EXPLORANDO O CONHECIMENTO AYURVÉDICO SOBRE ALIMENTAÇÇÃO, CULINÁRIA, DIETA E SAÚDE: SOLUÇÕES INOVADORAS PARA EQUILÍBRIO METABÓLICO E LONGEVIDADE

 

O Que é a Culinária e Nutrição Ayurveda

com Rafaela Kiska, nutricionista

Descubra o poder da sabedoria ayurvédica para uma alimentação consciente e transforme sua vida para melhor.

 


O Que é a Culinária e Nutrição Ayurveda

com Rafaela Kiska, nutricionista

Descubra o poder da sabedoria ayurvédica para uma alimentação consciente e transforme sua vida para melhor.

O método Ayurveda é uma tradição milenar oriental que valoriza a alimentação como um dos pilares da saúde e do bem-estar. Com suas técnicas de análise do perfil individual, é possível identificar os desequilíbrios e as necessidades específicas de cada pessoa, orientando-a a escolher alimentos adequados para seu tipo físico e estilo de vida.

Segundo a Ayurveda, cada indivíduo é único e possui uma constituição física e mental específica, chamada de dosha.

alimentação ayurvédica busca equilibrar os doshas através da escolha adequada dos alimentos, considerando suas propriedades e efeitos no organismo.

dieta ayurvédica enfatiza a importância de alimentos frescos, naturais e sazonais, evitando produtos processados, aditivos artificiais e alimentos industrializados.

Além disso, a alimentação ayurvédica presta atenção à forma como os alimentos são preparados e combinados. A digestão é considerada um processo vital, e o Ayurveda destaca a importância de uma digestão saudável para a saúde geral. Para isso, são utilizadas especiarias e ervas aromáticas para melhorar a digestão, como gengibre, cominho, coentro, açafrão, entre outras.

BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO AYURVÉDICA

Ao seguir o método Ayurveda para uma alimentação saudável e equilibrada, você pode:

• Prevenir doenças e fortalecer seu sistema imunológico
• Aumentar sua vitalidade e disposição
• Melhorar a qualidade do sono e do humor
• Reduzir o estresse e a ansiedade
• Controlar o peso e a digestão
• Desfrutar de uma alimentação saborosa e prazerosa

Não perca a oportunidade de transformar sua vida unindo a visão da Nutrição tradicional + Ayurveda!

Fonte:https://careclub.com.br/content/o-que-e-a-culinaria-e-nutricao-ayurveda/

A medicina Ayurveda acredita que o alcance da saúde está em conhecer a característica de cada indivíduo e trabalhar neste contexto corpo, alma e mente.

O que é a Ayurveda?

Ayurveda é uma ciência da vida, é um sistema medicinal natural, mais do que isso é um estilo de vida desenvolvido a mais de 8 mil anos pelos indianos, que procura trabalhar corpo e mente juntos para manutenção e tratamento da saúde, uma das medida é a dieta ayurveda.

De acordo com esta ciência, o corpo e a mente trabalham juntas, influenciando reciprocamente, tanto positiva quanto negativamente. Para um tratamento ayurvédico, não basta saber os sintomas, para haver a cura é necessário investigar áreas específicas, o médico ayurvédico tem uma abordagem holística, considerando o estivo de vida, atrelado a alimentação e o seu dia-a-dia.

A medicina ayurveda é baseada nos elementos terra, ar, água, fogo e espaço. Esses elementos são chamados de Os Três Doshas.

O que são os Doshas
O que são os Doshas

Oque são os Doshas da Dieta Ayurveda

A medicina ayurveda desenvolve uma harmonia com nossos ambientes interno e externo. Ela considera que a saúde e a doença são resultados desta harmonia, pois nossas crenças, percepções, pensamentos e sentimentos, assim como todas as ações, influenciam em nosso equilíbrio entre o interno e o externo.

Esse equilíbrio se dá através dos Doshas PITTA, VATA E KAPHA, os doshas devem estar em harmonia, o que dificilmente acontece. Uma das maneiras de harmonizar os doshas é com uma alimentação adequada e acompanhamento de um médico ayurveda.

Um breve apontamento de como a alimentação pode auxiliar na harmonização dos doshas e suas características.

1 – Dosha Pitta composto pelos elementos fogo e água.

Este dosha Pitta na ciência ayurveda é considerado a energia responsável pela digestão seja dos  alimentos ou das ideias, isso pode acontecer no nível físico ou intelectual. Este dosha é o mais importante na dieta ayurvédica, ele é representado pelos elementos fogo e água.

As pessoas do tipo Pitta são geralmente atléticos, motivados, competitivos e intensos. Suas características físicas incluem ter a pele vermelha, quente e apresentar sardas, o cabelo pode ser loiro, ruivo e fino, geralmente as pessoas em Pitta adoram estações e ambientes frios.

Uma pessoa com o dosha Pitta em desequilíbrio pode apresentar maior probabilidade de irritação, raiva e impaciência, por outro lado quando em equilíbrio apresenta traços fortes de inteligência, liderança e coragem.

Os sabores indicados para harmonizar são doce, amargo e adstringente.

Os sabores que devem ser evitados são ácido, picante e salgado.

Isso significa que em desequilíbrio, a pessoa pode ter problemas intestinais, que muitas vezes são agravados com o consumo de alimentos apimentados.

2 – Dosha Vata composto pelos elementos ar e espaço.

Este dosha Vata na ciência ayurveda é considerado a energia responsável por movimento. Estamos falando tanto no movimento do corpo, quanto dos pensamentos e sensações, representando todos os sistemas principais do corpo, são eles circulatório, nervoso e respiratório.

As qualidades do dosha Vata são leves, frias, ásperas, secas e mutáveis. As pessoas predominantes em Vata são naturalmente magras, com ossos longos e finos, com olhos escuros e pequenos. São pessoas que adoram o clima quente e possuem uma facilidade em fazer amigos.

Uma pessoa com o dosha Vata em desequilíbrio pode apresentar maior propensão a ansiedade, insegurança e medo,  por outro lado quando em equilíbrio a pessoa é mais alegre, criativa e espontânea.

As pessoas com dosha predominante Vata levam a vida com rotinas e disciplinas para suas atividades, gostam de atividades relaxantes e acolhedoras.

É importante para as pessoas em Vata ter um horário de sono e alimentação regrados.

Quando o equilíbrio é desestabilizado, pessoas com predominância Vata se apresentam agitadas e ansiosas, frequentemente falam em excesso e são incoerentes. Apresentam quadro de prisão de ventre e estresse, nestes casos deve-se prestar atenção ao sistema imunológico.

Os sabores indicados para harmonizar são doce, ácido e salgado.

Os sabores que devem ser evitados são amargo, picante e adstringente, sendo que os alimentos secos e leves devem ser deixados de lado, quando seu dosha Vata estiver em desequilíbrio.

3 – Dosha Kapha é composto pelos elementos terra e água.

Este dosha Kapha na ciência ayurveda é considerado a energia responsável pela estrutura e coesão, mantem os fluídos corporais que lubrificam o corpo.  Kapha é representado pelos elementos terra e água, características principais frio, pesado, lento e úmido. 

As pessoas com dosha predominante Kapha tem o corpo mais firme, pele macia e lisa, olhos grandes, cabelo forte e brilhante.

Quando estão em desequilíbrio, as pessoas predominantemente Kapha apresentam tristeza, depressão e frequentemente sofrem de sobrepeso.

Quando estão em equilíbrio são mais amorosas, cuidadosas e pacientes.

As pessoas predominantemente Kapha levam a vida com mais ação, gostam de fazer coisas diferentes e preferem uma alimentação mais leve com temperos quentes. Além disso gostam de estar rodeados de boas companhias.

Os sabores indicados para harmonizar são picante, amargo e adstringente.

Deve-se evitar sabores como doce, salgado e ácido.  

As pessoas podem possuir mais de um ou os três doshas, o que geralmente acontece quando estão em desequilíbrio é que um se sobrepõe ao outro. Manter uma alimentação regrada é a maneira de manter o equilíbrio entre eles.

A medicina ayurvédica leva em conta o efeito que os alimentos têm sobre os doshas e a cura dos desequilíbrios.

Por exemplo, uma pessoa Pitta, ao comer pimenta malagueta agravará a natureza picante desse dosha e criará um desequilíbrio, sendo assim é essencial conhecer os doshas e observar o seu corpo.

A DIETA AYURVEDA

A dieta ayurvédica busca encontrar a paz interior e o equilíbrio perfeito entre os doshas, trazendo um equilíbrio necessário para cada indivíduo.

Esta dieta personaliza-se para cada indivíduo e procura encontrar o estado de equilíbrio necessário para cada pessoa.

Na visão da medicina ayurvédica a cura de todas as doenças e problemas está na combinação de uma alimentação equilibrada e outras intervenções como o uso de ervas ayurvédicas.

Benefícios da Dieta Ayurveda
Dieta Ayurveda

Benefícios da Dieta Ayurvédica

1 – LONGEVIDADE

Na dieta ayurvédica a pessoa encontrará o equilíbrio entre os três doshas, fazendo com que corpo e mente funcionem em perfeita harmonia. A dieta ayurveda também vai ajudar na geração de novas células e aumentar a sobrevivência das células já existentes, tendo assim, uma vida mais longa e saudável.

2 – MELHORA O FUNCIONAMENTO DO CORPO

A dieta nutri seu corpo com o que ele precisa, permitindo um melhor desempenho. Aproveitando tudo que ingerir, não há armazenamento ou acúmulo de gorduras.Com isso é possível melhorar o funcionamento do sistema nervoso, imunológico e circulatório.

3 – PERSONALIZADA A CADA INDIVÍDUO

Dieta ayurveda baseada em seis sabores, azedo, amargo, adstringente, picante, doce e saldado. Também nos aspectos dos alimentos, seco, gorduroso, leve, pesado, frio e quente. Estes sabores e aspectos estão diretamente ligados aos doshas, alguns aumentam suas características enquanto outros as diminuem. Cada dieta é voltada para o indivíduo, visando alcançar o equilíbrio entre os doshas, com uma dieta rica em combinações variadas.

4 – O AGNI E O AMA

O termo AGNI significa o fogo digestivo. É quando o corpo pode digerir todos os alimentos e usá-los de forma saudável.

O termo AMA significa toxina. Uma alta concentração de AMA provoca intoxicação do corpo.

Quando o ANGI está baixo, o corpo perde a capacidade de digerir os alimentos, o que leva a alta produção de AMA, que leva o corpo ao um estado doentio.

A medicina Ayurveda busca um novo caminho para a saúde, equilibrando os cinco elementos do corpo e da mente através do uso de ervas, dieta, cores, aromaterapia, mudanças no estilo de vida, yoga e meditação.  Ao seguirmos hábitos que vão de encontro ao nosso dosha, encontramos uma vida mais saudável. 

A Ayurveda acredita que a alimentação adequada pode trazer vários benefícios para a sua saúde!

A medicina Ayurveda para a saúde
A medicina Ayurveda para a saúde

CHAI MASALA na medicina Ayurveda

Conheça o CHAI MASALA, feito a partir do chá preto com especiarias de propriedades medicinais e leite.

É uma bebida originária da Índia com grande popularidade entre os adeptos da Ayurveda.

Ela inclui a dieta ayurveda, por conter qualidades calmantes e quentes, usados para digestão, é revitalizante para o corpo e mente e transmite sensação de bem-estar.

Os benefícios do Chai Masala estão diretamente ligados as especiarias usadas no seu preparo (gengibre, canela, noz noscada entre outras) ajudam a fortalecer a imunidade por serem anti-inflamatórias, previnem os radicais livres e o estresse oxidativo.

Como usar o Chai Masala?

Pode misturar o pó do Chai no pó do café, antes de prepará-lo, ou se preferir misture depois do café pronto, isso difere no sabor final das misturas.

Também vai bem com sucos e shots matinais, basta usar a medida de 1 colher de chá em sua mistura favorita.

Para um preparo mais elaborado, podemos utilizar o Chai Masala em receitas como pães ou bolos, deixando seu preparo com mais sabor e saúde!

CÚRCUMA na medicina Ayurveda

A CÚRCUMA também é conhecida com HARIDRA/GAURI na medicina ayurvédica.  Ela é uma das plantas que reduzem os doshas Kapha Vata e ainda equilibra o dosha Pitta.

A Haridra/gauri atua no sistema circulatório, digestivo, respiratório e urinário, sendo um dos mais importantes medicamentos da ayurveda, sendo indicada na dieta para tratar distúrbios do fígado, doenças de pele, reumatismo, gastrite, asma, bronquite, anemia entre outros.

Promove a prosperidade e a conexão com a energia da Mão Divina.

Para os praticantes de Yoga, vale lembrar que ela purifica os chakras, intensificando a eficácia dos asanas durante a prática da Yoga.

Como usar a Cúrcuma?

As pessoas podem usar a cúrcuma como tempero em vários pratos, deixando um sabor marcante aos seus preparos.

Mas se preferir pode tomar em chás e shots matinais, veja como prepara um chá.

Como preparar um chá de Cúrcuma?

O chá pode auxiliar diretamente o seu sistema imunológico.

Podemos misturar outras especiarias que irão potencializar seus efeitos e melhorar o sabor como mel, limão, cravo, canela, gengibre entre outros.

  • Vamos usar a proporção de 2 colheres de chá de cúrcuma em pó, para 1 litro de água.
  • Ferva a água e em seguida coloque a cúrcuma, se quiser inserir outras ervas ou especiarias coloque-as agora.
  • Pode usar o gengibre ralado, mel ou limão espremido, dará um sabor especial. Coloque o limão na hora de beber.
  • Deixar no fogo por uns 5 minutos, deixar em infusão por aproximadamente mais 5 minutos, coar e beber.

Saiba mais sobre seus benefícios e suas origens, nesta matéria incrível em nosso blog, clicando aqui -> Os principais benefícios da Cúrcuma para saúde

SHATAVARI – Fertilidade e Vitalidade do Sagrado Feminino na medicina Ayurveda

Como usar o Shatavari?

Pode tomar em forma de chá ou suco, quente ou frio, como preferir.

Uso recomendado de 1 colher de chá rasa, misturadas em 1 xícara de água quente 2x ao dia, se preferir deixe esfriar.

Ayurveda e o equilíbrio entre o corpo, mente e espírito
Ayurveda e o equilíbrio entre o corpo, mente e espírito

O Ayurveda é uma medicina milenar e completa que utiliza diversas ferramentas terapêuticas para trabalhar os doshas buscando sempre o equilíbrio entre corpo, alma e mente.

Tenha escolhas conscientes, inclua na sua rotina diária hábitos saudáveis que pode trazer grande impacto na sua saúde e no seu estado de espírito, inclua atividades físicas, pratique yoga ou meditação, alguns minutos de meditação por dia podem ter muitos efeitos positivos na sua rotina.

Fonte:https://blog.naturalmentezen.com.br/dieta-ayurveda-pode-influenciar-sua-saude/

Venha conhecer em nosso site estes e outros produtos da Ayurveda que podem colaborar com a sua rotina e levar mais saúde para sua vida!


Explorando o conhecimento ayurvédico sobre alimentação e saúde para fornecer soluções inovadoras para a saúde contemporânea


. 31 de março de 2016; 4:57. doi: 10.3389/fpubh.2016.00057
PMCID: PMC4815005 PMID: 27066472

Resumo

Ayurveda, um sistema tradicional de medicina que se originou há mais de três milênios na região do Sul da Ásia, oferece amplos insights sobre alimentação e saúde com base em certas posições conceituais e teóricas únicas. Saúde é definida como um estado de equilíbrio consigo mesmo ( svasthya ), mas que está inextricavelmente ligado ao meio ambiente. Princípios ayurvédicos, como a teoria dos tridosa (três humores), fornecem a relação entre o microcosmo e o macrocosmo que pode ser aplicada na prática cotidiana. Textos clássicos de Ayurveda cobrem uma gama de temas sobre alimentos que vão desde a diversidade de fontes naturais, suas propriedades em relação às estações e lugares e sua função específica tanto em estados fisiológicos quanto patológicos. A perspectiva epistêmica sobre saúde e nutrição no Ayurveda é muito diferente daquela da biomedicina e da nutrição moderna. No entanto, o conhecimento contemporâneo está reinventando e avançando vários desses conceitos em uma era de biologia de sistemas, medicina personalizada e no contexto mais amplo de uma transição mais holística nas ciências em geral. A pesquisa transdisciplinar pode ser importante não apenas para expandir os limites das ciências da alimentação e da saúde, mas também para fornecer soluções práticas para as condições de saúde contemporâneas. Este artigo analisa brevemente os paralelos entre o Ayurveda e a biomedicina e chama a atenção para a necessidade de um envolvimento mais profundo com os sistemas de conhecimento tradicionais, como o Ayurveda. Aponta que a recriação das metodologias que possibilitaram a visão holística da saúde no Ayurveda pode desvendar algumas das complexas conexões com a Natureza.

Palavras-chave: Ayurveda, alimentação e saúde, ayurbiologia, biologia de sistemas, pesquisa transdisciplinar

Introdução

O Ayurveda é um dos sistemas de saúde mais antigos que evoluíram no subcontinente indiano. A partir da grande quantidade de literatura abrangendo mais de três milênios sobre diversos aspectos da gestão da saúde e do bem-estar, tanto em sânscrito quanto em línguas regionais do subcontinente, pode-se deduzir que ele teve uma tradição de conhecimento dinâmica e ininterrupta (  ). O Ayurveda contemporâneo foi formalizado e institucionalizado em aspectos como educação, abordagens clínicas, farmacopeia e fabricação de produtos a partir do final do século XIX. No período pós-independência da Índia, foi reconhecido e legitimado como um dos sistemas formais de saúde do país (  ).

O termo Ayurveda compreende duas palavras - ayu (vida) e veda (conhecimento), portanto, lida com vários aspectos relacionados à saúde e bem-estar em seus diversos aspectos, como vida feliz, felicidade sustentável e longevidade (  ). De acordo com o Ayurveda, existem três estados fundamentais de um ser, como o físico (incluindo o fisiológico), o mental e o espiritual. A saúde é um equilíbrio de todos esses três estados e sua relação com o mundo exterior (  ). Essa relação entre o microcosmo e o macrocosmo é outro princípio fundamental do Ayurveda. O "ser" interage constantemente com o mundo exterior por meio de seus sentidos (sentidos de conhecimento e sentidos de ação) e das funções cognitivas. Ao mesmo tempo, o mundo exterior está constantemente influenciando o ser. Tanto o mundo exterior quanto o ser são compreendidos na base ontológica do pancamahabhuta ou teoria dos cinco elementos. A categorização em termos dos cinco elementos, incluindo terra, água, fogo, ar e espaço corresponde a cada um dos cinco sentidos, a saber , olfato, paladar, visão, tato e som, respectivamente (  ). Este é um preceito fundamental de todas as tradições de conhecimento no subcontinente. Mas no Ayurveda para facilitar a compreensão dos aspectos fisiológicos e patológicos, os cinco elementos são agrupados em três chamados tridosa - vata (uma combinação de espaço e ar), pitta (fogo) e kapha (água e terra) (Figura 1 ). Os tipos corporais e mentais, os processos metabólicos, o ritmo biológico, as variações sazonais, vários outros processos fisiológicos e patológicos, etc. são compreendidos em termos de inúmeras permutações e combinações desses elementos e do tridosa no corpo. De acordo com o Ayurveda, isso forma a base da compreensão dos materiais ( Dravya guna sastra ), como alimentos ou medicamentos, abordagens terapêuticas e mudanças dietéticas ou de estilo de vida, para se manter saudável (  ). As classificações dos alimentos com base em suas propriedades organolépticas e seu impacto na constituição psicológica de um indivíduo são outro preceito interessante do Ayurveda (  ).

Figura 1.

Figura 1

Relacionamento Panchamahabhutha e tridosa .

Embora os conceitos e teorias ayurvédicos possam parecer bastante genéricos e simplistas em sua descrição, a sofisticação é evidente pela universalidade e contemporaneidade de suas aplicações nos níveis de diagnóstico e linha de tratamento. A perspectiva ayurvédica da Natureza e do universo e sua interação com o "ser" oferece oportunidades que podem ser exploradas para aplicações nas ciências da saúde e nutrição modernas.

Esforços conjuntos para interpretar e utilizar cientificamente o conhecimento ayurvédico sob a perspectiva da ciência e da medicina modernas estão em andamento. A primeira seção do artigo destaca algumas das perspectivas teóricas básicas do Ayurveda e a compreensão de saúde, alimentação e nutrição, enquanto a segunda oferece uma breve visão geral dos esforços de pesquisa transdisciplinar para interpretar e utilizar o conhecimento ayurvédico. O artigo apresenta alguns dos conceitos e princípios do Ayurveda pertinentes à saúde, alimentação e nutrição e apresenta as tendências na pesquisa ayurvédica.

Saúde e Alimentação

Svasthya , "estar estabelecido em si mesmo ou em seu próprio estado natural" é a saúde ideal de acordo com o Ayurveda. Para alcançar isso, é preciso ter um equilíbrio de fatores estruturais e fisiológicos, processos metabólicos e excretores, tecidos corporais, sentidos, mente e atingir um estado de autoconsciência e contentamento (  ). Dez fatores ( dasa vidha pariksa ) são usados ​​para determinar o estado de saúde de um indivíduo por Ayurveda, a saber, tecidos corporais ( dusya ), local de residência ( desa ), força física ( bala ), estações/tempo ( kala ), processos digestivos e metabólicos ( agni ou anala ), constituição genética e fenética ( prakriti ), idade ( vaya ), força mental ou temperamento ( sattva ), habituação ( satmya) e alimentação ( ahara ) (  ). É interessante notar que se diz que sattva influencia a saúde. Embora sejam usados ​​principalmente para fins de diagnóstico, eles também podem ser usados ​​para medir o bem-estar de um indivíduo.

Ahara, um Pilar da Vida

Ahara é um dos três pilares da vida de acordo com o Ayurveda; os outros dois são o sono e a vida sexual regulada. Os textos clássicos do Ayurveda de 300 a.C.–700 d.C. dedicam seções elaboradas sobre alimentos (  ). Aspectos únicos incluem descrições detalhadas de alimentos e bebidas, classificação de alimentos com base em seu sabor, qualidades terapêuticas, etc., segurança alimentar e medidas para os mesmos, diferentes incompatibilidades de alimentos com base em seus sabores, processamento, dose, tempo, local, etc., prescrições de consumo, qualidades alimentares e ingestão com base na capacidade digestiva de um indivíduo e na natureza do alimento que está sendo consumido (  ). A classificação primária dos alimentos é baseada em sua adequação à constituição corporal e mental com base nos cinco elementos e nas teorias tridosa . Cinco elementos se combinam e se dissociam na transformação natural de qualquer material, vivo ou não vivo (  ).

Sabor (Rasa) como indicador de efeitos na saúde

Uma das formas de classificação de alimentos no Ayurveda é baseada em rasa . Existem seis sabores principais de acordo com o Ayurveda, a saber , doce, azedo, salgado, picante, amargo e adstringente. Existem qualidades primárias e secundárias ( guna ) que aumentam as propriedades de um material. Isso é ainda aumentado pela potência ( virya ), efeito pós-digestivo ( vipaka ) e ação terapêutica ( karma ). De acordo com o Ayurveda, a classificação baseada em rasa, guna, virya, vipaka e karma não é aplicável apenas a alimentos, mas também a todos os materiais, incluindo medicamentos, e é tratada em Dravya guna sastra (a ciência das propriedades dos materiais), a farmacologia ayurvédica (  ).

A comida pode alterar o humor

Outra taxonomia interessante de alimentos é baseada em seu efeito nas disposições psicológicas dos indivíduos. De acordo com o Ayurveda, há uma ligação sutil entre a manifestação da doença e as seis expressões psicológicas, como luxúria, raiva, ganância, desejo, apego e ego. Esses estados psicológicos estão intimamente ligados aos alimentos. Essa conexão é discutida mais detalhadamente em termos de três estados de ser, incluindo sattva, rajas e tamas . Sattva é o estado de contentamento, rajas um estado excitado, enquanto tamas se relaciona a uma disposição letárgica, ou seja, os alimentos podem induzir esses estados mentais (  ,  ).

O metabolismo adequado é a chave para uma boa saúde

A energia que impulsiona os processos metabólicos no corpo é chamada de agni , que também tem um efeito importante na saúde. Existem três estágios no ciclo digestivo, começando pela forma bruta no trato gastrointestinal, seguido pelo metabolismo específico do tecido e pelo metabolismo em nível elementar. Nessa sequência de eventos, o vipaka tem um impacto específico no corpo. Geralmente, o sabor predominante do material alimentar permanece no efeito pós-digestivo; mas para materiais com sabores múltiplos, o sabor muda após o metabolismo: um indicador importante de seu impacto no sistema. Por exemplo, a groselha indiana ( amla ) tem um sabor predominantemente ácido, mas o efeito pós-digestivo é doce. Embora o sabor ácido possa aumentar o pitta no corpo, a groselha anula o pitta devido à função pós-digestiva doce (  ). Além disso, de acordo com o Ayurveda, a ação causada por um material ( dravya ) varia dependendo do substrato ( dhatu ) e dos fatores contextuais como local, tempo e assim por diante (  ).

Alimentos e Processos e Ações Fisiológicas

No Ayurveda, os alimentos são classificados com base em características morfológicas e suas ações fisiológicas correspondentes. Por exemplo, grãos, leguminosas, alimentos processados, carnes e produtos, vegetais folhosos, frutas, sais, suplementos, várias formas de água, leite e produtos lácteos, óleos e bebidas alcoólicas são elaborados com base em seus efeitos no corpo. Isso é ainda mais elaborado em termos de local de origem e variação sazonal (  ). O processamento de alimentos é um tópico tratado em detalhes. Propriedades de alimentos crus, secos, defumados, grelhados, em conserva, cozidos no vapor, vários aditivos e adjuvantes são mencionados com base na teoria pancamahabhuta . As propriedades farmacológicas de uma substância são alteradas dependendo do processamento. Por exemplo, o arroz tufado é leve no sistema em comparação com o arroz em flocos ou cozido, que é pesado para digerir (  ). A coalhada, que não é saudável na maioria das situações, torna-se uma bebida saudável quando batida e a manteiga é removida. Este leitelho de sabor doce, mantido em um recipiente de barro por 2 dias, desenvolve um sabor adstringente e se torna um alimento saudável para o sistema gastrointestinal, especialmente em condições como hiperacidez, síndrome do intestino irritável, fissuras, hemorroidas e certos tipos de diarreia e disenteria (  ).

Prakriti – Um Guia para Personalizar Dietas

A prakriti de um indivíduo é outro determinante importante do efeito dos alimentos no sistema. A prakriti de um indivíduo é caracterizada por um conjunto de atributos físicos, fisiológicos e psicológicos. Por exemplo, com base na preferência de sabor, os indivíduos podem ser agrupados como vata (tendo afinidade por sabores doces, azedos e salgados); pitta (com gosto por sabores doces, amargos e adstringentes) e kapha (para sabores picantes, amargos e adstringentes). Enquanto esses sabores atenuam quaisquer efeitos negativos da constituição herdada, o uso de sabores na ordem inversa pode causar desequilíbrio no corpo. Por exemplo, se uma pessoa com constituição vata consome continuamente materiais com sabores picantes, amargos e adstringentes, isso pode levar ao envelhecimento rápido e à degeneração do corpo (  ,  ).

Alimentos incompatíveis (Viruddha Ahara) e processos

Outra característica distintiva do Ayurveda é sua compreensão das incompatibilidades entre os materiais e o processamento dos alimentos. Existem 18 formas de incompatibilidades, de acordo com o Ayurveda (  ). As incompatibilidades são explicadas com base na potência dos materiais, processamento, quantidade/dose, processo de ingestão, tempo/estação; combinação de materiais, como frutas ácidas e leite ou mel e ghee (manteiga clarificada) em quantidades iguais; leite junto com grama-de-cavalo, jaca ou peixe; ou até mesmo aquecimento de mel. Embora possamos não ter uma explicação científica contemporânea para isso, isso pode ser explicado em termos ayurvédicos como incompatibilidade na natureza dos materiais.

Alimentos saudáveis ​​e não saudáveis ​​(Pathya e Apathya)

Vários exemplos são fornecidos em textos ayurvédicos em termos de suplementos saudáveis, pathya e apathya . Estes são particularmente indicados no tratamento de doenças. Por exemplo, romã, amla (groselha indiana), leitelho, etc. são mencionados como bons pathya ahara no tratamento da anemia por deficiência de ferro (  ). O processamento de um material pode alterar a potência, a segurança e o efeito farmacológico do material. A coalhada é considerada prejudicial à saúde na maioria das condições de desequilíbrio de dosa . Existem instruções específicas para consumir iogurte; que não deve ser tomado à noite ou em estações como primavera, verão e outono. Deve ser tomado com doces de açúcar ou sopa de grama verde ou mel. Existem também instruções específicas para doenças ou medicamentos que devem ser seguidas para o consumo de alimentos. Como exemplo, um paciente que sofre de tosse é aconselhado a consumir vegetais, como coccinea; especiarias como alho e cardamomo, pimenta-longa, gengibre e condimentos preparados com arroz tufado (  ). É indicado que certos sabores têm correlação direta com a manifestação de doenças, portanto, são evitados durante o tratamento dessas condições. Há também descrições detalhadas de alimentos para convalescença (  ).

Da seção acima, fica claro que o Ayurveda tem seus próprios princípios, métodos e práticas universalmente aplicáveis, que são muito diferentes dos conceitos de biomedicina e nutrição moderna (Tabela 1 ). Vários esforços estão em andamento para entender e interpretar o Ayurveda com base na ciência contemporânea. Uma crítica recorrente tem sido que a pesquisa em ciências naturais no Ayurveda não tem sido adequadamente eficaz e tem se limitado à etnobotânica, bioquímica e farmacologia. A maioria das iniciativas de pesquisa até a última década se restringia à busca de compostos ou moléculas de medicamentos do Ayurveda que pudessem ser absorvidos pela farmacopeia moderna. Isso não resultou em nenhuma contribuição substancial em termos de novas técnicas de diagnóstico, formulações ou abordagens de tratamento no Ayurveda, exceto por alguns resultados menores de validação de certas práticas ayurvédicas. Isso ilustra uma necessidade distinta de focar na pesquisa fundamental baseada em princípios ayurvédicos para identificar novos caminhos e para perspectivas mais holísticas em cuidados de saúde preventivos e curativos. Há muito a ser pesquisado sobre os conceitos únicos do Ayurveda em nutrição, incluindo pathya, viruddha ahara , kala e desa vicara , agni , ama , etc. (  ,  ).

Tabela 1.

Comparação epistemológica da biomedicina moderna e do Ayurveda .

AspectosBiomedicina modernaAyurveda
1Abordagem e sistema de classificação de doençasConcentra-se principalmente em aspectos estruturais/materiaisConcentra-se principalmente nos aspectos funcionais
2LocalizaçãoÓrgão específico ou localizadoSistêmico
3CausalidadeCausalidade ÚnicaCausalidade múltipla
4Método de raciocínioLinearRaciocínio circular não linear
5Razão causalEm grande parte centrado no organismo/externoPrincipalmente centrado na imunidade
6Natureza do conhecimentoObjetividade centradaSubjetividade centrada
7Natureza da avaliaçãoPredominantemente quantitativoPredominantemente qualitativo
8Contexto de validaçãoFora do contexto individual, o laboratórioDentro do contexto
9Abordagem diagnósticaUniversalização de padrõesIndividualização
10DomíniosFísico e mental; centrado na doençaFísico, mental e espiritual; centrado na doença
11Foco do tratamentoFoco curativo, importância dada aos medicamentos, cirurgiaFoco preventivo e promocional, importância dada aos medicamentos, alimentação e estilo de vida
12Estratégia de tratamentoMedicina direcionadaFormulações compostas ( ioga ) e conceito de linha de tratamento
13Linha de tratamentoTratar uma manifestação específica em um determinado momentoGestão da doença por estágios
14ResultadoO efeito é importanteO efeito não deve levar a efeitos posteriores, qualidade de vida
15Foco no conhecimento/práticaProtocolos padrão e conduzidos pela instituiçãoConduzido por médico

Conectando Pesquisa Transdisciplinar

Houve várias explorações etnobotânicas em sistemas de conhecimento de saúde indianos por muitos entusiastas ocidentais e indianos. Hortus malabaricus , uma publicação holandesa do século XVII d.C. é um exemplo que contém 12 volumes de informações sobre as plantas e os usos locais de Malabar (mais conhecido como Kerala). A "Riqueza da Índia", uma série enciclopédica, foi publicada por meio de documentação meticulosa e pesquisa por cientistas em instituições nacionais de pesquisa sobre plantas medicinais economicamente importantes na Índia pós-independente. Esforços esporádicos de pesquisa continuam nos aspectos botânicos, químicos, moleculares e farmacológicos das plantas medicinais indianas e da medicina tradicional. No entanto, na última década, mais ou menos, houve um renascimento de tipos de Ayurveda com interesse renovado em unir Ayurveda e ciência, para entender e interpretar conceitos ayurvédicos, ou seja, esse interesse vai além de validar o uso de materiais medicinais em si para desvendar especificamente os conceitos em Ayurveda. "Uma iniciativa científica em Ayurveda", de autoria de MS Valiathan, lançou as sementes ao implementar, pela primeira vez, um programa chamado "Biologia Ayurvédica", sob a égide da principal agência de financiamento nacional, o Departamento de Ciência e Tecnologia ( http://dst.gov.in/whats_new/whats_new12/AYURVEDIC%20BIOLOGY.pdf ). Diversos conceitos, incluindo prakriti, dosa, rasayana e panchakarma , estão sendo pesquisados ​​por importantes instituições científicas do país como projetos coordenados. As publicações sobre pesquisas em Ayurveda podem ser classificadas da seguinte forma:

Pesquisa Ayurveda Convencional

A descoberta de medicamentos, a padronização da qualidade e a validação farmacológica e clínica da segurança e eficácia dos medicamentos têm sido as principais áreas de foco da pesquisa ayurvédica. Os benefícios farmacológicos de muitas plantas e formulações ayurvédicas estão sendo rigorosamente estudados e validados cientificamente para serem explorados no tratamento de doenças. Embora essa abordagem fosse praticada desde o início do século XX, ela ganhou novo impulso após ser batizada como "Farmacologia Reversa". A farmacologia reversa é “a ciência de integrar resultados experimentais documentados à beira do leito em pistas por estudos exploratórios transdisciplinares e desenvolver ainda mais essas pistas em candidatos a medicamentos por meio de pesquisas experimentais e clínicas de última geração” (  ,  ). Algumas plantas bem estudadas usando a abordagem de farmacologia reversa foram Cúrcuma ( Curcuma longa ), Asvagandha ( Withania somnifera ), Brahmi ( Bacopa monnieri ), Sarpagandha ( Rauwolfia serpentina ), Neem ( Azadirachta indica ), Guggulu ( Commiphora mukul ), Guduchi ( Tinospora cordifolia ), groselha indiana ( Phyllanthus emblica ), Kizhanelli ( Phyllanthus amarus ), Romã ( Punica granatum ), Vidanga ( Embelia ribes ) e Bakuchi ( Psoralea corylifolia ). Compostos isolados de algumas plantas ayurvédicas tornaram-se medicamentos ou nutracêuticos, como reserpina, embelina, azadiractina e curcumina (  ). Na Índia, o New Millennium Indian Technology Leadership (NMITLI), o programa de parceria das principais instituições nacionais e da indústria, levou à exploração científica de formulações ayurvédicas para desenvolver medicamentos para artrite, diabetes e psoríase (  ).

Farmacopeias oficiais, incluindo a Farmacopeia Indiana e a Farmacopeia Ayurvédica da Índia, publicam monografias que fornecem caracterização botânica e química de ervas e formulações de acordo com métodos científicos modernos de rotina. Aspectos mais sutis da sabedoria tradicional em relação à qualidade, incluindo hora e local de coleta, raramente são refletidos nessas monografias. No entanto, a padronização da qualidade de medicamentos fitoterápicos guiada pelo conhecimento tradicional foi proposta como uma estratégia melhor, mostrando algumas descobertas experimentais preliminares (  ,  ), chamando a abordagem de Farmacognosia Reversa (  ). Apesar dos tratamentos ayurvédicos serem mais do que uma terapia baseada em medicamentos, incluindo dieta, massagem, ioga, etc., até recentemente, os medicamentos ayurvédicos eram submetidos aos mesmos protocolos de ensaios clínicos que os ensaios de medicamentos modernos. No entanto, pensamentos recentes sobre ensaios de sistema completo exigem uma abordagem diferente que possa fazer justiça aos tratamentos ayurvédicos holísticos (  ,  ).

Pesquisa em conceitos ayurvédicos

Estudiosos do Ayurveda e entusiastas da Ciência Ayurveda reconheciam cada vez mais que pouco estava sendo feito para desvendar os conceitos do Ayurveda (  ,  ). Certos esforços estão abrindo novos diálogos com o Ayurveda, a biociência e a biomedicina, alguns dos quais estão listados abaixo. O exemplo abaixo serve apenas para indicar as tendências de pesquisa transdisciplinar em andamento e não pretende ser uma revisão abrangente da literatura publicada.

Ontologia e Teorias

Ontologia é um relato sistemático da existência. No Ayurveda, o método de "conhecer" por meio de experimentação e evidência direta pode ser comparado a " Pratyaksa pramana ", que é apenas uma das quatro maneiras de "conhecer". Aptopadesa (conhecimento obtido de certos indivíduos que renunciaram às necessidades materiais), Anumana (observação) e Yukti (conclusão lógica de fenômenos observados) são as outras três maneiras (  ). As filosofias galileana e cartesiana adotam métodos reducionistas e verificação experimental, que são a premissa da biomedicina (  ). O principal desafio na comparação das ontologias dos dois sistemas diz respeito à falta de vocabulário apropriado para compartilhar e interpretar (  ). Além disso, a falta de entidades comparáveis ​​​​exatas devido às diferentes epistemologias dos dois sistemas pode ser o outro obstáculo. A definição biomédica exata de terminologias, como Pancamahabhuta , tridosa , ou seja, vata, pitta e kapha , dravya guna sastra , prakriti , agni , ama e várias outras, não existe hoje, nem podem ser comparadas a uma única entidade (  ).

Um glossário de termos ayurvédicos usados ​​no artigo foi fornecido na Tabela 2 para proporcionar uma compreensão geral.

Tabela 2.

Glossário de termos ayurvédicos .

Termos ayurvédicosSignificado
Agni/analaEnergia que impulsiona transformações no corpo, por exemplo, processos digestivos e metabólicos
AgnivyaparaRegulação do agni
AharaComida
AmaMateriais não metabolizados
AmlaGosto azedo
Anumanaconhecimento adquirido por inferência
ApatiaInsalubre
AptopadesaConhecimento adquirido de certos indivíduos que renunciaram às necessidades materiais
AyuVida
BalaForça física
Dasa vidha pariksaDez fatores usados ​​para determinar o estado de saúde de um indivíduo
DesaLocalização de residência
Desa vicharaTeorias sobre o efeito da localização geográfica na vida/fisiologia
DhatuSubstrato/tecido
DosaHumores ou bioefetores, a saber: vata, pitta e kapha
DravyaMaterial
Dravya guna sastraFarmacologia ayurvédica
DusyaTecidos corporais
GunaQualidades de um material
JvaraFebre
KalaTempo/estações
KaphaUm dos três humores; uma combinação de água e terra
CarmaAção terapêutica de um material
KasayaSabor adstringente
KatuSabor picante
LavanaSabor salgado
MadhuraSabor doce
Medhya rasayanaNootrópicos ayurvédicos
PanchakarmaCinco terapias do Ayurveda que ajudam a estabelecer a homeostase no corpo. São elas: êmese, purgação, enemas medicamentosos, enema de óleo e medicação nasal.
PanchamahabhutaCinco elementos, a saber: prithvi (terra), jala/ap (água), agni (fogo), vayu (ar) e akasa (espaço)
PathyaSaudável
PitaUm dos três bioefetores; composto principalmente de fogo
PosanaNutrição para os tecidos
PrakritiConstituição genética e fenética
PratyaksaConhecimento adquirido por meio de experimentação e evidências diretas
RajasEstado de espírito excitado, que é um dos três estados mentais
RasaGosto de um material
RasapanchakaCinco parâmetros que determinam a ação terapêutica de um medicamento
RasayanaMétodos rejuvenescedores
SatmyaHabituação
SattvaEstado de espírito contente/força mental ou temperamento
Rasas tristesSeis sabores
SrotosodhanaLimpando os canais macro e micro
SvasthyaUm estado de equilíbrio consigo mesmo
TamasDisposição letárgica da mente, que é um dos três estados mentais
TiktaGosto amargo
TridosaTrês humores ou bioefetores, a saber: vata, pitta e kapha
VataUm dos três humores; uma combinação de espaço e ar
VayaIdade
VedaConhecimento
VipakaEfeito pós-digestivo de um material
Viruddha aharaAlimentos incompatíveis
ViryaPotência de um material
YuktiConclusão lógica de fenômenos observados

Biologia Ayurvédica e Biologia de Sistemas

Os princípios ayurvédicos são amplamente holísticos e baseados em uma epistemologia muito diferente da biomedicina moderna (Tabela 1 ), que é mais reducionista em sua abordagem. As ontologias dos dois sistemas são diferentes, conforme mencionado acima. Os métodos e instrumentos usados ​​na biomedicina são projetados para entender genes, átomos, moléculas, células, tecidos e organismos. Órgãos sensoriais e mente bem disciplinados e calibrados foram usados ​​como instrumentos no Ayurveda para perceber, entender e teorizar padrões unificadores fundamentais na Natureza. De um ponto de vista teórico, foco em aspectos sistêmicos e funcionais da saúde e das doenças; abordagem multicausal; um método circular de raciocínio de causa e efeito; gerenciamento subjetivo, qualitativo, individualizado, personalizado e centrado na imunidade, em estágios; e atribuição de importância à sabedoria dos médicos são algumas características notáveis ​​do Ayurveda e de outros sistemas médicos tradicionais (  ). O foco em tal abordagem de gerenciamento não é apenas físico, mas também mental e espiritual. Isso é bem diferente da abordagem biomédica que é amplamente estrutural; órgão específico e localizado; abordagem de causalidade única baseada em raciocínio linear; centrada no organismo; objetiva; quantitativa; universalizada; principalmente curativa; e abordagem de medicina direcionada baseada em medicamentos. Enquanto a abordagem ayurvédica é centrada no médico individual em oposição à abordagem institucional da medicina moderna (  ). Novas espécies de plantas ou doenças ou métodos de manejo são incorporados ao repositório de conhecimento à medida que são compreendidos nos princípios do Ayurveda e utilizados. O foco específico no efeito colateral juntamente com o efeito é de grande preocupação na abordagem ayurvédica, como evidenciado no design da formulação poliherbal contendo um medicamento principal e medicamentos de suporte.

O Ayurveda tem uma compreensão holística e de cima para baixo dos organismos e suas interações com o ambiente em um nível funcional e não tanto no nível molecular. A aplicação prática da teoria tridosa , por exemplo, é amplamente válida na visualização e compreensão da Natureza, no equilíbrio da saúde por meio do uso de materiais naturais e no diagnóstico e tratamento de doenças (  ). A biomedicina, por outro lado, tem uma abordagem de baixo para cima que entende a base estrutural e os processos moleculares de células, tecidos e órgãos e não tanto das redes funcionais dentro de um sistema e suas interações com o ambiente. A abordagem atual da Biologia de Sistemas visa ser mais holística, mas também é derivada de uma síntese sistemática de dados obtidos a partir da visão reduzida de um sistema, usando extensa modelagem computacional e matemática das interligações.

Prakriti e Ayurgenomics

O Ayurveda tem uma maneira única de classificar os humanos, que é usada no gerenciamento clínico da saúde e da doença. Os humanos são classificados em três tipos fundamentais de constituição ou prakriti , chamados vata, pitta e kapha, com base em suas características anatômicas, fisiológicas e psicológicas. De acordo com o Ayurveda, a prakriti de uma pessoa é determinada no momento da concepção e não muda até a morte. As recomendações sobre dietas, estilos de vida e medicamentos variam dependendo da prakriti do indivíduo (  ). Como ela é determinada no momento da concepção, na última década, a hipótese de que prakriti tem uma base genética foi testada por diferentes grupos de cientistas indianos. Uma correlação entre prakriti específico e polimorfismo HLA-DRB1 foi demonstrada por Bhushan et al., (  ). Prasher et al. (  ) e Mukherjee e Prasher (  ) usaram a classificação baseada em prakriti e demonstraram os correlatos genômicos e bioquímicos com tipos específicos de prakriti . Eles denominaram essa abordagem de classificação de humanos como Ayurgenomics e propõem seu uso potencial na medicina personalizada e preventiva. Foi demonstrado que a frequência de associação do genótipo CYP2C19 varia dependendo da prakriti (  ). A expressão diferencial de um gene de adaptação a altas altitudes, EGLN1 como uma resposta à hipóxia, foi correlacionada ao tipo específico de prakriti (  ). Rotti et al. (  ) encontraram uma correlação significativa entre prakriti dominante com local de nascimento e índice de massa corporal (IMC).

Rasayana

Rasayana é um ramo do Ayurveda que lida com métodos para melhorar a qualidade de vida e estender a expectativa de vida. Ele menciona plantas, produtos de origem animal, metais e minerais que podem ser usados ​​como materiais Rasayana para retardar o envelhecimento e melhorar o bem-estar. Ele também descreve os métodos não baseados em materiais, incluindo meditação, bons pensamentos, conduta e estilo de vida que podem influenciar o bem-estar. Rasayanas são úteis na saúde preventiva, promocional e curativa. Diz-se que eles agem principalmente de três maneiras possíveis (i) Agnivyapara : regulando o agni que impulsiona as transformações no corpo, como os processos metabólicos, (ii) Srotosodhana : limpando os canais macro e micro, aumentando assim a perfusão do tecido, e (iii) Posana : nutrindo os tecidos (  ,  ). Além da nutrição ou perfusão do tecido, também é para criar o equilíbrio do dosa que facilita o espaço adequado, movimento e degeneração ideais, metabolismo/transformação regulados e maciez e dureza ideais da estrutura física. Segundo o Ayurveda, se os três princípios acima forem otimizados, o corpo se mantém em ótima saúde (  ). Embora isso faça bastante sentido em um nível geral, é um desafio testar esses conceitos em sua totalidade.

A pesquisa sobre Rasayana está em um estado elevado hoje devido ao interesse contemporâneo em antienvelhecimento, rejuvenescimento e foco no bem-estar. Doenças relacionadas à idade, como Alzheimer, Parkinson, artrite, aterosclerose e assim por diante, podem se beneficiar ao investigar o conceito de Rasayana . Ferramentas de bioensaio contemporâneas, como organismos in vitro e pequenos como Drosophila, Caenorhabditis elegans e levedura, estão sendo usadas para observar o efeito físico, fisiológico e comportamental de Rasayana e obter insights sobre os mecanismos moleculares de ação (  ). Vários estudos mostraram que as plantas Rasayana têm atividades antioxidantes, adaptogênicas (  ), antiinflamatórias (  –  ), anticancerígenas (  ) e anti-helmínticas (  ). A romã, uma fruta pathya de acordo com o Ayurveda, demonstrou aumentar a expectativa de vida e a expectativa de saúde no modelo da mosca da fruta ( Drosophila melanogaster ) (  ). Pippali ( Piper longum  L.) e amla ( Phyllanthus emblica ) demonstraram ser intensificadores eficazes da biodisponibilidade devido à capacidade inerente de aumentar o agni e, portanto, a digestão e a absorção. Modelos in vitro livres de células e baseados em células (Caco-2 e HepG2) (  ) foram usados ​​como ferramentas de bioensaio. A farmacocinética e a dinâmica da piperina - um constituinte ativo do Pippali também são relatadas (  ,  ). Estudos pré-clínicos sobre Medhya Rasayana (nootrópicos ayurvédicos), como Asvagandha, cúrcuma e brahmi, demonstraram a capacidade de limpar placas de β-amiloide em neurônios que são observadas na doença de Alzheimer (  ). A pesquisa sobre Rasayana tem o potencial de desvendar métodos preventivos baseados em dieta e ervas para conter a neurodegeneração e o envelhecimento em geral.

Dravya Guna Sastra

Dravya guna Sastra significa literalmente "ciência das propriedades materiais". A farmacologia ayurvédica classifica os materiais com base nos efeitos sensoriais e farmacodinâmicos no corpo. Rasa , guna , virya e vipaka determinam o carma que um medicamento ou material teria no corpo. Não há muita pesquisa para promover a compreensão transdisciplinar dos cinco parâmetros ( Rasapancaka ) que classificam um dravya . No entanto, existem alguns comentários e hipóteses que traçam paralelos. No Ayurveda, diz-se que rasa é a experiência sensorial total que envolve o nariz, a língua e a garganta, com base na qual seis tipos de rasa foram definidos, a saber , madhura , amla , lavana , katu , tikta e kasaya . Uma dieta ayurvédica bem equilibrada sempre teria os seis sabores ( sad rasas ), que por sua vez desempenham um papel na homeostase. O consumo excessivo de um ou outro rasas pode desequilibrar o equilíbrio, levando a problemas de saúde. Por exemplo, o consumo excessivo de alimentos doces pode levar à obesidade, alimentos picantes à acidez, etc. (  ,  ).

“A força, a aparência, a imunidade etc. de um sistema vivo estão sob o controle da dieta, que por sua vez está sob o controle de seis rasa s” – Susruta Samhita, Sutra Sthana, Capítulo 1, versículo 28 (  ).

Além disso, os desequilíbrios de dosa no corpo podem ser combatidos com o uso de substâncias com sabores específicos. Em jvara (febre), há um agravamento do pitta dosa , que é combatido com medicamentos de sabor amargo que acalmam o pitta , como Andrographis paniculata ou Azadirachta indica (  ).

Os quatro principais sabores reconhecidos na biociência moderna são doce, azedo, salgado e amargo (  ). A biociência convencional não reconhece atributos farmacológicos aos sabores. Somente na última década, houve estudos mostrando a possibilidade de uma correlação entre sabor e farmacologia. Beauchamp et al. (  ) correlacionam a propriedade anti-inflamatória à pungência do oleocanthal (um composto encontrado no azeite de oliva) e do ibuprofeno (  ).

Joshi et al. (  ) levantam a hipótese de que as possíveis combinações de rasa no Ayurveda provavelmente se correlacionam com locais ativos de enzimas específicas no corpo. Eles especulam que o número de sabores distinguíveis formados pela permutação-combinação dos seis sabores é mais do que suficiente para distinguir as formas moleculares que se ligam a todos os locais ativos de enzimas no corpo. No entanto, em 1993, Shallenberger rejeitou o papel do sabor em qualquer reação enzimática porque ele diz que, ao contrário da reação enzimática, não há mudança no substrato durante a percepção do sabor. Palmer (  ) analisa o sabor como um indutor químico da transdução de sinal pela ligação aos receptores acoplados à proteína G (GPCRS) e propõe a sinalização do sabor como uma ferramenta passível de métodos de farmacologia. A revisão de Rath et al. (  ) sobre a base científica do rasa discute a importância da relação estrutura-função dos produtos químicos, mas não chega a correlacioná-la com o rasa .

Farmacologia de Rede e Farmacologia de Rede Ayurvédica

O próximo paradigma na descoberta de medicamentos é alardeado como sendo a farmacologia de rede . Medicamentos projetados com ligantes exclusivamente seletivos para evitar efeitos colaterais podem se tornar uma coisa do passado porque um crescente corpo de conhecimento na era da biologia pós-genômica está revelando que a ação dos medicamentos não pode ser simplificada para uma teoria de medicamento-um alvo-uma doença como entendida anteriormente. É mais complexo do que um simples mecanismo de chave e fechadura. Pode haver várias "fechaduras" (alvos de medicamentos) abertas pela mesma "chave" (medicamentos) e várias chaves que podem abrir a mesma fechadura (  ,  ). Formulações poliherbais baseadas na medicina tradicional foram estudadas usando tecnologias -ômicas e propostas como novas estratégias na descoberta de medicamentos em vez de medicamentos baseados em moléculas únicas para lidar com a complexidade da doença (  ,  ). Em uma publicação recente, o método e o conceito de farmacologia de rede foram estendidos para a análise de uma formulação ayurvédica clássica para entender a lógica e as supostas ações sinérgicas dos ingredientes em uma formulação tradicional (  ).

Conclusão

As teorias e práticas ayurvédicas sobre saúde, alimentação e nutrição são bastante diferentes daquelas da biomedicina e da nutrição moderna. A exploração sistemática pode fornecer novos insights para as ciências da saúde e da nutrição, a fim de fornecer soluções contemporâneas em saúde, por exemplo, como modular a dieta e o estilo de vida para se adequar à prakriti , idade e estação do ano. Rasayana, em particular, é uma área que vale a pena explorar em busca de novas maneiras de rejuvenescimento e antienvelhecimento. Os custos com saúde são uma grande preocupação para os cofres públicos de países em desenvolvimento e desenvolvidos. O conhecimento sobre como gerenciar a saúde em nível individual pode ajudar a reduzir os custos exorbitantes da saúde por meio do bem-estar. Os princípios e práticas ayurvédicos podem se tornar potencialmente relevantes para o desenvolvimento de uma estratégia integrada de saúde. Conceitos do Ayurveda, como o rasa de um material ser um indicador de sua ação no corpo, são novos para a biomedicina e as ciências nutricionais modernas e podem fornecer maneiras práticas de criar dietas balanceadas.

Duas observações principais emergiram de uma análise da literatura publicada, particularmente da Índia, sobre os esforços de ponte. Houve mais artigos levantando hipóteses de correlação de certos conceitos ayurvédicos com entidades biomédicas do que estudos científicos reais para ilustrar a correlação. Em segundo lugar, sempre que houve experimentação e estudos científicos para provar a hipótese, um conceito ou entidade ayurvédica foi correlacionado com um paradigma biomédico ou científico já existente/em evolução, em vez de introduzir um novo paradigma do Ayurveda. Essa abordagem parece um tanto "forçada", talvez porque o esforço de ponte esteja sendo tentado por cientistas tradicionais e/ou apenas por falta de conhecimento para estudar o "holismo" do Ayurveda. Afirmar que essa abordagem pode apenas ajudar a olhar para partes do Ayurveda e não para o todo é lugar-comum. No entanto, não há como negar que isso é extremamente necessário e que esse interesse ativo dos cientistas biomédicos no Ayurveda criará novos conhecimentos (  ).

Não posso afirmar que a Biologia Ayurvédica ajude, ou ajudará, o Ayurveda ou a Biologia. Nenhuma delas precisa de ajuda. No entanto, quando novas ciências, novas técnicas, são aplicadas à ciência antiga, novos brotos de conhecimento surgem.

- MS Valiathan [eminente cardiologista, cientista médico e estudioso do Ayurveda] (  ).

Nos últimos anos, houve esforços de pesquisa concertados para entender os princípios ayurvédicos, como prakriti , dosa e agni, usando ferramentas científicas modernas. Esses esforços de ponte transdisciplinares sem dúvida ajudaram a correlacionar certos aspectos reduzidos do Ayurveda com entidades biomédicas existentes. No entanto, eles não foram capazes de capturar o holismo do Ayurveda. Não está claro se o conhecimento holístico do Ayurveda foi montado juntando pedaços de dados e informações obtidos ao longo de um período de tempo (como é feito na abordagem da Biologia de Sistemas) ou se havia um método completamente diferente adotado para perceber o holismo. Portanto, interpretar ou validar os princípios holísticos complexos, como os cinco elementos fundamentais e os três conceitos bioefetores (três humores ou tridosas ), do Ayurveda pode ser um grande desafio usando os mesmos métodos e ferramentas que olham para células e átomos. Isso pode acabar como os cinco homens cegos tentando interpretar um elefante sentindo diferentes partes do elefante.

No entanto, as perspectivas e metodologias científicas pós-modernas em biologia de sistemas, farmacogenômica e nutrigenômica, medicina personalizada, teoria do caos, ser humano ecológico, etc., estão hoje mais bem equipadas para dialogar com o Ayurveda do que a biomedicina convencional. Recriar metodologias ayurvédicas pode ser a chave para compreender o Ayurveda de forma holística. Isso, obviamente, não é fácil e exigiria um envolvimento mais profundo com o Ayurveda.

Contribuições dos autores

UP contribuiu com a seção introdutória, seções sobre os aspectos do conhecimento tradicional e parte da seção de pesquisa transdisciplinar e conclusão. PV contribuiu com a seção de introdução e escreveu a pesquisa transdisciplinar e as seções de conclusão.

Declaração de Conflito de Interesses

Os autores declaram que a pesquisa foi conduzida na ausência de quaisquer relações comerciais ou financeiras que possam ser interpretadas como um potencial conflito de interesses.

Agradecimentos

Os autores gostariam de agradecer ao Dr. Subrahmanya e Balasubramani pelas correções e comentários.

Referências

  • 1.Sharma PV, editor. História da Medicina na Índia. Nova Déli: Academia Nacional de Ciências da Índia; (1992). págs. vii–xii. [ Google Acadêmico ]
  • 2.Anônimo. Relatório de Anais: Workshop Internacional - Integrando a Medicina Tradicional Sul-Asiática aos Sistemas de Saúde Modernos. Nova Déli: Universidade Jawaharlal Nehru (JNU) (2015). Disponível em: www.jnu.ac.in/SSS/CSMCH/ITSAMMHCS.pdf . [citado em 7 de setembro de 2015] [ Google Acadêmico ]
  • 3.Sharma PV, editor. Caraka Samhita. (Vol. 1). Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (2001). pág. 5–9.190.228.375–6. [ Google Acadêmico ]
  • 4.Sharma PV, editor. Susrutha Samhitha. (Vol. 1). Varanasi: Chaukhambha Visvabharati; (2004). 173 pág. [ Google Acadêmico ]
  • 5.Sastry JLN. Dravyaguna Vijnana, Parte 1. 1ª ed Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (2009). pág. 1–2. [ Google Acadêmico ]
  • 6.Payyappallimana U, Venkatasubramanian P. In: Verotta L, Pia Macchi M, Venkatasubramanian P, editores. Princípios do Ayurveda para Alimentação, Nutrição e Saúde: Conectando a Sabedoria Indiana e a Ciência Ocidental – Uso de Plantas para Nutrição e Saúde. Nova York: CRC Press; (2015). págs. 15–36. [ Google Acadêmico ]
  • 7.Murthy KRS, editor. Astanga Hrdayam de Vagbhata. 5ª edição (Vol. 1). Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (2001). pág. 53–7. [ Google Acadêmico ]
  • 8.Dhyani SC. Rasapanchaka. Varanasi: Academia Krishnadas; (1994). pág. 32–42, 46–60. [ Google Acadêmico ]
  • 9.Prabhupada BS, editor. Bhagavadgita Yatharupa. 19ª edição Bangalore: ISKCON; (2002). pág. 736-8. [Tradução do idioma Kannada]. [ Google Acadêmico ]
  • 10.Murthy KRS, editor. Astanga Samgraha de Vagbhata. 1ª edição (Vol. 2). Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (1996). 102 pág. [ Google Acadêmico ]
  • 11.Dwarakanatha C. Digestão e Metabolismo em Ayurveda. Varanasi: Academia Chaukhambha Krishnadas; (2003). pág. 48–53, 59–61. [ Google Acadêmico ]
  • 12.Sharma PV, editor. Astanga Samgraha de Vagbhata. 6ª edição (Vol. 1). Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (2002). pág. 81–114. [ Google Acadêmico ]
  • 13.Sastri K, editor. Caraka Samhita, Parte 1. 5ª ed Varanasi: Chaukhambha Sânscrito Sansthan; (1997). pág. 555–8. [ Google Acadêmico ]
  • 14.Kukkupuni SK, Shashikumar A, Venkatasubramanian P. Produtos lácteos fermentados: probióticos da Ayurveda. J Med Nutr Nutraceut (2015) 4:14–21. 10.4103/2278-019X.146149 [ DOI ] [ Google Acadêmico ]
  • 15.Dey S, Pahwa P. Prakriti e suas associações com metabolismo, doenças crônicas e genótipos: possibilidades de triagem neonatal e uma vida inteira de prevenção personalizada. J Ayurveda Integr Med (2014) 5(1):15–24. 10.4103/0975-9476.128848 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 16.Tripati B. Pathyapathyanirnayah. Delhi: Chaukhambha Sânscrito Pratishtan; (1998). pág. 2–4,39. [ Google Acadêmico ]
  • 17.Rastogi S, Chaudhari P. In: Rastogi S, editor. Práticas Alimentares Convalescentes no Ayurveda em 'Ciência Ayurvédica da Alimentação e Nutrição'. Nova Iorque: Springer-Verlag; (2014). págs. 67–80. [ Google Acadêmico ]
  • 18.Payyappallimana U. Saúde e bem-estar nas tradições de saúde locais indianas. Em: Morandi A, Nambi ANN, editores. Uma visão integrada de saúde e bem-estar: conectando o conhecimento indiano e ocidental. Dordrecht: Springer Holanda; (2015). págs. 99–113. [ Google Acadêmico ]
  • 19.Vaidya ADB. Correlatos farmacológicos reversos das ações de medicamentos ayurvédicos. Indian J Pharmacol (2006) 38(5):311–5. 10.4103/0253-7613.27697 [ DOI ] [ Google Acadêmico ]
  • 20.Patwardhan B, Mashelkar RA. Abordagens inspiradas na medicina tradicional para a descoberta de medicamentos: o Ayurveda pode mostrar o caminho a seguir? Drug Discov Today (2009) 14(15/16):804–11. 10.1016/j.drudis.2009.05.009 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 21.Patwardhan B, Vaidya ADB, Chorghade M. Ayurveda e descoberta de medicamentos com produtos naturais. Curr Sci (2004) 86(6):789–99. [ Google Acadêmico ]
  • 22.Sudha PVB, Geeta UG, Venkatasubramanian P. Bioatividade da preparação tradicional de Piper longum L. ( Piperaceae ). J Trop Med Plants (2004) 5(2):179–82. [ Google Acadêmico ]
  • 23.Shankar D, Unnikrishnan PM, Venkatasubramanian P. Necessidade de desenvolver padrões interculturais para qualidade, segurança e eficácia dos sistemas tradicionais de medicina indiana. Curr Sci (2007) 92(11):1499–505. [ Google Acadêmico ]
  • 24.Venkat P. Farmacognosia reversa: uma nova abordagem para padronizar medicamentos ISM. Apresentado na Oitava Conferência Internacional Anual de Oxford sobre a Ciência dos Botânicos (2009). Disponível em: http://crism.net/news/pdf/rev_pharmacog_olemiss_padma_venkat.pdf [ Google Acadêmico ]
  • 25.Mathur A, Sankar V. Padrões de relato de ensaios clínicos ayurvédicos - Há necessidade? J Ayurveda Integr Med (2010) 1(1):52–5. 10.4103/0975-9476.59828 [ DOI ] [ Artigo gratuito PMC ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]
  • 26.Furst DE, Venkatraman MM, Krishna SBG, McGann M, Booth-Laforce C, Ram MP, et al. Ensaios clínicos bem controlados, duplo-cegos e controlados por placebo de tratamento ayurvédico clássico são possíveis na artrite reumatoide. Ann Rheum Dis (2011) 70(2):392–3. 10.1136/ard.2010.136226 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 27.Valiathan MS. Rumo à Biologia Ayurvédica: Um Documento de Visão Decadal - 2006. Bangalore: Academia Indiana de Ciências; (2006). págs. 1–34. [ Google Acadêmico ]
  • 28.Singh RH. Explorando questões no desenvolvimento da metodologia de pesquisa ayurvédica. J Ayurveda Integr Med (2010) 1(2):91–5. 10.4103/0975-9476.65067 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 29.Fuenmayor R. As raízes do reducionismo: uma contra-ontoepistemologia para uma abordagem sistêmica. Syst Pract (1991) 4(5):1–28. 10.1007/BF01104460 [ DOI ] [ Google Acadêmico ]
  • 30.Nayak J. Pesquisa ayurvédica: desafios ontológicos. J Ayurveda Integr Med (2012) 3(1):17–20. 10.4103/0975-9476.93942 [ DOI ] [ Artigo gratuito PMC ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]
  • 31.Unnikrishnan PM. Inteculturalidade na Prática Ayurvédica. Herança Amruth (2009) 4(6):10–16. [ Google Acadêmico ]
  • 32.Hankey A. Estabelecendo a validade científica de Tridosha. Anc Sci Life (2010) 29(3):6–18. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 33.Bhushan P, Kalpana J, Arvind C. Classificação da população humana com base no polimorfismo do gene HLA e no conceito de Prakriti no Ayurveda. J Altern Complement Med (2005) 11(2):349–53. [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]
  • 34.Prasher B, Negi S, Aggarwal S, Mandal AK, Sethi TP, Deshmukh SR, et al. Expressão do genoma completo e correlatos bioquímicos de tipos constitucionais extremos definidos no Ayurveda. J Transl Med (2008) 6:48. 10.1186/1479-5876-6-48 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 35.Mukerji M, Prasher B. Ayurgenomics: uma nova abordagem em medicina personalizada e preventiva. Sci Cult. Nova Déli, Índia: Instituto de Genômica e Biologia Integrativa; (2011) 77(1–2):10–7. [ Google Acadêmico ]
  • 36.Ghodke Y, Joshi K, Patwardhan B. Da medicina tradicional à farmacogenômica moderna: tipo de prakriti ayurvédico e polimorfismo do gene CYP2C19 associados à variabilidade metabólica. Evid Based Complement Alternat Med (2011) 2011:249528. 10.1093/ecam/nep206 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 37.Aggarwal S, Negi S, Jha P, Singh PK, Stobdan T, Pasha MA, et al. Envolvimento do EGLN1 na adaptação a grandes altitudes revelado por meio da análise genética de tipos de constituição extremos definidos no Ayurveda. Proc Natl Acad Sci USA (2010) 107(44):18961–6. 10.1073/pnas.1006108107 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 38.Rotti H, Raval R, Anchan S, Bellampalli R, Bhale S, Bharadwaj R, et al. Determinantes de prakriti, os tipos de constituição humana da medicina tradicional indiana e sua correlação com a ciência contemporânea. J Ayurveda Integr Med (2014) 5(3):167–75. 10.4103/0975-9476.140478 [ DOI ] [ Artigo gratuito PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 39.Singh RH, Narasimhamurthy K, Singh G. Impacto neuronutriente da terapia ayurvédica Rasyana no envelhecimento cerebral. Biogerontologia (2008) 9:369–74. 10.1007/s10522-008-9185-z [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 40.Balasubramani SP, Venkatasubramanian P, Kumar SK, Patwardhan B. Medicamentos rasayana à base de plantas do ayurveda. Chin J Integr Med (2011) 17(2):88–94. 10.1007/s11655-011-0659-5 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]
  • 41.Dwivedi V, Anandan EM, Mony RS, Muraleedharan TS, Valiathan MS, Mutsuddi M, et al. Os efeitos in vivo de formulações ayurvédicas tradicionais no modelo de Drosophila melanogaster estão relacionados a aplicações terapêuticas. PLoS One (2012) 7(5):e37113. 10.1371/journal.pone.0037113 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 42.Rege NN, Thatte UM, Dahanukar SA. Propriedades adaptogênicas de seis ervas rasayana usadas na medicina ayurvédica. Phytother Res (1999) 13(4):275–91. [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 43.Shyni GL, Ratheesh M, Sindhu G, Helen A. Efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes de Jeevaneeya Rasayana: uma formulação ayurvédica poliherbal em modelos agudos e crônicos de inflamação. Immunopharmacol Immunotoxicol (2010) 32(4):569–75. 10.3109/08923970903584890 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 44.Aggarwal BB, Prasad S, Reuter S, Kannappan R, Yadev VR, Park B, et al. Identificação de novos agentes anti-inflamatórios da medicina ayurvédica para a prevenção de doenças crônicas: “farmacologia reversa” e abordagem “da cabeceira ao consultório”. Curr Drug Targets (2011) 12(11):1595–653. 10.2174/138945011798109464 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 45.Singh AK. Racionalidade da terapia rasayana como agente adotogênico, antioxidante e anti-inflamatório. Intl Res J Pharm (2011) 2(12):259–60. [ Google Acadêmico ]
  • 46.Datta S, Mishra RN. Plumbago zeylinica Linn. (Chitrak) – revisão como rasayan (rejuvenescedor/antienvelhecimento). Int J Res Pharm Biomed Sci (2012) 3(1):250–67. [ Google Acadêmico ]
  • 47.Venkatasubramanian P, Godbole A, Vidyashankar R, Kuruvilla GR. Avaliação de ervas anti-helmínticas tradicionais como substitutas da espécie ameaçada Embelia ribes , utilizando o modelo Caenorhabditis elegans . Curr Sci (2013) 105(11):1593–8. [ Google Acadêmico ]
  • 48.Balasubramani SP, Mohan J, Chatterjee A, Patnaik E, Kukkupuni SK, Nongthomba U, et al. Suco de romã aumenta a expectativa de vida saudável em Drosophila melanogaster : um estudo exploratório. Front Public Health (2014) 2(245):245. 10.3389/fpubh.2014.00245 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 49.Venkatasubramanian P, Koul IB, Varghese RK, Koyyala S, Shivakumar A. Amla ( Phyllanthus emblica L.) aumenta a dialisabilidade e a absorção de ferro em modelos in vitro . Curr Sci (2014) 107:1859–66. [ Google Acadêmico ]
  • 50.Khajuria A, Thusu N, Zutshi U. A piperina modula as características de permeabilidade do intestino induzindo alterações na dinâmica da membrana: influência na fluidez da membrana da borda em escova, ultraestrutura e cinética enzimática. Fitomedicina (2002) 9(3):224–31. 10.1078/0944-7113-00114 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 51.Shoba G, Joy D, Joseph T, Majeed M, Rajendran R, Srinivas PS. Influência da piperina na farmacocinética da curcumina em animais e voluntários humanos. Planta Med (1998) 64(4):353–6. 10.1055/s-2006-957450 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 52.Tiwari SK, Pandey YK. Medicamentos ayurvédicos na prevenção e tratamento do declínio cognitivo relacionado à idade: uma revisão. Int J Pharm Sci Drug Res (2012) 4(3):183–90. [ Google Acadêmico ]
  • 53.Viswanathan MV, Unnikrishnan MV, Komatsu K, Fushimi H, Basnet P. Uma breve introdução ao sistema de medicina ayurvédica e alguns de seus problemas. Indian J Tradit Knowl (2003) 2(2):159–69. [ Google Acadêmico ]
  • 54.Acharya YT, editora. Susrutha Samhitha com Dalhana Tika. Varanasi: Chaukhambha Orientalia; (1992). pág. 7. [ Google Acadêmico ]
  • 55.Shallenberger. Química do Gosto. Glasgow: Blackie Academic & Professional; (1993). 528 p. [ Google Acadêmico ]
  • 56.Beauchamp GK, Keast RS, Morel D, Lin J, Pika J, Han Q, et al. Atividade semelhante à do ibuprofeno em azeite de oliva extravirgem. Nature (2005) 437:45–6. 10.1038/437045a [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 57.Joshi K, Hankey A, Patwardhan B. Fitoquímica tradicional: identificação de fármacos pelo "gosto". Evid Based Complement Alternat Med (2007) 4:145–8. 10.1093/ecam/nel064 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 58.Palmer RK. Farmacologia e sinalização da detecção dos sabores amargo, doce e umami. Mol Interv (2007) 7(2):87–98. 10.1124/mi.7.2.9 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 59.Rath SK, Panja AK, Nagar L, Shinde A. A base científica do rasa (gosto) de uma substância como ferramenta para explorar seu comportamento farmacológico. Anc Sci Life (2014) 33:198–202. 10.4103/0257-7941.147419 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 60.Hopkins AL. Farmacologia em rede. Nat Biotechnol (2007) 25(10):1110–1. 10.1038/nbt1007-1110 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 61.Yildirim MA, Goh KI, Cusick ME, Barabási AL, Vidal M. Rede alvo de medicamentos. Nat Biotechnol (2007) 25(10):1119–26. 10.1038/nbt1338 [ DOI ] [ PubMed ] [ Google Scholar ]
  • 62.Ulrich-Merzenich G, Panek D, Zeitler H, Vetter H, Wagner H. Desenvolvimento de fármacos a partir de produtos naturais: explorando efeitos sinérgicos. Indian J Exp Biol (2010) 48(3):208–19. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • 63.Chandran U, Mehendale N, Tillu G, Patwardhan B. Farmacologia em rede: uma técnica emergente para a descoberta de medicamentos de produtos naturais e pesquisa científica em Ayurveda. Proc Indian Natn Sci Acad (2015) 81(3):561–8. [ Google Acadêmico ]
  • 64.Joshi K. Insights sobre biologia ayurvédica – uma conversa com o Professor MS Valiathan. J Ayurveda Integr Med (2012) 3:226–9. 10.4103/0975-9476.104450 [ DOI ] [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
  • Fonte:https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4815005/

Comentários