaisalmer é a porta de entrada para descobrir e explorar o deserto de Thar. A cidade velha fortificada está cheia de palácios, havelis, templos e pequenos bazares. Outrora um interposto importante na Rota das Caravanas de ópio, da seda e especiarias, Jaisalmer sobreviveu a saqueadores, soberanos e reviravoltas políticas. Rodeada por deserto, o forte de Jaisalmer é um dos mais belos do Rajastão mas há mais para ver, tal como o mercado de Manik Chow, o palácio de Badal Vilas, o lago Gadisagar, e algumas belas havelis espalhadas pela cidade. Para saber o que visitar em Jaisalmer veja este artigo.
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4. DESERTO DE THAR
Uma das melhores experiências que pode ter no Rajastão é explorar o Deserto do Thar. Um passeio no deserto, de camelo ou de jipe, é fácil de organizar, quer a partir de Jaisalmer como de Bikaner (embora mais fácil e mais barato de Jaisalmer). O ideal é passar uma noite no deserto, desfrutando da noite estrelada e da amabilidade da população que ali vive em pequenas aldeias.
5. JODHPUR
O magnífico forte de Mehrangarh domina a cidade de Jodhpur, a Cidade Azul, e uma das mais belas do Rajastão. O Forte de Mehrangarh tem motivos suficientes para lhe ocupar quase um dia de visita mas a cidade tem muito mais para oferecer, tal como os fervorosos bazares, especialmente o Bazar de Sardar, o memorial de mármore de Jaswant Thada, o Palácio de Umaid Bhavan, agora um hotel e onde pode passar a noite por menos de 100€/noite. É uma bela cidade para se descobrir as ruas e vida do Rajastão. Para saber o que visitar em Jodhpur veja este artigo.
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7. PUSHKAR
Pushkar é uma pequena cidade no Rajastão, com mais de 400 templos à volta e um lago que, segundo a lenda foi criado por pétalas que caíram das mãos do Deus Brama. É uma bela cidade para se sentir o Rajastão, com bazares coloridos e característicos, templos vivos, onde a população devota partilha momentos de fé, e ghats cheios de peregrinos que ali procuram um banho purificador. Nos meses de Outubro e Novembro, a cidade ganha uma vida nova quando se dá a Feira Anual de Camelos que atrai vendedores e compradores de todo o Rajastão.
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9. UDAIPUR
Udaipur é frequentemente uma das cidades que mais encanta quem visita o Rajastão. A paixão é fácil. O lago Pichola serve de cenário a um conjunto de palácios, havelis, templos e bazares. O Palácio da Cidade é um dos mais bonitos do Rajastão e pode inclusive fazer como nós e, por menos de 80€/noite, alojar-se ali. O Palácio do Lago, magnífico e incrivelmente romântico, exige um maior rigor orçamental já que custa cerca de 400€/noite (não é para todos mas será certamente para alguns). Udaipur é provavelmente a melhor cidade do Rajastão para se sentir um verdadeiro marajá, já que pode alojar-se no que para nós foi o melhor hotel da Índia, uma antiga haveli tradicional, recuperada e com vista sobre o lago e sobre os palácios da cidade e sentir-se dentro de um cenário romântico todos os dias. Para saber o que visitar em Udaipur veja este artigo.
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10. BUNDI
Bundi é, para nós, a pérola mais preciosa do Rajastão. Bundi é uma pequena localidade, a oeste de Udaipur e que conserva o mais belo e extraordinário palácio-fortaleza do Rajastão. O seu interior tem o que são as mais belas e melhor preservadas pinturas que vimos na Índia, com frescos magistrais, feitos em cores vivas, dominando os azuis e verdes. Há salas com pinturas feitas a ouro que deixam sem palavras qualquer visitante. Bundi tem tudo o que podemos procurar no Rajastão, simpatia, hospitalidade e tranquilidade. Para além do palácio da cidade, há outros junto ao lago Naval Sagar, assim como templos, poços em escadas e uma bela cidade velha, caiada de azul que rivaliza (e a nosso ver até vence) com Jodhpur. Procure um bom alojamento mas não perca a oportunidade de se alojar com a melhor vista sobre o forte se tiver quartos disponíveis neste hotel.
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11. BIKANER
Bikaner é uma das cidades menos visitadas do Rajastão mas uma das que mais merece uma visita. Paredes meias com o deserto de Thar, as estradas de Bikaner são divididas pelos riquexós, motas, carros e carroças puxadas a camelo. Com um magnífico forte, bem preservado e cuidado, Bikaner tem uma excelente cidade-velha, com ruas cheias de havelis, belos templos jainistas e hindus e até um centro de investigação de camelos. A poucos quilómetros da cidade fica o Templo dos Ratos, um dos maiores choques culturais que terá na Índia, mas que vale a pena visitar. Para saber o que visitar em Bikaner veja este artigo.
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12. RANAKPUR
Ranakpur é uma das cidades mais importantes para os Jainistas já que é aqui que se encontra o magnífico Templo de Adinath, num complexo de templos. Este templo de mármore, com 1444 pilares é uma jóia arquitectónica diferente de tudo o que se pode ver no Rajastão. O templo impressiona mas para o visitar há que ter atenção já que são muito rigorosos na entrada. Pode ver as nossas dicas aqui.
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13. CHITTOGARH
Chittogarh é uma cidade muralhada com uma forte presença histórica em cada canto e recanto da sua fortaleza. Imponente, a fortaleza está sobranceira à cidade, dominando ao longe o planalto circundante. No interior da fortaleza de Chittogarh há templos jainistas e hindus, palácios em ruínas, reservatórios de água e torres maravilhosamente esculpidas. Uma cidade para descobrir.
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14. KUNBHALGARH
As muralhas do forte de Kunbhalgarh impressionam ainda antes de lá chegarmos. Serpenteiam por dezenas de quilómetros as montanhas, terminando num forte imponente, rodeado por templos hindus, jainistas e floresta tropical. A maioria da população visita Kunbhalgarh a partir de Udaipur, que foi também o que nós fizemos, mas o ideal é ficar lá alojado já que é necessário bastante tempo para explorar o forte, os templos e os palácios da cidade.
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15. AJMER
Ajmer é uma das mais importantes cidades muçulmanas do Rajastão, fruto da presença do santuário Dargah Sharif. Este é um complexo religioso muçulmano, com túmulos, mesquitas de mármore e bazares. Mas há mais para explorar em Ajmer, tal como a Cabana dos Dois Dias e Meio, a tradução literal de Adhai Din ka Jhonpra, um complexo de mesquitas em ruínas, o Templo de Nasiyan, o Museu do Rajastão, o lago Anasagar e o Forte de Taragarh.
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Fonte:
https://www.viajarentreviagens.pt/india/lugares-obrigatorios-visitar-no-rajastao/
https://www.viajarentreviagens.pt/india/lugares-obrigatorios-visitar-no-rajastao/
O Deserto de Thar no Rajastão
Relato de viagem: três brasileiros pela Índia
O deserto de Thar, no Rajastão, uma boa surpresa. Depois de curtirem Udaipur (leia a respeito), Chico, Melina e Barão alugaram um carro com motorista para ir até Jodphur, Jaisalmer e Pushkar, outras cidades particularmente interessantes da região. Essa é a melhor maneira de se percorrer o Rajastão fora de uma excursão. O aluguel do veículo, muito barato quando é contratado lá, já inclui a gasolina e o serviço do motorista, indispensável numa região onde muita gente não fala inglês e onde, em alguns cruzamentos em pleno deserto, só há placas no idioma local; o estrangeiro não consegue entender nem o alfabeto!
A caminho de Jodphur, pararam em Ranaktiphur, onde há um grandioso templo jainista no meio de um jardim.. Os jainistas são uma seita pacifista e para eles, matar qualquer ser vivo é abominável. Por isso mesmo, não se pode entrar com nada de couro no interior de seus templos.
A caminho de Jodphur, pararam em Ranaktiphur, onde há um grandioso templo jainista no meio de um jardim.. Os jainistas são uma seita pacifista e para eles, matar qualquer ser vivo é abominável. Por isso mesmo, não se pode entrar com nada de couro no interior de seus templos.
Mapa do Rajastão
Jodhpur
Quando chegaram a Jodhpur, oito horas depois (ufa!), já no final do dia, foram direto visitar o forte, principal atração da cidade. Construído pelos mongóis no alto de uma colina, o forte era considerado inexpugnável no passado. Do alto de suas muralhas, pode-se ver parte do deserto e a cidade, que tem muitas de suas casas pintadas num tom azul leitoso, incomum em outros lugares do país. Mas isso se explica: em Jodhpur, os brâmanes moram em casas azuis.
O deserto de Tahar, no Rajastão
Prosseguindo no dia seguinte a viagem para Jaisalmer, notaram que, enquanto a região entre Udaipur e Jodphur, mesmo sendo árida, tem alguma vegetação e plantações irrigadas, agora a estrada avançava por um deserto pedregoso, o Tahar. O percurso tomou quase seis horas, mas nossos três quase incansáveis viajantes foram recompensados pela chegada à majestosa Jaisalmer, no alto de um platô e rodeada de poderosas muralhas. Parecia imagem saída de um filme!
Jaisalmer, uma cidade medieval em pleno deserto
Jaisalmer, cidade, do século XII, tem traçado medieval, e a impressão que dá é que seu povo ainda vive na Idade Média, vendendo coisas na rua, pastoreando cabras e tocando camelos. Melina, Barão e Chico se sentiram voltando no tempo.
Jaisalmer já foi um rico entreposto comercial, parada obrigatória das caravanas de camelos que atravessavam o Rajastão levando mercadorias de Delhi para o porto de Gujurat. A construção de linhas férreas provocou a decadência da cidade, que ficou esquecida no tempo até ser, recentemente, descoberta pelo turismo. Embora mal conservada, Jaisalmer tem ruas estreitas, passagens cobertas ligando as construções e uma arquitetura de tirar o fôlego, com palácios, templos, tudo feito com a mesma pedra amarelada.
Video sobre o Rajastão
Havelis
A maioria desses palácios, chamados de havelis, foi abandonada pelos seus proprietários, ricos senhores que no passado controlavam as caravanas de camelo. A riqueza das fachadas é inacreditável: até as treliças, que você jura ser de madeira, são de pedra! (Explica-se: o platô onde foi construída a cidade de Jaisalmer é todo de pedra calcária, fácil de ser esculpida…)
Uma dica de hospedagem
- Barão aconselha quem for visitar Jaisalmer a hospedar-se na parte da cidade que fica dentro das muralhas, a mais interessante, onde há vários pequenos restaurantes. Ele se recorda da vista do terraço de um deles, de cozinha italiana: “Dá para entender a cidade, ver onde ela começa e termina, e o panorama do deserto é incrível”.
As vacas sagradas
Percorrer as ruas de Jaisalmer pode ser emocionante. Foi lá que o cético Chico, pela primeira vez na vida, bateu de frente com o sagrado. Não, ele não virou guru nem mago. Foi algo mais concreto: estavam pela rua quando uma vaca veio na direção deles e investiu contra Chico. Nada grave, mas doeu; afinal, chifradas sempre doem um pouco…
Melina explica que a presença das vacas em Jaisalmer obrigou-os a viver em um estado de permanente atenção. “Nas ruelas, o animal ocupa toda a largura da via e quase não sobra lugar para você passar”.
Jaisalmer
Viajantes se deparam com uma curiosa loja chamada Bang Shopping, que vende produtos à base de haxixe (um tipo de Cannabis sativa): bolachas, chocolate, chá, iogurte, etc. Trata-se de um comércio aparentemente legalizado, que fornece um atestado que (dizem os proprietários do estabelecimento…) permite transportar seus produtos pelo país. Legal, talvez, mas talvez também não muito saudável… Os três contam que um francês que conheceram lá havia comido algumas dessas bolachas. Ficou para lá de Marrakesh!
Ajmer
A etapa seguinte foi Ajmer. Ignorando, dessa vez, nossos conselhos, os três tomaram um ônibus, achando que seria mais rápido que o carro. De fato, os ônibus, na Índia, às vezes bem velhos, soltando parafusos, em geral correm como loucos, mais do que os carros de aluguel. Chegaram à rodoviária meia hora antes da hora da partida, tomaram seus assentos e tudo parecia muito tranqüilo: o veiculo estava quase vazio.
Porém, uns cinco minutos antes do ônibus sair, os passageiros começaram a chegar repentinamente e ocuparam cada vão livre. Devido à distância e às incontáveis paradas no caminho, a viagem demorou dez horas. Para eles, foram horas intermináveis, com o ônibus lotado, passageiros em pé, odor de transpiração, crianças chorando e bancos desconfortáveis em um veículo de suspensão dura, que os fazia sentir na carne cada buraco da estrada.
Exaustos, nossos amigos chegaram a Ajmer às três da manhã. “A Ajmer” é modo de dizer: o ônibus os deixou na estrada, longe do centro da cidade. Mas auto-rick-shaws já esperavam os passageiros que desembarcariam de madrugada. É incrível, a Índia funciona! Ou quase. Por falta de opção em razão do horário, eles foram parar em uma espelunca. Trocaram de hotel na manhã seguinte.
Ajmer não tem muito atrativos; é uma base para se visitar a cidade sagrada de Pushkar, bem perto dali, onde existe um famoso templo bramânico. Em Pushkar, a alimentação é exclusivamente vegetariana, o álcool é proibido e há até placas na entrada alertando sobre as restrições. Assim que se instalaram, os três saíram para passear, contentes por escapar do trânsito e da poluição de Ajmer. Formada por apenas duas ou três ruas circulares em volta de um lago, a pequena Pushkar é sede, em algumas épocas do ano, de celebrações religiosas que atraem peregrinos da Índia inteira e de gigantescas feiras de camelos por onde circulam mercadores vindos de diversas cidades do Rajastão. Como Pushkar não tem acomodação para tanta gente, peregrinos e comerciantes armam sua tendas em volta da cidade.
Pushkar
Os três observaram que, talvez por causa da presença cada vez maior de viajantes ocidentais, a proibição do álcool em Pushkar não é muito levada a sério. O dono de um lugar onde pararam para comer para comer uma pizza (segundo o Barão, deliciosa) foi logo anunciando que, se quisessem, poderiam tomar cerveja. “Mas não é proibido? ” O indiano explicou: “It s black market… ” (“É mercado negro… “). Ah, bom…
Em Pushkar não circulam carros, todo mundo anda a pé. Isso agradou ao nossos amigos, que puderam flanar tranqüilamente e curtir a energia da Índia, sem se sentirem sufocados como nas grandes cidades. Essa característica de Pushkar, somada à beleza de seu lago, atrai muitos estrangeiros de tendências mais alternativas. Melina notou que muitos deles haviam alugado casas e estavam dispostos a passar uma temporada por lá. Os três lamentaram não terem se hospedado em Pushkar.
Jaipur
Depois da péssima experiência da viagem de ônibus até Jaisalmer, Melina, Barão e Chico caíram na real e alugaram um carro com motorista para ir, por 30 dólares, até Jaipur, a capital do Rajastão. Como o que tinham alugado antes, o veículo era um Ambassador, modelo compacto inglês de quatro portas, criado na década de 1960, que funciona a óleo diesel. Apesar de antiquado e pesadão, esse carro dificilmente quebra e é espaçoso por dentro. Mais uma vez, eles viram que a dificuldade de locomoção na Índia não é brincadeira: para percorrer 180km, levaram quatro horas!
Em Jaipur tiveram uma experiência diferente, ficando num pequeno palácio de uma família de casta nobre que habitava uma ala da casa e recebia alguns hóspedes em outra.
Em Jaipur tiveram uma experiência diferente, ficando num pequeno palácio de uma família de casta nobre que habitava uma ala da casa e recebia alguns hóspedes em outra.
Um jantar refinado
A noite seus anfitriões os convidaram para um show. O ingresso, de quinze dólares, incluía também um jantar. O evento era organizado por uma inglesa, que recolhia doações para a restauração de palácios e templos. Pelo trato, perceberam que os convidados eram quase todos indianos de uma burguesia sofisticada, de educação britânica, um tipo de gente diferente da que haviam conhecido até então. O jantar, é claro, foi refinado.
O trânsito louco de Jaipur
A circulação louca de Jaipur e a barulheira foram compensadas pelas atrações da cidade, sobretudo o Forte de Amber. De arquitetura mongol, ele fica no topo de uma colina em cuja encosta há um lago. A vista do alto é espetacular e, aliada à bela arquitetura, faz desse forte, juntamente com o de Jodphur e o de Agra, um dos mais interessantes do país. A subida pela rampa até o forte pode ser feita de elefante, como faziam os marajás. (O povão subia a pé mesmo!). Nossos amigos pagaram, cada um, dez dólares por esse luxo, e ficaram impressionados com os detalhes da decoração do interior do forte e com o enorme número de macacos soltos, fato comum em templos, fortes e palácios do país.
Jaipur é um ótimo lugar para comprar bijuterias de prata e pedras semipreciosas e artigos de decoração. Isso não passou despercebido pelos três viajantes, que ficaram admirados com a quantidade, a riqueza e a variedade das peças encontradas nas lojas. Melina notou que, embora muitos artigos fabricados em uma cidade possam ser também encontrados em outros lugares da Índia, nem sempre isso é possível. Algo que você deixou de comprar em Jaipur, talvez não encontre em Delhi.
Fonte:http://manualdoturista.com.br/o-deserto-de-thar-no-rajastao/
RAJASTÃO E SUA HISTÓRIA
O Rajastão é o maior Estado da Índia em área. A capital é Jaipur e as línguas oficiais são o hindi e o rajastani. Boa parte (cerca de três quintos) do Estado é coberta por terras desérticas, nomeadamente o Deserto de Thar.
Além de uma fronteira com o Paquistão a oeste, noroeste e norte, o Rajastão tem limites com os Estados do Punjabe a norte, Haryana e Utar Pradexe a nordeste, Madia Pradexe a sudeste e Gujarate a sudoeste. Algumas das principais cidades do Estado são Ajmer, Bikaner, Jodhpur e Kota.
História
A Civilização do Vale do Indo, uma das primeiras e mais antigas do mundo, abrangia partes do que hoje é o Rajastão. Kalibangan, no Distrito de Hanumangarh, foi a maior capital provincial da Civilização do Vale do Indoe hoje faz parte do Paquistão. Acredita-se que os Sátrapas Ocidentais (405-35 a.C.) eram governantes Sacas da parte ocidental da Índia (Saurashtra e Malwa: as modernas Gujarat, Sindh do Sul, Maharashtra e Tajastão). Eles foram sucessores dos indo-citas e contemporâneos aos cuchãs, que governaram a parte setentrional do subcontinente indiano. Os indos-citas invadiram a área de Ujjain e estabeleceram a Era Saca (com seu calendário, marcando o início de um longo e duradouro Estado Saca dos Sátrapas Ocidentais. Matsya, um estado da Civilização védica da Índia, correspondeu ao antigo estado de Jaipur, no Rajastão, e incluía toda a parte de Alwar com porções de Bharatpur.A capital de Matsya era Viratanagar (atual Bairat), e seu nome teria correlação com o seu fundador rei Virata.
Tradicionalmente os Meenas, Gurjars, Bhils, Rajputs, Rajpurohit, Charans, jates, Yadavs, Bishnois e outras tribos deram grandes contribuições na construção do estado de Rajastão. Todas essas tribos passaram por grandes dificuldades em proteger sua cultura e terra. Milhõesforam mortos tentando proteger suas terras. Um grande número de Gurjar foram exterminados nas áreas de Bhinmal e Ajmer lutando contra invasores. A tribo Bhil já governou Kota e Meenas foram governantes das regiões de Bundi e Dhundhar.
Os Gurjar governaram muitas dinastias nessa região, tanto que ela era conhecida como Gurjaratra.Até o século X toda Índia do Norte, excetuando Bengala, conhecia a supremacia dos Gurjar com o seu centro de poder em Kannauj.
O Império Pratiara atuou como barreira contra as invasões árabes dos séculos VIII ao XI. O sucesso do império reside no sucesso de resistir as invasões do ocidente, começando no período de Nagabata I. O historiador Ramesh Chandra Majumdar afirma que esse fato é amplamente conhecido entre os escritores árabes. Ele aponta que historiadores da Índia se perguntavam qual teria sido a razão para o lento avanço do Islamismo na Índia, quando comparado ao seu rápido avanço em outras partes do mundo. Agora há poucas dúvidas que foi o poder do exército do Império Pratiara que, efetivamente, barrou o progresso do avanço árabe além de Sind, sua primeira conquista em 300 anos.
As primeiras contribuições deixadas pelas antigas tribos foram ignoradas e esquecidas pela história, devido ao grande valor demonstrado por certos clãs específicos nos anos posteriores. Com isso, antigos atos de bravura acabaram caindo no esquecimento
O Rajastão moderno inclui a maior parte de Rajputana, que foi composta por 19 principados, 2 chefias principais e o distrito britânico de Ajmer-Merwara.Marwar (Jodhpur), Bikaner, Mewar (Udaipur), ALwar e Dhundhar (Jaipur) foram alguns dos principados Rajput. Bharatpur e Dholpur foram principados jates, enquanto que Tonk foi um principado sob o domínio Muçulmano Nababo. Famílias Rajput só ganharam grande notoriedade a partir do século VI d.C. Os Rajput fizeram grande resistência frente as invasões islâmicas e protegeram suas terras com guerras e intrepidez por mais de 500 anos. Eles também resistiram as incursões Mogóis na Índia e, além disso, contribuíram para o seu antecipado e lento acesso ao Subcontinente indiano. Posteriormente, após aprimoramentos nas táticas de guerra, os Mogóis conseguiram subjugar os povoados do norte da Índia, incluindo o Rajastão. Destaque para a Mewar, que liderou outros reinos na resistência da invasão Mogol. O feito mais notável é o de Rana Sanga em sua luta na Batalha de Khanua contra Babur, o fundador do Império Mogol.
Samrat Hem Chandra Vikramaditya, imperador Hindu, também conhecido como Hemu na história da Índia, nasceu na vila de Machheri no Distrito de Alwar em 1501. Ele ganhou 22 batalhas contra os Afegãos, de Punjabe até Bengala, e derrotou as forças de Akbar duas vezes em Agra e Deli em 1556, antes de subir ao trono de Deli e estabelecer "Hindu Raj" na Índia do Norte, embora de curta duração, a partir da fortaleza Purana Quila em Deli. Ele foi morto na Segunda Batalha de Panipate.
Maharana Pratap de Mewar resistiu Akbar na famosa Batalha de Haldighati (1576) e depois operou das áreas montanhosas de seu reino. Os Bhil foram os principais aliados de Maharana durante o período de guerra. A maior parte desses ataques foram repelidos, apesar dos Mogóis estarem em menor número em todas as guerras travadas entre eles. A Batalha de Haldighati foi lutada entre 10,000 Mewaris e 100,000 das forças Mogóis (incluindo muitos Rajputs como Kachwaha de Dhundhar).
Ao longo dos anos os Mogóis começaram a ter disputas internas, o qual os distraiam enormemente de tempos em tempos. O Império Mogol continuou enfraquecendo e com o seu declínio no século XVIII, Rajputana aceitou a suzerania dos Marathas, até estes serem substituídos pela Companhia Britânica das Índias Orientais no início do século XIX.
Seguido pela sua rápida derrota, os reis Rajput fecharam acordos com os britânicos no início do século XIX, aceitando a sua suzerania e controle dos assunstos externos em troca de sua autonomia interna.
Fonte:Wikipédia
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